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Kool Metal Fest celebra 20 anos em Belo Horizonte com os veteranos Violator e DRI

Resenha - Kool Metal Fest (Belo Horizonte, 11/03/2023)

Por Bruno Lisboa e Alexandre Biciati
Postado em 17 de março de 2023

Celebrando 20 anos de existência, o Kool Metal Fest é um dos eventos mais importantes do calendário de shows em solo brasileiro. Voltado à cena metal, o festival reúne a cada edição o suprassumo da música pesada, produzida dentro e fora do país. O evento mescla tradição e modernidade ao dosar, de forma equilibrada, bandas novas com artistas consolidados. Aproveitando o bom momento que a cidade de BH tem vivido, devido a regularidade de eventos voltados à música pesada, os organizadores desta edição optaram por realizar o tradicional festival paulistano no Mister Rock em Belo Horizonte. Os organizadores acertaram em cheio ao mesclar em seu lineup grupos locais (Payback e Falsa Luz), bandas nacionais consolidadas (Surra, Violator e Facada) e artistas internacionais (KHNVM e D.R.I).

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Contrariando a máxima do "metaleiro reaça", o festival tinha em seu bom público presente, representantes da ala progressista que usavam camisas em alusão ao combate ao fascismo e racismo, em apoio ao MST e ao presidente Lula. Outro bom sinal percebido nessa seara é a presença do público feminino que tem crescido de maneira exponencial em eventos de música extrema, mostrando que a misoginia começa a escorrer pelo ralo.

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Foto: Alexandre Biciati

Sem grandes atrasos, a programação se estendeu ao longo de sete horas, oferecendo ao público presente uma noite sem percalços.

A abertura do evento ficou a cargo de dois exemplares da nova cena metal mineira. O quarteto Falsa Luz subiu ao palco precisamente às 17h e fez uma apresentação ensurdecedora, no bom sentido da expressão. A banda, criada em 2020, é comandada pelo experiente Daniel Debarry (que já integrou bandas como Transmissor e Oceania). Ao vivo o grupo faz uma poderosa apresentação, fazendo jus a proposta sonora que une elementos do black metal e do punk, com canções vigorosas, cruas e diretas. O grupo tem ao todo 4 EPs, disponíveis no Bandcamp, e merecem uma audição mais atenta.

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Foto: Alexandre Biciati
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Foto: Bruno Lisboa
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Na sequência foi a vez da Payback. Fundada em 2011, a banda lançou uma demo (Toxic War) no ano seguinte, fez uma série de shows, mas entrou em hiato em 2015. Com uma nova formação, o grupo retomou as atividades em 2018 e em 2020 lançou o bom (e veloz) disco de estreia: Padecer. Com fôlego renovado, o quarteto aproveitou a ocasião não só para tocar o repertório presente no debute como também testou novas canções. Na reta final, Pedro Poney (vocalista/guitarrista do Violator) se uniu a banda para render justa homenagem ao Sepultura com Inner Self (do clássico álbum Beneath The Remains). A faixa "Frontline" colocou ponto final na apresentação do grupo que promete disco novo para os próximos meses. Olho neles!

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Foto: Alexandre Biciati
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A próxima atração foi a KHNVM, cuja pronúncia nominal é Kha-Noon. O trio é formado por Showmik Das, a.k.a Obliterator, responsável pelas guitarras e vozes; Julian (bateria) e Martyr (baixo) e tem o black metal como força motriz. Com dois discos lançados: Foretold Monuments of Flech (2019) e Portals to Oblivion (2021), trabalhos que têm conquistado atenção da crítica especializada. A banda fez uma longa turnê pelo Brasil e a apresentação realizada em Belo Horizonte foi uma boa amostra de como a cena metal no exterior segue viva e deixou uma boa impressão no público.

