Winger: verdadeira celebração do Hard Rock em São Paulo
Resenha - Winger (Carioca Club, São Paulo, 17/10/2010)
Por Ana Clara Salles Xavier
Postado em 24 de outubro de 2010
2010 parece ser o ano de celebrar o hard rock com grandes shows. AXL ROSE & SEBASTIAN BACH, VINCE NEIL, AEROSMITH e mais uma edição da Hard Legends Party dessa vez contando com o WINGER. E os fãs mostraram que mesmo em número modesto, podem sim fazer bastante barulho.
Essa redatora que vos escreve tinha certeza absoluta que iria encontrar com horda de hardeiros usando leggins de onça, botas de cowboy e muita maquiagem no rosto. Mas me espantei, pois quem estava no Carioca Club foi um público totalmente diferente.
A respeito da afirmação feita na introdução dessa resenha, sobre os fãs que fizeram muito barulho, quem estava lá concordará comigo. Quando a banda apareceu no palco e tocou os primeiros acordes de Pull me under (do último cd lançado, Karma) e a casa foi ao delírio. Afinal, além da música ser animada e com um refrão pegajoso, estávamos vendo o WINGER, a banda completa, em pleno Domingo moroso e friorento. Provavelmente não havia melhor jeito de encerrar o final de semana.
Emendando três músicas de cara (aqui incluímos a clássica Easy Come), os fãs só tiveram tempo de respirar quando KIP WINGER disse um olá para o público, agradecendo o carinho e a recepção de todo mundo e já logo anunciou outra das antigas: Rainbow in the rose. É absurdo o quanto a voz de KIP continua potente e como o cara possui um talento monstro. Dividindo-se durante todo o show entre os microfones, o baixo e o teclado, ele mostrou que o tempo nem sempre afeta os rockstars. Isso porque eu ainda não mencionei o virtuosismo dos guitarristas REB BEACH e JOHN ROTH. REB mandou ver na gaita em Down Incognito e em um solo matador antes de You are the saint, I am the sinner. O mais divertido nesse show foi que, mesmo nas músicas mais recentes, o público não desanimou um segundo que fosse.
O segundo solo do show ficou por conta de outro virtuose: o baterista ROD MORGENSTEIN não teve dó e sentou a mão nos pratos, bumbos e caixas. Mas tudo com muita técnica e precisão, arrancando aplausos do público que foi novamente transportado para os anos 80 quando Headed for a heartbreak foi executada. Mais uma vez, deixando as pessoas sem fôlego, a banda emendou mais dois pertardos: I can’t get enuff e Seventeen.
Era hora de sair do palco sob gritos de WINGER, WINGER, WINGER. A banda voltou para satisfazer os pedidos dos fãs com o super-mega-ultimate hit Miles Away, que logicamente foi cantada em uníssono e totalmente ovacionada. Com certeza muitas mocinhas que lá estavam suspiraram apaixonadas ou até mesmo aproveitaram para dançar de casalzinho. Madalaine e Helter Skelter foram as duas últimas músicas de um show que foi um verdadeiro prato cheio para os presentes.
Apenas uma crítica: o som durante todo o show ficou bastante embolado, fato que nunca tinha acontecido nas outras apresentações que assisti no Carioca Club. Vi muita gente tampando parcialmente os ouvidos para que pudessem entender melhor algumas notas das músicas. Mas é lógico que isso não foi o suficiente para ofuscar essa verdadeira celebração ao hard rock com uma banda que soube muito bem como comandar a festa!
SET LIST:
Pull Me Under
Blind Revolution Mad
Easy Come, Easy Go
Stone Cold Killer
Rainbow in the Rose
Deal with the Devil
Down Incognito
Your Great Escape
You Are The Saint, I am The Sinner
Headed for a Heartbreak
Can´t Get Enough
Seventeen
Bis:
Miles Away
Madalaine
Helter Skelter
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