Blind Guardian: show extremamente técnico e cheio de raridades em São Paulo
Resenha - Blind Guardian (Terra SP, São Paulo, 26/11/2023)
Por Diego Camara
Postado em 04 de dezembro de 2023
Uma apresentação tecnicamente impecável. Foi o que os fãs do Blind Guardian tiveram a chance de ver depois de uma longa peregrinação ao Terra SP no domingo. A nova casa de show, escondida nos confins da Zona Sul da capital paulista, recebeu mais um show de uma banda renomada em duas datas neste fim de semana, para fãs que não viam um show solo da banda desde 2015. Confiram os principais detalhes do show, com as imagens de Fernando Yokota.
O show foi começar às 20h em ponto, para um público que já lotava as dependências do Terra SP. A casa, apesar de distante demais do centro de São Paulo - o que dá um trabalho de deslocamento para qualquer pessoa que não resida na Zona Sul de São Paulo - está se tornando uma opção interessante para espetáculos do tipo: o espaço da casa é muito bom, o palco é muito legal e a visualização do show bastante interessante em quase todos os pontos da casa.
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Aberto com "Imaginations from the Other Side", um clássico do disco de mesmo nome de 1995. O som da casa estava realmente muito bom, e os instrumentos e o vocal de Hansi Kürsch soavam com perfeição. O público foi à loucura desde os primeiros versos da música, cantando juntos e fazendo um grande pandemônio na pista.
A banda estava realmente afiada, e "Blood of the Elves" veio logo em seguida, que contou com um belíssimo trabalho de guitarras da banda, em um som que aproxima muito a banda do bom e velho speed metal germânico, remontado sobre o estilo clássico da banda como no "Battalions of Fear". O belíssimo solo foi acompanhado nas palmas pelos fãs, 100% aprovada.
A terceira foi um clássico. Substituindo "Nightfall" veio "Time Stands Still (At the Iron Hills)", cantada pelos fãs a plenos pulmões do primeiro ao último verso da música. O som aqui estava perfeito, encaixado, e tecnicamente já caminhava para ser uma das melhores apresentações do Blind Guardian aqui no Brasil.
Mais a frente, veio a performance mágica de "Skalds and Shadows", uma figurinha carimbada da turnê puxada pelo violão acústico da dupla Olbrich e Siepen. O público mais uma vez foi extremamente receptivo, acompanhando nas palmas e os vocais de Hansi.
Em substituição a "Banish From Sanctuary" veio "Born in a Mourning Hall". Puxada pelo ótimo trabalho nas baquetas de Ehmke, a música foi muito bem recebida pelo público, que cantou demais o refrão. Pouco depois, o violão voltou para a performance de "The Bard’s Song", uma das favoritas dos fãs: os gritos do público deixaram o som da casa pequeno, enquanto Hansi Kürsch ficou toda a primeira parte calado, apenas escutando o som do público. Performance emocionante.
Fechando o show duas novidades: "The Quest for Tanelorn" e "Lost in the Twilight Hall", esta raríssima na turnê atual e que não via na capital desde 2012. O público estava afiado, e mesmo nas músicas pouco esperadas estava preparado, sem largar por um segundo e enchendo de aplausos a banda na saída do palco.
Não demorou muito e o Blind Guardian voltou para a parte final da sua apresentação. A introdução sinfônica deixou o público atento e logo veio "Sacred Worlds". A surpresa, porém, veio em seguida: a banda sacou "Blood Tears", música que não era tocada desde 2015 pela banda e que viu suas versões ao vivo nesta perna da turnê depois de muito tempo. A belíssima música do "Nightfall in Middle-Earth" foi puxada pelos fãs nos vocais e um instrumental novamente impecável.
A joia da coroa - literalmente no caso - veio logo em seguida com "Wizard’s Crown", raridade do "Batallions of Fear". O público, surpreso, cantou e bateu muita cabeça ao som da música, um verdadeiro clássico esquecido do Blind Guardian. Na sequência, a banda puxou as músicas que nunca saem do setlist: primeiro veio "Valhalla", com uma versão estendida no final onde o público repetiu junto com Hansi o refrão por diversas vezes.
Fechando o show veio "Mirror Mirror", que marca o final do show. O público cantou muito a música mais uma vez, puxando o refrão com vontade que rivalizava com os vocais de Hansi Kürsch. Porém, quando todos esperavam que esse seria o final derradeiro, ganharam um presente: escolher a última música do show. E a turma era realmente muito raiz, tanto que "Majesty" foi a escolhida da noite, outro clássico do "Batallions", fechando uma excelente noite.
O resultado do show foi realmente surpreendente: tanto o setlist foi muito bem escolhido - a banda soube variar os dois shows o bastante para tornar a experiência interessante para os fãs corajosos de encarar ambos e também manter um esqueleto base que agrada aqueles que só viram uma das apresentações. A qualidade do show realmente foi surpreendente, em um ótimo trabalho tanto da produtora Overload quanto do Terra SP e da banda.
[an error occurred while processing this directive]Setlist
Imaginations From the Other Side
Blood of the Elves
Time Stands Still (At the Iron Hill)
Ashes to Ashes
Violent Shadows
Skalds and Shadows
Born in a Mourning Hall
Secrets of the American Gods
The Bard's Song - In the Forest
The Quest for Tanelorn
Lost in the Twilight Hall
Bis
Sacred Worlds
Blood Tears
Wizard's Crown
Welcome to Dying
Valhalla
Mirror Mirror
Majesty
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