Amon Amarth e Abbath: Um belíssimo encontro viking em São Paulo
Resenha - Amon Amarth e Abbath (Tropical Butantã, São Paulo, 27/05/2017)
Por Diego Camara
Postado em 02 de junho de 2017
Um belíssimo encontro viking. Foi o que encontrou o público que foi ao Tropical Butantã na no último final de semana para ver o Amon Amarth retornar ao Brasil. Um show lotado, com muita gente, que mostra o crescimento da cena folk aqui no país - dando de lavada em muitos shows de bandas mais clássicas. O show também contou com a apresentação do Abbath, ex-Immortal, em uma boa amostra do bom e velho black metal norueguês. Confiram abaixo os principais detalhes, com as imagens de Fernando Yokota.
SINAYA
A festa começou às 18, com a abertura das meninas da Sinaya. Foi um show curto de abertura, com 30 minutos de música, mas elas mandaram extremamente bem e arrancaram aplausos do público em diversas músicas. Elas tocam um death metal potente, extremamente técnico e forte nas guitarras, além dos ótimos vocais de Milena Monaco, que fecham muito bem a música. É uma banda com grande potencial, que mostra que temos bastante qualidade ainda no underground brasileiro.
ABBATH
19 horas em ponto foi a vez do lendário Abbath subbir ao palco. O seu estilo de música, apesar de destoar do estilo do Amon Amarth, trouxe um bom público ao show. Era possível ver aqui e ali alguns fãs com a camiseta do Immortal ou do próprio vocalista. O show começou no horário e parecia ter tudo para ser ótimo, com a belíssima abertura de "To War!", do seu disco solo. As guitarras fortes criam um muro de som potente, que encheu a casa.
Porém, infelizmente nem tudo saiu conforme esperado no show. Logo na terceira música - "Nebular Ravens Winter" do Immortal - uma série de problemas técnicos apareceram. As guitarras deram problemas, pelo menos uma delas claramente desafinada - o que levou o público a vaiar o roadie da banda - e dois microfones pararam de funcionar, deixando a banda com uma sinistra pegada instrumental. Abbath ficou claramente nervoso, extremamente frustrado, indo para trás e para frente do palco. Microfones voaram, o público também se mostrou extremamente frustrado.
O show prosseguiu normalmente depois, apesar de uma música ter sido totalmente desfigurada e perdida. Destaques para "All Shall Fall", que fechou muito bem o espetáculo com uma bateria forte e rápida e um público extremamente atento, e para o carisma de Abbath, que soube contornar muito bem os problemas técnicos e entregar um show que no final esteve no primor do que se espera do gênero.
Abbath setlist:
To War!
Winterbane
Nebular Ravens Winter (cover do Immortal)
Warriors (música do I)
Ashes of the Damned
In My Kingdom Cold (cover do Immortal)
Tyrants (cover do Immortal)
Count the Dead
One by One (cover do Immortal)
All Shall Fall (cover do Immortal)
AMON AMARTH
Com 15 minutos de atraso no cronograma, o Amon Amarth subiu ao palco. E desde o início estava na cara de quem era a noite, quando o público se levantou aos gritos e aplausos para receber os vikings, fazendo a casa literalmente tremer de empolgação. Pra ainda funcionar tudo perfeitamente, a banda abriu o show com a pegada emocionante de "The Pursuit of Vikings", que é uma música perfeita para levantar o público e os pegar pela gola desde o início, com direito a refrão cantado junto com a plateia.
Diferente do Abbath, no Amon Amarth a equipe não deixou a peteca cair. O som estava lindo, desde o começo, com as guitarras soando perfeitas e com uma base extremamente firme. Isso ficou claro já nas primeiras músicas. O vocalista caprichou em seu português, logo após "As Loke Falls", agradecendo ao público pela presença e os convidando a grande festa viking que iriam celebrar hoje na casa.
E a festa viking foi ficando melhor a cada música tocada. A banda caprichou em "At Dawn’s First Light", fazendo com que um "campo de batalha" se abrisse no meio da pista, pro deleite dos mais aficionados em um belo mosh pit. O negócio ficaria ainda mais tenso depois, quando foi executada "Deceiver of the Gods". Na seguinte, "Cry of the Black Birds", o público gritou com vontade a pedido do vocalista. A música ainda conteve um rápido, bastante emocionante, solo de bateria.
Outro destaque fica na extremamente rápida e potente "Destroyer of the Universe", com seu toque de speed metal nas guitarras. Público curtiu bastante, com direito a cantar junto o refrão. Outro grande sucesso veio em seguida, também muito bem recepcionado. A sequência final do show ficou de arrasar, especialmente "Runes to My Memory", sempre aberta de modo obscuro por Hegg, que entoa o refrão logo antes da música, e "War of the Gods", que fechou o show com um belíssimo solo de guitarra.
No bis, a banda abriu com a gema do seu novo disco: "Raise your Horns". A música tem aquela pegada de taberna em sua melodia, e sem dúvidas vai estar nos setlists da banda por um bom tempo. Em seguida, se já não fosse o bastante, a banda trouxe uma dobradinha do "Twilight" - duas músicas que não poderiam mesmo faltar no show. A pegada mais leve da anterior deu lugar a emocionante "Guardians", aos gritos e o bate cabeça dos fãs. Pra fechar, veio a música título, com sua base rápida, fechou o show a 1000 por hora.
Amon Amarth setlist:
The Pursuit of Vikings
As Loke Falls
First Kill
The Way of Vikings
At Dawn's First Light
Cry of the Black Birds
Deceiver of the Gods
Tattered Banners and Bloody Flags
Destroyer of the Universe
Death in Fire
Father of the Wolf
Runes to My Memory
War of the Gods
Bis:
Raise Your Horns
Guardians of Asgaard
Twilight of the Thunder God
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