Foto: Alexandre Biciati
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Com a casa mais cheia, quem se apresentou na sequência foi o Surra. Formado por Léo Mesquita (guitarra e voz), Guilherme Elias (baixo e voz) e Victor Miranda (bateria), o trio é um dos melhores exemplares da cena crossover da atualidade. Com performance veloz e eletrizante, o grupo, ao vivo, promove momentos de catarse coletiva através de canções raivosas que versam contra o reacionarismo brasileiro e as políticas de extrema direita. O álbum Escorrendo Pelo Ralo (2019) foi o carro chefe da apresentação. De lá vieram faixas como "Anestesia", "Bom Dia Senhor", "Caso Isolado", "Do Lacre ao Lucro", a faixa título, "Mais um Refém", "O mal que Habita a Terra" e "Ultraviolência" que foram cantadas em uníssono. Na reta final faixas como "Daqui pra Pior" (do disco "Tamo Muito na Merda") e o single "Parabéns aos Envolvidos" encerraram a apresentação de forma apoteótica, com direito a chuva de patinhos (!) de borracha.

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A antepenúltima atração da noite foi o Facada, trio cearense formado por James (vocal e baixo) - que tocou com uma corda a menos durante todo o show -, Ari Almeida (guitarra) e Wilker D’Angelo (bateria). Ícones da música extrema nacional, o Facada está prestes a celebrar duas décadas de bons serviços prestados. A apresentação realizada no festival passou a limpo boa parte da discografia da banda, composta por uma demo, dois splits e seis álbuns. Sem se render a concessões, o som do Facada é visceral e ao vivo essa característica se torna ainda mais latente. Tal característica pode ser percebida logo de cara na execução de faixas como "Socorro", "Amanhã Vai Ser Pior" e "O Joio" que fizeram com que as rodas de pogo ficassem mais intensas. A inusitada (e bem-vinda) cover de "Tourette’s" do Nirvana (presente no disco Nenhum Puto de Atitude) e as porradas "Podem Vir" e "Chovendo Baratas" (ambos de O Joio) são bons exemplos do poderio desse patrimônio do grindcore nacional.

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O papel de co-headliner da noite coube ao Violator. Também celebrando 20 anos de estrada, a banda (liderada pelo já citado Pedro Poney) veio ao Mister Rock como parte da turnê Sudamerica Siempre que percorrerá diversas cidades brasileiras e sul-americanas. Contando com a estreia do guitarrista Felipe Miuza, a apresentação foi centrada no primeiro disco do grupo, Chemical Assault (2006), mas resgatou faixas do disco mais recente (Scenarios of Brutality) como "Endless Tyrannies" e "Respect Existence or Expect Resistance".

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Foto: Bruno Lisboa
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Contrariando a "ordem natural" de bandas que optam pela neutralidade política, a Violator é autêntico ato de resistência cultural, que é verbalizado não só nas letras, mas também em falas durante o show. Nesse sentido, Poney teceu críticas ao governo Bolsonaro e "sua política genocida", criticou valores cristãos e o reacionarismo contemporâneo, cravando que "a solução para os tempos tenebrosos que vivemos reside em aprendermos com os erros do passado para construirmos um futuro melhor". No final, durante o hino "UxFxTx (United For Trash)" o palco foi "invadido" por fãs que cantaram a plenos pulmões coroando aquela que seria a melhor apresentação da noite.

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Foto: Bruno Lisboa
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A atração principal foram os norte-americanos do D.R.I. A lendária (e influente) banda de crossover está atualmente em turnê mundial celebrando 40 anos de estrada. Como não poderia deixar de ser, o setlist - composto por 20 músicas - trouxe à tona canções de diversas fases, mas concentrando as atenções em dois álbuns clássicos do quarteto. De Dealing With I" (1985) vieram faixas como "Argument Then War", "How To Act", "I’d Rather Be Sleeping", "Mad Man" e "Nursing Home Blues". Já do disco 4 of a Kind vieram os petardos "Dead In a Ditch", "Manifest Destiny", "Slumlord" e "Suit and Tie Guy". Apesar do horário avançado, o incansável público permaneceu firme, protagonizando grandes rodas de mosh, correspondendo à entrega de energia do vocalista Kurt Bretch e seus asseclas. "The Five Year Plan" colocou ponto final numa noite antológica marcada por shows memoráveis.

Foto: Bruno Lisboa
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Esperamos que os organizadores do festival continuem incluindo Belo Horizonte no roteiro nas próximas edições.

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