ReVamp: Em meio ao caos na cidade, Floor toca sua carreira solo
Resenha - ReVamp (Clash Club, São Paulo, 20/05/2014)
Por Diego Camara
Postado em 21 de maio de 2014
Um caos! Uma bagunça! Um terrível acontecimento! Foi no dia de uma grande greve dos ônibus – que estragou a vida da maioria dos cidadãos da conturbada e bagunçada cidade de São Paulo – que a banda REVAMP subiu ao palco da Clash Club para se apresentar para o público paulista. Em show com lotação inferior a metade da Clash, a Floor Jansen’s Band trouxe um setlist grande e recheado com as músicas de sua carreira solo.
Era pouco mais das 19h00 quando uma fila razoável aguardava a apresentação de Floor Jansen nos palcos brasileiros. Após um infeliz cancelamento da última vez – que deixou os fãs da eximia e grandiosa vocalista chupando os dedos – finalmente faltava pouco para que pudessem ter o prazer de vê-la finalmente por estas bandas. Nem o pavor de ficar sem transporte ou o caos para chegarem até o lugar foi o bastante para que deixassem de demonstrar a alegria e a ansiosidade.

A casa abriu com um pequeno atraso, mas a entrada foi tranquila porque não havia um grande número de pessoas aguardando do lado de fora. Francamente espero que as pessoas não acabaram perdendo o show pelos problemas de transporte na cidade, pois seria bastante ingrato com um público que logo neste dia ocorresse tal tragédia.

Apesar disto, o show começou sem atrasos, e as 20h30m o som da casa silenciou e a banda foi entrando, integrante por integrante, para a sua apresentação. Foi só Floor entrar no palco que o público foi da alegria ao alvoroço, especialmente com o início de "On The Sideline", que abriu o show com bastante qualidade.

A banda não estava para brincadeira e sacou de música atrás de música, ora tocando o debut "ReVamp", ora sacando das músicas do "Wild Card", lançado em 2013 e que ainda está sendo massivamente divulgado por Floor e cia. O público não regulava aplausos, e ovacionavam a banda a cada música que era tocada. Com pouca interação, o show em diversos momentos pareceu meio seco ou bastante, diria eu, automático.

Porém, Floor mesmo assim guardou tempo para rasgar grandes elogios ao público brasileiro e não deixou de mostrar a alegria que sentia por estar tocando pela primeira vez no Brasil com sua banda solo. O público, extremamente educado, teve seu momento para dar diversos presentes à vocalista.

Os principais sucessos da banda resultaram em grande animação do público. Músicas como "Wild Card", "Sweet Curse", "Here’s my Hell" e "Wolf and Dog" foram alguns dos grandes destaques do espetáculo. Porém a animação da plateia notoriamente caia quando alguns dos "fillers" dos discos eram tocados – e pelo tamanho do show, o número de "fillers" foi extremamente grande para que o espetáculo ganhasse corpo.

A banda ainda retornou para o bis, uma grande surpresa já que eles haviam tocado no show todas as músicas da setlist divulgado para o espetáculo, a banda apresentou o mesmo Bis que havia tocado no show anterior no Teatro Rival Petrobras, Rio de Janeiro. A sequência "Sins", "Nothing" e "Disgraced" foi recebida aos gritos por uma plateia ávida, que gritou na saída da banda por mais músicas.

No final do show era difícil não ter um gostinho de quero mais, apesar da banda ter ficado por quase duas horas em cima do palco e ter tocado quase todas as músicas de seu curto repertório. A plateia pareceu contente no geral com a apresentação, e sequer pareceu sentir falta das músicas do AFTER FOREVER, clássicos do gênero eternizados pela voz de Floor – não houve pedidos por músicas da banda durante o show que conseguiram ecoar e atingir uma parte significativa do público presente. Mesmo assim, creio que tais músicas poderiam ter sido bem-vindas, apesar que penso que Floor deva ter bons motivos para resolver deixar de lado esta parte de sua carreira.

O que importa, afinal, é que o público que gastou seu precioso tempo naquela terça-feira saiu contente com a apresentação, que viu uma das melhores iluminações e qualidades sonoras que já vi em shows da Clash Club, casa extremamente criticada pelos bangers na maioria dos shows que pisam por lá realmente desta vez fez valer sua posição.

Luis Alberto Braga Rodrigues | Rogerio Antonio dos Anjos | Everton Gracindo | Thiago Feltes Marques | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Revamp é:
Floor Jansen – Vocal
Arjan Rijnen – Guitarra
Jord Otto – Guitarra
Henk Vonk – Baixo
Ruben Wijga – Teclado
Matthias Landes – Bateria
Setlist:
1. The Anatomy of a Nervous Breakdown: On the Sideline
2. The Anatomy of a Nervous Breakdown: The Limbic System
3. In Sickness 'Till Death Do Us Part: All Goodbyes Are Said
4. Wild Card
5. Kill Me with Silence
6. Precibus
7. Sweet Curse
8. Amendatory
9. Million
10. Distorted Lullabies
11. I Lost Myself
Intermission
12. Here's My Hell
13. Head Up High
14. The Anatomy of a Nervous Breakdown: Neurasthenia
15. Misery's No Crime
16. In Sickness 'Till Death Do Us Part: Disdain
17. Wolf and Dog
Bis:
18. Sins
19. Nothing
20. In Sickness 'Till Death Do Us Part: Disgraced
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Höfner vai à falência e Paul McCartney lamenta em declaração
Steve Morse diz que alguns membros do Deep Purple ficaram felizes com sua saída
Iron Maiden confirma segundo show da "Run For Your Lives Tour" em São Paulo
Regis Tadeu explica se reunião do Barão Vermelho terá tanto sucesso como a dos Titãs
Bruce Dickinson revela os três vocalistas que criaram o estilo heavy metal de cantar
A melhor música do Pink Floyd para Rob Halford, que lamenta muitos não compreenderem a letra
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
Garotos Podres são indiciados e interrogados na polícia por conta de "Papai Noel Velho Batuta"
O disco que os Beatles chamaram de o maior álbum já feito; "imbatível em muitos sentidos"
O melhor compositor de letras de todos os tempos, segundo Axl Rose do Guns N' Roses
O álbum conceitual do Angra inspirado no fim do casamento de Rafael Bittencourt
O vocalista que irritou James Hetfield por cantar bem demais; "ele continua me desafiando"
Moonspell celebrará 30 anos de "Wolfheart" com show especial no Brasil
A banda australiana que não vendia nada no próprio país e no Brasil fez show para 12 mil fãs
Thor da Marvel tenta tocar bateria com banda estourada de metalcore e dá ruim
A música cheia de raiva e frustração que "comprou" a casa de Phil Collins
Slash comenta o álbum setentista que marcou "o fim do rock como conhecíamos"
Bruce Dickinson explica por que não torce para nenhum time de futebol


Molchat Doma retorna ao Brasil com seu novo álbum Belaya Polosa
Gloryhammer - primeira apresentação no Brasil em ótimo nível
Planet Hemp é daquelas bandas necessárias e que fará falta
Masterplan - Resenha e fotos do show em Porto Alegre
Em 16/01/1993: o Nirvana fazia um show catastrófico no Brasil
Deicide e Kataklysm: invocando o próprio Satã no meio da pista

