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Metropolis: a obra-prima do Dream Theater

Resenha - Metropolis Pt. 2; Scenes From A Memory - Dream Theater

Por Amir R. De Toni Jr.
Fonte: Glass Moonlight
Postado em 02 de fevereiro de 2009

Em diversas ocasiões os membros fundadores do Dream Theater (John Petrucci, Mike Portnoy e John Myung) expressaram uma profunda admiração pelo RUSH, inclusive declarando-se sucessores do trio canadense no cenário progressivo.

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Em 1991 o RUSH lançou o disco "Roll The Bones", que contém uma música instrumental intitulada "Where's My Thing? (Part IV, 'Gangster of Boats' Trilogy)". O subtítulo era apenas uma piada, pois uma trilogia não tem quatro partes e nem havia outra música pertencente a tal trilogia na discografia da banda. Coincidência ou não, o segundo álbum de estúdio do quinteto americano Dream Theater, "Images and Words", lançado dez meses depois de "Roll The Bones", também contém uma música com subtítulo, "Metropolis Pt. 1: The Miracle and the Sleeper". A banda também alegou que se tratava de uma brincadeira.

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"Images and Words" é um disco fenomenal e "Metropolis" é um marco do metal progressivo. Com nove minutos e meio de duração, "Metropolis" registrou um dos momentos de maior inspiração da segunda formação da banda, a última com o tecladista Kevin Moore. As diversas mudanças de compasso e demonstrações de virtuose fizeram de "Metropolis" uma das músicas mais requisitadas ao vivo, sendo capaz de rivalizar com a popularidade de "Pull Me Under", o único verdadeiro hit da história da banda. A letra, escrita por John Petrucci, é levemente inspirada na história dos irmãos Rômulo e Remo, personagens da lenda sobre a criação de Roma, que eram telepaticamente ligados.

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A excelente resposta dos fãs veio acompanhada da insistência pela composição de uma segunda parte. Os dois lançamentos seguintes da banda, "Awake" e o EP "A Change of Seasons", não continham a aguardada continuação. Mas durante a composição do material para o quarto álbum da banda, "Falling Into Infinity", uma segunda parte foi composta e incluída na demo que a gravadora recebeu. Contudo, os vinte minutos de duração da nova música não foram aceitos, já que obrigariam o lançamento de um disco duplo para comportar todo o material. A banda desgastou-se bastante com a decisão da gravadora e, posteriormente, com a receptividade do restante do novo material, composto e gravado com o tecladista Derek Sherinian.

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Quando a banda se reuniu para trabalhar na composição do próximo disco, Petrucci e Portnoy já estavam trabalhando com o tecladista Jordan Rudess no projeto instrumental chamado "Liquid Tension Experiment". O bom relacionamento entre os três durante as gravações dos dois discos instrumentais e as fantásticas habilidades de Rudess nas teclas foram decisivas para a demissão de Sherinian. Com o novo tecladista a banda decidiu retomar o projeto da parte dois de "Metropolis", transformando a demo de vinte minutos em um álbum conceitual inteiro. Retomando verso a verso a primeira parte, a banda criou uma história dividida em doze músicas, intitulada "Metropolis Pt. 2: Scenes From A Memory".

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O disco se divide em dois atos. No primeiro, conhecemos a história de Nicholas, um sujeito atormentado por imagens que surgem repetidamente em seus sonhos. Buscando ajuda de um hipnoterapeuta, Nicholas passa por sessões de regressão em busca de respostas. A regressão o transporta para 1928, onde ele descobre ter vivido uma vida anterior como uma jovem chamada Victoria Page. Nicholas vai até a casa que vê em suas lembranças e encontra um idoso que lhe fala sobre o trágico destino de Victoria, assassinada naquele lugar. Voltando ao hipnoterapeuta, Nicholas passa por outra regressão e vê a notícia de jornal sobre o assassinato de Victoria: o crime teria sido passional e o assassino, Julian Baynes (The Sleeper), cometera suicídio em seguida. Nicholas visita o túmulo de Victoria e passa a ver sua própria vida com outros olhos.

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O segundo ato se inicia na música "Home". Julian Baynes está atormentado pelo fim de seu relacionamento com Victoria, devido à algum vício como álcool ou jogatina. Em seguida, o irmão de Julian, Edward Baynes (The Miracle), também está em conflito, pois Victoria lhe contou sobre o rompimento com Julian e ele acaba se apaixonando pela jovem. Conforntando sua paixão com a culpa, Edward seduz Victoria. Como dito na letra da parte 1 ‘ o amor é a dança da eternidade’. A narrativa se interrompe e a banda executa "The Dance of Eternity", representando sonoramente a consumação da infidelidade (que já se iniciara com alguns gemidos no final de "Home"). Uma instrumental matadora, com um solo de baixo no estilo ‘free hands tapping’ ainda mais incrível que o executado por Myung em "Metropolis Part 1". Nicholas retorna a cena do crime e, por alguns instantes, enxerga o local em dupla consciência, como Nicholas e Victoria. Em "The Spirit Carries On" o protagonista perde o medo da morte e compreende a extensão das lições que aprendeu em sua outra encarnação. "Finally Free" fecha o disco sob o ponto de vista de Edward, que se revolta com a decisão de Victoria de voltar para Julian e prepara um encontro dos dois para matá-los. Depois de atirar na amante e no irmão, Edward coloca um bilhete suicida no bolso de Julian para despistar a polícia. Nicholas é retirado do estado de hipnose, sai do consultório do hipnoterapeuta e vai para casa, onde liga a TV e se serve uma bebida. Pouco depois, alguém chega na casa e ouve-se a voz do hipnoterapeuta dizendo "Abra seu olhos, Nicholas" e um grito. Este final, aparentemente desconexo, é explicado no DVD "Metropolis 2000: Scenes from New York". Com atores no palco e o vídeo no telão, compreende-se que o hipnoterapeuta é a reencarnação de Edward e vai até a casa de Nicholas para matá-lo, selando novamente o destino de ambos.

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Apesar da história não ser muito criativa e inovadora, a construção da narrativa é o grande mérito do disco. As idas e vindas no tempo e as mudanças do foco narrativo são executadas de maneira impecável por James LaBrie. Muito da coesão do disco se deve ao trabalho excepcional do vocalista, tão criticado por sua interpretação em outros discos do Dream Theater. Na sua primeira colaboração com a banda, Jordan Rudess tem poucos momentos inspirados, como quando evoca o trabalho de Kevin Moore nas linhas criadas para "Strange Deja Vu" e "Fatal Tragedy". No restante do disco, sua participação é precisa e incrivelmente veloz, mas sem comparação com as contribuições cheias de ‘feeling’ criadas por Moore. A composição e execução do som são soberbas, um verdadeiro apocalipse em 5/8 e 7/8 . John Myung faz sua última participação como letrista em "Fatal Tragedy", enquanto Petrucci e Portnoy recheiam o disco. O guitarrista tem seu melhor momento na letra de "Beyond This Life", criando a transcrição da notícia do jornal da época, enquanto Portnoy demonstra bastante inspiração, especialmente em "Strange Deja Vu".

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"Metropolis Pt 2" foi um grande sucesso, alcançando um status de obra-prima do Metal Progressivo, no mesmo nível de álbuns como "Operation: Mindcrime" do Queensryche, disco conceitual que efetivamente inaugurou o gênero. A turnê foi grandiosamente encerrada com a gravação do DVD "Metropolis 2000: Scenes from New York", que conta com a execução completa do álbum. Com o reconhecimento do público e da crítica, a banda se firmou efetivamente no cenário mundial.

Contudo, todo o preciosismo da banda na composição e gravação do álbum não se refletiu no desenvolvimento do encarte. Fora a capa e contracapa, há apenas uma imagem em todo o restante da arte (mostrando o jornal com a notícia do assassinato de Victoria). As demais páginas contêm apenas as letras em fundo branco, em estilo normal ou itálico para diferenciar cenas no passado e no presente.

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Curiosamente, este foi o último álbum de estúdio a contar com um produtor externo, Terry Brown. Desde então, Mike Portnoy e John Petrucci assumiram toda a produção, o que pode ter influenciado na falta de coesão e novidade dos lançamentos subseqüentes, cheios de metalinguagem e conceitos de continuidade musical. Quanto aos encartes, a banda se aprimorou, tendo contratado o renomado Hugh Syme (reconhecido por sua parceria de longa data com o RUSH) como diretor de arte de seus últimos dois álbuns, "Octavarium" e "Systematic Chaos".

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Sobre Amir R. De Toni Jr.

20 e poucos anos, engenheiro. Começou muito tarde no rock, aos 17 anos, com "The Dark Side of The Moon" e não conseguiu mais parar. Pink Floyd, Rush, Metallica, Dream Theater e Rammstein em bom volume são o sinal de que está em casa. A vontade de ser músico é suprida com resenhas e invencionices no www.figment.cc.
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