Sepultura: Depois de anos, um encontro especial em Porto Alegre
Resenha - Sepultura (Bar Opinião, Porto Alegre, 16/10/2016)
Por Guilherme Dias
Postado em 28 de outubro de 2016
Fotos por: Liny Oliveira
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O Sepultura excursiona pelo Brasil e América Latina em comemoração aos seus 30 anos de estrada. Alguns anos longe da capital gaúcha fez com que o novo encontro fosse especial. O bar Opinião esteve lotado de headbangers que aproveitaram cada minuto do show.
Para o alívio do público, a apresentação de domingo iniciou cedo, por volta das 20 horas. A promessa era de clássicos absolutos e foi o que realmente ocorreu. A formação atual é a mesma desde 2011, contando com Andreas Kisser (guitarra/ vocais), Derrick Green (vocal/ percussão), Paulo Xisto (baixo) e o novato Eloy Casagrande (bateria). Logo no início "Troops of Doom" do primeiro álbum "Morbid Visions" de 1986. Em seguida "Kairos" e "Slave New World".
O Americano Derrick mencionou o longo tempo sem se apresentar em Porto Alegre e disse que era muito bom retornar. Apresentou "Breed Apart" do álbum "Roots" (1996), lançado há 20 anos, fazendo parte das comemorações de 30 anos.
Assim como Derrick, Andreas também conversou com o público, agradecendo a presença dos fãs, lembrando o lançamento do novo álbum para 2017. Do vindouro álbum, Kisser apresentou "I Am the Enemy", muito bem recebida por parte do público.
Nenhuma fase do grupo foi esquecida, fazendo parte do set-list as canções "Convicted in Life" ("Dante XXI", 2006), "Dialog" ("Kairos", 2011) e "Sepulnation" ("Nation", 2001). Derrick anunciou "Biotech Godzilla" do "Chaos A.D." (1993) que foi mesclada com "Polícia" dos Titãs.
Em tom de brincadeira, Kisser disse que tocariam Raul Seixas, mas logo desconversou dizendo "só que não". Ao anunciar "The Vacation", do último álbum, pediu para o público repetir o nome do disco rapidamente, mas não gostou muito da resposta e deixou para Derrick falar o longo nome "The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart" (2013).
Após "Territory" ("Chaos A. D."), Derrick perguntou se o público estava feliz e disse que tocariam uma música "old thrash", sendo ela "Beneath the Remains" (1989). "Arise" e "Refuse/ Resist" foram as responsáveis por encerrar a primeira parte do show.
A primeira do bis foi "Under My Skin", em homenagem a todos os fãs, em especial àqueles que possuem tatuagens em alusão ao grupo. "Ratamahatta" com direito a dueto de Kisser (substituindo a voz de Carlinhos Brown) e Derrick, e "Roots Bloddy Roots" encerraram a ótima noite que o Sepultura proporcionou para os gaúchos.
A comunicação entre os músicos e a plateia foi excelente. Plateia que cantou, gritou, vibrou e pulou muito, durante todo o show. A qualidade sonora e visual de um nível altíssimo. Os 30 anos de Sepultura representam muito para a cena do metal nacional. Se existe alguma coisa que qualquer headbanger mundo afora sabe sobre o Brasil, é que aqui nasceu o Sepultura. Os 30 anos é muita estrada, mas que venham muitos mais anos pela frente!
Set-lis completo:
Troops of Doom
Kairos
Slave New World
Breed Apart
Desperate Cry
Dusted
I Am The Enemy
Convicted in Life
Dialog
Attitude
Biotech Is Godzilla / Polícia
Sepulnation
The Vatican
Territory
Beneath the Remains
Arise
Refuse/Resist
Sepultura Under My Skin
Ratamahatta
Roots Bloody Roots
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