God Hate Us All: 4 bandas numa noite abafada e chuvosa
Resenha - God Hate Us All Festival (Planet Music, Rio de Janeiro, 15/01/2011)
Por Marcos Garcia
Postado em 18 de janeiro de 2011
O calor abafado de uma noite chuvosa de sábado não impediu a realização do God Hate Us All Festival, onde tocaram quatro bandas cariocas para um público ótimo, pois o espaço Planet Music, em Cascadura, estava lotado. O espaço é muito bom, com apenas um único aspecto que necessita de melhorias: a ventilação, pois como é quente o local!
Abrindo a noite, veio a banda TRUST WORTHY. Executando um Doom Metal melodioso, pesado e com vocais femininos, a banda se saiu bem, embora a sonorização não estivesse tão boa. Bons teclados e bases de guitarra, a base rítmica da banda é variada e competente, e um aspecto que chama a atenção para o sexteto é justamente que os vocais mais agressivos são executados por uma vocalista, e não um homem, o que é algo digno de nota e menção. Destaque para a bela música ‘Death Angel’, e esperamos vê-los ainda melhores no futuro, pois a banda promete.
Uma intro bem sinistra indica que a segunda banda está no palco, o IMPACTO PROFANO, que fez um ótimo show. Boa presença de palco, muitoa interação com o público, além de garra e energia ao montes na execução de seu Black Metal à lá DARK FUNERAL, ou seja, soturno, rápido, bruto, mas bem tocado. Tocando músicas de ambos as demos, com ênfase nas da mais recente, ‘Lucifer’, a banda levou os presentes ao delírio e as primeiras rodas de pogo surgiram. Músicas como ‘Slave of Illusion’, ‘Impacto Profano’, Fuck God, Glory to Black Metal’ e o cover para ‘Hail Murder’ do DARK FUNERAL levaram os fãs a cantarem as músicas juntos com eles, que ao término do show, a banda deixou o palco sendo bastante aplaudida. Destaque para o batera Lord Anti-Christ, que mostrou extrema técnica e pegada.
Após um longo intervalo, para o palco ser devidamente preparado, o UNEARTHLY entra em cena. Ótima presença de palco da banda, Eregion se comunica extremamente bem com o público, muita energia e espontaneidade, coisa vinda da longa experiência. Os fatos mais interessantes do show são que este marcou o retorno de Tyr para as guitarras, e que a maior parte do repertório foi composta de músicas que estarão no próximo CD, que será gravado e lançado ainda em 2011, como ‘Eye for na Eye’, ‘Osmotic Haeresis’ e ‘My Fall’, que mostram que a banda evoluiu mais ainda em seu Death/Black, ganhando ainda mais peso e técnica (todas as músicas possuem solos e outros recursos de guitarras), e ficando um pouco mais cadenciado. ‘Black Metal Commando’, ‘Day of Storm for Christian Souls’, ‘Age of Chaos’, e o medley composto por canções de SEPULTURA e SARCÓFAGO fizeram as rodas de pogo se tornarem ainda mais intensas. Foram extremamente ovacionados pelo público, e pelo que se diz, a banda terá mais novidades este ano. Fiquem atentos!
Fechando, veio o LACERATED AND CARBONIZED, que infelizmente, teve seu set muito prejudicado por defeitos na aparelhagem de som. O quarteto lança mão de um Death Metal que ao mesmo tempo tem técnica razoável, mas garra e brutalidade ímpares. Tendo à frente o ótimo frontman Jonathan Cruz, que se destaca não só pela interpretação, mas pela postura e comunicação com o público; Caio Mendonça, guitarrista, tem ótimos riffs, que são bem diversos do que se encontram no estilo por aí; e a cozinha do competente Paulo Doc nas quatro cordas e da casa de força que é Vitor Mendonça. Esse garoto ainda vai longe tocando assim! ‘Cephalic Crusher’, ‘Darkned Spite’, ‘Seeds of Hate’ (esta, infelizmente, prejudicada por problemas no microfone) e ‘Homicidal Rapture’ são ótimas canções, que estarão no CD de estréia da banda, ‘Homicidal Rapture’, que sai em breve.
Um evento que espero que tenha várias versões, pois valeu a pena.
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