Garbage: Técnica perfeita em primeiro show solo em SP
Resenha - Garbage (Tropical Butantã, São Paulo, 10/12/2016)
Por Diego Camara
Postado em 20 de dezembro de 2016
O GARBAGE retornou ao Brasil. E desta vez em um show solo, com a casa e o palco só para eles. O público foi chegando tímido para o show, mas quando o Garbage subiu ao palco tudo se tornou uma grande festa. Confiram os principais detalhes do espetáculo abaixo, com as imagens do grande Fernando Yokota.
A banda de abertura escolhida para este show foi o FAR FROM ALASKA. Os caras subiram ao palco no horário marcado para esquentar os ânimos do público que congelava no ar condicionado do Tropical Butantã. Eles tocam um rock alternativo bastante pesado, fortíssimo nas guitarras e com muito ânimo, especialmente na performance sensacional da vocalista Emmily Barreto. Eles fizeram a lição de casa e fizeram uma belíssima apresentação para os fãs do Garbage. Uma pena que boa parte do público não estava ainda presente na casa.
Faltando 10 minutos para as 20 horas, o Garbage subiu ao palco para sua apresentação. A casa estava bem cheia, e um mar de pessoas em ambas as pistas aguardavam com ansiedade. Shirley Mason e companhia abriram o show com "Supervixen", levantando o público. O som estava muito bom, todos os instrumentos muito bem audíveis, mas ainda muito baixo – tão baixo que era fácil ouvir as pessoas a sua volta. Shirley fez uma performance fantástica e parecia extremamente animada para o show, se movendo de um lado para o outro do palco e interagindo com o máximo de fãs.
O público também estava extremamente afiado com a banda. Cantaram praticamente sozinhos a abertura de "I Think I’m Paranoid", superando em muito a voz de Mason, e se mantiveram juntos com a vocalista durante todo o espetáculo. A casa cheia e o som mais baixo da banda fizeram com que os fãs aparecessem ainda mais, sem dúvidas.
O ritmo do show continuou no mesmo nível, passando pelos maiores clássicos da banda até as músicas do novo disco "Strange Little Birds", os fãs não perderam o pique em nenhum momento. Nem mesmo Shirley Mason, que continuou sua performance clássica e empolgada, deitando no chão e sumindo aos olhos do público de tão difícil que era acompanhar seus movimentos.
Shirley também aproveitou para agradecer ao público e também ao Far From Alaska, e revelou aos fãs que solicitou especialmente ao produtor para que os colocasse como banda de abertura. Revelaram admiração pelos jovens do Rio Grande do Norte, dizendo que os achava fantásticos desde o Planeta Terra em 2012, quando ambas as bandas tocaram para o público.
Das performances mais emocionantes, cito com prazer músicas como "The Trick is to Keep Breathing", com uma pegada mais lenta e performance genial de Mason, "Even Though Our Love is Doomed", que emocionou muito os presentes, e a sequência final com "Only Happy When It Rains" e "Push It", duas músicas muito dançantes que deixaram o público em polvorosa.
No bis, a banda sacou de duas de suas músicas mais pegajosas, aquelas que sua batida gruda na mente e não querem mais sair. Em um excelente final de show que coroou um belíssimo trabalho da banda e da produtora Liberation. A grande tristeza do show, sem dúvidas, foi o fato de Butch Vig não poder ter participado da apresentação pelos problemas de saúde que lhe deixaram de fora dos palcos durante praticamente todo o ano. Figura icônica da história do rock, ele fez bastante falta. Esperamos que a banda retorne ao Brasil em breve para uma apresentação com sua formação completa.
Setlist:
1. Supervixen
2. I Think I'm Paranoid
3. Stupid Girl
4. Automatic Systematic Habit
5. Blood for Poppies
6. The Trick Is to Keep Breathing
7. Sex Is Not the Enemy
8. Blackout
9. Magnetized
10. Special
11. #1 Crush
12. Even Though Our Love Is Doomed
13. Why Do You Love Me
14. Night Drive Loneliness
15. Bleed Like Me
16. Shut Your Mouth
17. Vow
18. Only Happy When It Rains
19. Push It
Bis:
20. Queer
21. Empty
22. Cherry Lips (Go Baby Go!)
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