CSN&Y: 37 anos depois de Woodstock, muito mais políticos
Resenha - Crosby, Stills, Nash & Young (Bethel Woods Center, 13/08/2006)
Por Márcio Ribeiro
Postado em 27 de agosto de 2006
Foi no Bethel Woods Center For Arts, na minúscula cidade de Bethel, a cerca de meio quilômetro de distancia do local onde ficava o palco onde foi realizado o festival de Woodstock original em 1969. Lá, depois de 37 anos, retornam o quarteto onde eles praticamente iniciaram. Na platéia, uma enorme parte formada por pessoas que assistiram o famoso festival de Woodstock original (ou pelo menos que afirmam isso). Muitos trazendo os filhos adolescentes ou jovem adultos. Foi muito interessante estar no meio deste povo que ainda tem bom humor e um senso de responsabilidade ecológica e política. Ou será que são apenas as vibrações do lugar?
Fotos: Divulgação (site oficial)
O show, com tons políticos bem definidos, foi de três horas de duração, divididos em dois tempos. No primeiro, os quatro tocaram juntos por cerca de uma hora. No segundo, dividiram-se em formações diferentes, ou em solo. Graham Nash vai ao piano em ‘My House’ enquanto Crosby e Stills fazem backing. David Crosby ao violão tem apenas Graham Nash ao seu lado para assisti-lo em ‘Guennivere’, os dois oferecendo uma das mais lindas interpretações da noite. Depois, é a vez de Neil Young ir ao piano cantar sua canção ‘Candidate’, enquanto Crosby e Nash emprestam suas vozes para auxiliá-lo.
Apesar de apresentarem uma variedade de números antigos, datando até os tempos de Buffalo Springfield, grande parte do show foi material novo, quase sempre com temas focalizados na administração Bush e porque ela desagrada. Ações que o quarteto considera assaltos aos direitos constitucionais que este presidente vem exercendo através do tal "Ato Patriótico", um documento que permite espionagem aleatória sobre os cidadãos em nome da segurança nacional. Nada como o nosso AI-5, porém um grande passo na mesma direção. Não foi surpresa que uma das canções mais aplaudidas da noite, por sinal, a única na qual a letra era estampada no telão, pedia o impeachment deste presidente.
Após três horas de show, o povo ainda pediu bis, prontamente atendido com apenas uma canção: 'Woodstock', fechando a noite com chave de ouro. Este é um show que dificilmente seria receptivo fora dos Estados Unidos. Pelo menos não exatamente da mesma maneira. O conjunto claramente tem aspirações educativas, querendo semear no povão americano questionamentos às ações do atual líder da nação Americana.
Se musicalmente muitos provavelmente queriam ouvir 'Suite: Judy Blue Eyes' e outras canções do repertório apresentado durante o famoso festival muitos anos atras, não se pode negar o valor esclarecedor que o show promove. Se vai fazer alguma diferença na conjuntura política americana atual, não se sabe; provavelmente não. Mas demonstra que aquela geração de então era mais politicamente consciente.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



AC/DC anuncia show extra no Chile e encerra adição de datas na América do Sul
O hit do Nirvana sobre Whitesnake, Guns N' Roses, Aerosmith e Led Zeppelin
A opinião de Rafael Bittencourt sobre bandas que ficam se apoiando no "Angraverso"
Internautas protestam contra preços de ingressos para show do AC/DC no Brasil
Cinco músicas totalmente excelentes lançadas em 2025
Os 25 melhores álbuns do metal britânico, segundo o RYM
O álbum que rachou o Deep Purple: "O Jon gostou da ideia, mas o Ritchie não"
30 clássicos do rock lançados no século XX que superaram 1 bilhão de plays no Spotify
O veterano que contraiu tuberculose na Malásia e gerou clássico do Iron Maiden
O guitarrista que é o melhor da história e supera Jimi Hendrix, segundo Steve Vai
A música que encerrou todos os shows que o AC/DC fez no Brasil
A música do Queen que Freddie Mercury só tocava no "piano errado"
Os três melhores guitarristas base de todos os tempos, segundo Dave Mustaine
West Ham une forças ao Iron Maiden e lança camiseta comemorativa
A sugestão de Cazuza que Leoni driblou para tornar "Exagerado" maior hit de sua carreira
O trio norte-americano que Jimmy Page aprecia; "É disso que se trata o Rock 'N' Roll"
O hino que Ronnie James Dio considerava a música perfeita de Rock clássico


O vocalista que quase entrou no Crosby, Stills & Nash no lugar de Neil Young
A superbanda rejeitada pelos Beatles, e que pode ter sido ajudada pelo quarteto de Liverpool
Deicide e Kataklysm: invocando o próprio Satã no meio da pista



