Edu Falaschi: pocket show de lançamento do álbum "Moonlight"
Resenha - Edu Falaschi (Shopping Morumbi, SP, 18/06/2016)
Por Alexandre Caetano
Postado em 21 de junho de 2016
Edu Falaschi fez um pocket show de lançamento do álbum Moonlight, no shopping Morumbi, em São Paulo.
Apesar do espaço na livraria Saraiva ser pequeno e o palco baixo – quase ninguém conseguia ver o músico – a qualidade técnica de Edu Falaschi e dos músicos Tiago Mineiro e Mello Jr. proporcionou uma apresentação impecável.
A grande vantagem de um show restrito, com público bem menor que o habitual, é a possibilidade de um bate-papo entre as músicas, que aproxima os fãs e esclarece alguns detalhes sobre um álbum bem particular.
Edu contou com o lado eclético dos fãs para fazer a releitura das músicas e trazer um formato diferente para a apresentação de sucessos consagrados. A carreira solo dá mais liberdade na hora de por em prática algumas ideias que não precisam ser aprovadas por uma banda, assim Moonlight pôde ser pensado não somente como um novo álbum, mas com a projeção das futuras apresentações ao vivo.
Nem sempre as apresentações serão no formato de pocket show como este, e quando possível os shows contarão com quarteto de cordas para que as músicas sigam fielmente o material gravado. Esse foi um dos motivos de não ter trazido convidados para dividir os vocais durante as gravações, pois seria difícil conciliar agendas para manter as parcerias ao vivo.
Para o pocket show algumas alterações foram necessárias, gerando alguns resultados bem curiosos. A música Spread Your Fire, que já havia perdido todo o peso de sua versão no Angra, virou uma verdadeira bossa nova com voz e violão. Nada que destoe da intenção de um álbum intimista e marcante.
Entre uma música e outra, Edu contou alguns detalhes técnicos quanto à escolha das canções selecionadas. A prioridade foi para suas próprias composições e apesar de ser necessária uma boa adaptação para o acústico, ele preferiu evitar músicas que já fossem próximas a esse formato, pois queria um material realmente inovador.
A falta de músicas do Almah – somente a Breathe foi selecionada – também tem uma explicação. Não é por falta de reconhecimento, mas pelo fato de ainda liderar a banda, o que poderia criar certa concorrência que não seria boa para nenhum dos lados.
O Angra foi a banda que deu mais notoriedade à sua carreira, marcando grande presença no álbum. Uma das curiosidades foi a liberdade de trabalhar não somente a adaptação sonora, mas em Angels And Demons, composta por Rafael Bittencourt, havia uma divergência ideológica na letra. Edu nunca gostou da ideia de cantar "God is not love" (Deus não é amor), portanto no Moonlight teve a oportunidade de adaptar a letra de acordo com o que acredita, passando para "God is love" (Deus é amor).
A apresentação foi encerrada com uma longa sessão de fotos e autógrafos. Os fãs foram recebidos com muita simpatia e atenção por Edu Falaschi e Tiago Mineiro. Uma atração à parte foi a pequena Mikaela, filha do Edu, que distribuía papeizinhos com seus autógrafos para alguns fãs.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps