Sepultura: ainda a maior banda de metal desse país
Resenha - Sepultura (Sesc Pompeia, São Paulo, 13/12/2018)
Por Daniel Abreu
Postado em 18 de dezembro de 2018
O Sepultura é a maior banda de metal da história desse país, ponto. Como já tiramos isso da frente e você, caro leitor, já conhece a minha opinião sobre os caras, vou falar abaixo sobre o penúltimo show deles no ano de 2018.
Na última noite de quinta-feira (13), mais precisamente às 21 horas e 30 minutos, o Sepultura tocou a primeira de duas noites na Choperia do Sesc Pompeia. Os shows são os dois últimos do ano de 2018 e seguem a turnê de divulgação do mais recente, e ótimo, trabalho do grupo, "Machine Messiah" de 2017.
Ao som de "Polícia" dos Titãs, os holofotes do Sesc tentam cegar o público antes do show, dando uma sensação de batida policial. O primeiro a entrar ao palco é o baterista Eloy Casagrande, que é seguido por Andreas Kisser, Derrick Green e Paulo Jr. Com uma atmosfera sombria, quase macabra, que remete aos piores pesadelos do mundo pop, apenas segundos separam o espectador de um grande ataque sonoro.
O show começa vigorosamente com duas músicas do último disco ("I Am the Enemy" e "Phantom Self"), e, como já era de se esperar, é o trabalho do Sepultura que mais aparece na apresentação. A canção que dá nome ao trabalho ("Machine Messiah") é que a mais me surpreendeu ao vivo, seu ritmo mais lento, melódico e épico, casou muito bem com o repertório agressivo de Andreas e companhia.
Porém é a fase clássica - que vai do álbum "Beneath the Remains" até o espetacular "Roots" de 1996 - que mais marca presença e que mais contagia o público do histórico Sesc Pompeia. Cerca de metade do setlist é composto de petardos como "Refuse/Resist", "Arise" e "Roots Bloody Roots". São nesses momentos também, com o incentivo de Kisser, que os famosos mosh pits aparecem.
Depois de mais de 30 anos de estrada, o Sepultura continua a maior banda de metal desse país, e, na minha opinião, duvido que outro grupo chegará ao patamar deles. Sim, você pode me questionar que duas peças importantes e fundadoras, os irmãos Cavalera, não fazem mais parte do quarteto, porém os caras transmitem uma força incrível do palco, não há como negar isso.
São duas décadas do "novo" vocalista Derrick e o cara continua cantando em um nível muito alto, desde os hits do Sepultura, até as músicas mais recentes do grupo. O menino Eloy é um ogro, no bom sentido, na bateria, simplesmente um animal descontrolado. Que baterista, senhoras e senhores. Paulo sempre muito seguro no baixo e Andreas despejando os maiores riifs de guitarra do metal nacional e, em muitos casos, internacional.
O Sepultura, em mais um ótimo show, mostrou por qual motivo é a maior banda de metal desse país. Se tiverem a chance, façam isso pelo menos uma vez na vida, vale muito a pena.
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