Discharge, Midnight e Havok: uma noite especial para os fãs da música extrema
Resenha - Discharge, Midnight, Havok, Mange Cadavre (Carioca Club, São Paulo, 21/06/2024)
Por Diego Camara
Postado em 02 de julho de 2024
Todo mundo, alguma vez na vida, já reclamou da qualidade das bandas de abertura, de ter que chegar em casa tarde, depois de um longo show ou de ser surpreendido no horário do ingresso com uma adição que fará uma hora a mais fora de casa. Mas há dias especiais, onde a qualidade das bandas faz tanta diferença que ninguém liga de chegar 2h da manhã em casa. Confira abaixo os principais detalhes dos shows, com as imagens especiais de Leca Suzuki.
A banda de abertura para a festa infernal ficou a cabo da Manger Cadavre?, banda do interior de São Paulo, divulgando seu álbum "Imperialismo" para o público. Quem está cansado de bandas medíocres sendo apresentadas na abertura, e não conhecia o som deles, ficou extremamente surpreso: a banda tem uma pegada firme, com vocais guturais fortes da vocalista Nata de Lima. A banda empolgou o público no pouco tempo que esteve no palco e para o pequeno público que conseguiu chegar para ver a banda. Muita gente perdeu.

Com bem mais público, o Havok foi a primeira banda gringa a subir no palco. Apresentação de uma hora foi pouco, mas já com "Point of No Return" tava mais que claro que a banda veio pra estourar. Som muito alto e potente e um solo de guitarra rápido deixaram o público do Carioca Club insano. A primeira roda veio logo em seguida, com "Fear Campaign", e um público pequeno se juntou para correr no centro da pista.

O show foi ganhando ainda mais corpo, e lá para o meio, com "Intention to Deceive", o mosh já estava grande no centro da pista. David Sanchez prometeu uma música mais lenta para o público, e veio a pancada de "Phantom Force", um dos destaques da noite. "Give me Liberty...", já no final do show, coroou o excelente resultado da apresentação: o Havok foi incansável durante todo o show, com especial destaque para as guitarras, que soaram perfeitamente no palco do Carioca.

Setlist Havok
Point of No Return
Fear Campaign
Hang 'Em High
Prepare for Attack
D.I.A.I.
D.O.A.
Intention to Deceive
Phantom Force
From the Cradle to the Grave
Covering Fire
Give Me Liberty...or Give Me Death
Time Is Up

O Midnight estava com tanta pressa para subir no palco, que começaram o show 10 minutos antes do horário marcado, pegando uma boa parte do público de surpresa. O som estava excelente, com especial destaque para a rapidez das guitarras dos mascarados. A música rápida, com sua pegada dinâmica, levantou o público abrindo um mosh pit logo no começo.

A sequência de músicas foi impactante, com a banda lançando uma atrás da outra em ritmo frenético. Em um piscar de olhos, já estávamos no meio do show, e o mosh pit não parou um instante. "Fucking Speed and Darkness" foi um dos destaques do show, fazendo o mosh crescer ainda mais, impulsionado por um solo impressionante de guitarra.

Muita música para uma hora só: o Midnight foi incansável com o speed metal em músicas como "Satanic Royalty" e a pegada crua dos vocais de Athenar. O público ainda mostrou mais fôlego com "You Can’t Stop Steel", não faltando em momento algum a rapidez da bateria e a força das guitarras em um show impecável em termos de qualidade e ânimo da banda.

Setlist Midnight
Funeral Bell
Black Rock'n'Roll
Lust Filth and Sleaze
Endless Slut
Expect Total Hell
Mercyless Slaughtor
F.O.A.L.
Fucking Speed and Darkness
Szex Witchery
Evil Like a Knife
Satanic Royalty
Violence on Violence
All Hail Hell
You Can't Stop Steel
Who Gives a Fuck?
Unholy and Rotten

Se aproximava da meia noite quando o Discharge subiu ao palco. Apesar de terem mais tempo para o arranjo do palco, com a entrada mais cedo do Midnight, a banda entrou londrinamente às 23h30m. Com um setlist recheado de músicas e com pouquíssima conversa, a banda abriu o show com a rapidíssima "The Blood Runs Red". O mosh se fez logo no início e a banda mostrou grande potencia e violência. A qualidade do som do Carioca correspondeu mais uma vez, entregando tudo que os fãs do hardcore esperavam.

Uma atrás da outra, sem parar. A dinâmica mostrou uma banda afiada e cheia de velocidade e técnica. O público se lançava na pista no mosh, gritava e aplaudia a cada fôlego que a banda dava. Um dos destaques do show foi "A Hell on Earth", a música título da tour, que levou o pandemônio a pista do Carioca Club, deixando a parte da frente pequena para os fãs.

A banda pressiona com um show impecável e rápido, lançando uma música atrás da outra, com muita vontade. As guitarras magníficas de "Hype Overload" levantam novamente o público com um solo extremamente técnico. A banda agradece a presença do público e vem com "Hatebomb", outra pedrada que leva o público a bater muito no mosh.

O show ia chegando ao final, e a banda lançou "State Violence", uma das favoritas do público. Excelente, rápida, dinâmica e forte na bateria, o público foi a loucura, incendiado ainda mais pela sequência com "Realities of War" e "Acessories by Molotov".

É chover no molhado dizer o quanto o publico foi impactado pela apresentação do Discharged. O show foi de excelência do início ao fim, com uma produção focada na qualidade musical, num som realmente perfeito que mostrou todas as nuances das bandas presentes. Mais um excelente trabalho da Gig Music, que não mediu esforços para fazer a noite dos fãs memorável.

Setlist Discharge
The Blood Runs Red
Fight Back
Hear Nothing, See Nothing, Say Nothing
The Nightmare Continues
A Look at Tomorrow
Drunk With Power
A Hell on Earth
Cries of Pain
Ain't No Feeble Bastard
Protest and Survive
Hype Overload
New World Order
Corpse of Decadence
Hatebomb
Never Again
State Violence/State Control
Realities of War
Accessories by Molotov
War Is Hell
You Deserve Me
The Possibility of Life's Destruction
Decontrol
Discharge










Midnight






Havok






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