RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

John Dolmayan, baterista do System Of A Down, quer ajudar fãs que não puderem ir aos shows

Dave Mustaine não tinha planos de se tornar vocalista do Megadeth

The Beatles, agora e então: Como assim ainda se fala de Beatles?

Produtor de longa data do Black Sabbath revela os segredos do timbre da guitarra de Tony Iommi

O canadense que matou uma família e culpou música de Ozzy

Baterista do Shadows Fall odiou Metallica e Slayer quando ouviu pela primeira vez

A reação de seu advogado após guitarrista recusar cargo de guitarrista de Ozzy Osbourne

Paul McCartney e o que "estragou" Elvis Presley que os Beatles evitaram; "teria acontecido"

Kurt Cobain comenta as músicas do Nirvana que compôs para combater o sexismo

O integrante do Led Zeppelin com quem Robert Plant sempre perdia a paciência

Um fator crucial que levou Mike Shinoda a reformar o Linkin Park; "Estava quase como acabado"

Primeira música escrita por Steve Harris tinha título "horrível" e virou faixa de "Killers"

O que Cazuza quis dizer com "A burguesia fede e quer ficar rica" no clássico "Burguesia"

A conturbada saída de Steve Souza do Testament, nas palavras de Eric Peterson

O dia que o Pearl Jam só não compôs uma música com Bob Dylan porque Eddie Vedder não quis


Stamp
Bangers Open Air

Whitesnake e Judas Priest: Público fiel depois do auge

Resenha - Whitesnake e Judas Priest (Arena Skol, São Paulo, 09/09/2005)

Por Fábio Faria
Postado em 17 de setembro de 2005

O Arena Skol Anhembi pareceu ser a escolha certa para receber o show de dois grandes nomes da história do Rock internacional, Judas Priest e Whitesnake, que não estão mais no auge de suas carreiras, mas têm um público fiel - caso o show fosse no Pacaembu, por exemplo, seria um fracasso do ponto de vista de venda de ingressos - além de ter como banda de abertura os paulistas do Angra. O local é aberto e acomoda 30 mil pessoas, embora, não estivesse totalmente lotado, e possui uma boa infra-estrutura, banheiros decentes, espaço para alimentação, camarotes com visão privilegiada construídos do lado esquerdo do palco, tudo muito bem organizado. Até os shows começaram praticamente no horário marcado.

Judas Priest - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Como isso não é muito comum em se tratando de Brasil, muitas pessoas chegaram quando as apresentações já haviam começado. E, claro, dá-lhe reclamações. Não desse que vos escreve, pois ao entrar no "Arena" presenciei o final da introdução de 'Deus Le Volt' e imediatamente o Angra toma o palco com 'Spread Your Fire', seguida de 'Waiting Silence', ambas do mais recente trabalho da banda 'Temple of Shadows'. Deste, ainda tocaram 'Angels And Demons' e 'Wishing Well'. Na posição de banda de abertura – embora tenha sido anunciado como "banda convidada" -, os integrantes do Angra foram agraciados com um ótimo som e iluminação de palco perfeita, coisa rara de acontecer por aqui. Eduardo Falaschi, Kiko Loureiro, Rafael Bittencourt, Felipe Andreoli e Aquiles Priester souberam usar disso e brindaram a platéia com uma performance empolgante. O repertório foi bem escolhido – apesar de terem deixado de fora 'Carry On' – com ênfase na "era" Edu Falaschi; além do mais recente álbum, não foram esquecidas músicas do primeiro álbum com o vocalista, o 'Rebirth', dentre elas a faixa-título, 'Acid Rain', 'In Excelsis' e 'Nova Era'. Os destaques, no entanto, foram as performances inspiradas em 'Nothing To Say' e 'Angels Cry'.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Muita gente reclamou da participação do Angra no evento, supostamente pelo fato da banda estar deslocada pelo tipo de som que toca em relação às atrações internacionais. Pura bobagem. Muito pelo contrário, se fosse possível, em teoria, dizer que alguém estaria deslocado, esse alguém seria o Whitesnake. Uma banda de Hard Rock, entre duas bandas de Heavy Metal. Claro, que se isso fosse desvantagem, esqueceram de avisar David Coverdale e cia. Foi surpreendente a apresentação do grupo. Acompanhado por um time de feras - os guitarristas Doug Aldrich e Reb Beach, o baixista Uriah Duffy, o tecladista Timothy Drury e o lendário baterista Tommy Aldridge (Ozzy Osbourne, Gary Moore, etc) – Coverdale espertamente começou o set com um medley de 'Burn/Stormbringer', ambas da fase em que ele era o frontman do Deep Purple. Apesar do som um pouco ruim logo no início - o que foi corrigido rapidamente -, o vocalista inglês ganhou a platéia logo de cara.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Com mais de cinqüenta anos, David mostrou que sua voz está em grande forma e enlouqueceu os fãs com uma hora de show. Pode-se até pensar que foi pouco, mas tamanha foi a energia e a garra apresentada pelo Whitesnake, que se o tempo fosse maior, talvez o show não tivesse sido tão bom. E os fãs só têm uma reclamação a fazer: faltou o clássico 'Fool For Your Loving'. Fato quase perdoável, já que foram tocadas 'Bad Boys', 'Love Ain't No Stranger', 'Slow an' Easy', 'Crying in the Rain', 'Is This Love'(dispensável), 'Give Me All Your Love', 'Here I Go Again' e 'Still of the Night'.

Difícil destacar alguma canção, a banda foi perfeita em todas elas. Até o também cinquentão Tommy Aldridge arrebentou com seu famoso solo, ora usando as baquetas, ora usando as próprias mãos. O adjetivo "memorável" cabe perfeitamente a esta apresentação do Whitesnake. E acredite ou não, muita gente foi lá só pra ver a banda, tanto que foi possível ver pessoas indo embora assim que começou a tocar a famosa música do grupo de comediantes ingleses Monty Python, 'Always Look on the Bright Side of Life', ao término do show.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Por volta das 10 horas da noite, a atração principal, o Judas Priest, entra em cena. Ao apagar das luzes começaram os gritos, que continuaram durante a introdução 'The Hellion', culminando em 'Electric Eye'. Daí em diante foram só clássicos: Metal Gods', 'Riding on the Wind', 'A Touch of Evil', 'Beyond the Realms of Death', 'Turbo Lover', 'Victim of Changes', 'Hell Bent for Leather', 'Living After Midnight' e 'You´ve got Another thing Comin' e 'Diamonds & Rust' – foi mantida a versão acústica imortalizada por Tim "Ripper" Owens no CD '98 Live Meltdown', sem que Halford conseguisse atingir o mesmo resultado.

O conjunto surpreendeu e não abdicou de mostrar músicas do novo disco 'Angel of Retribution'. Foram apresentadas 'Revolution', 'Deal with the Devil', 'Hellrider' e 'Judas Rising', está última um dos destaques na parte visual do show. Rob Halford surge lentamente por detrás da bateria com os braços abertos imitando a ilustração da capa do CD. Surpresa mesmo no repertório foi à inclusão de 'Exciter'('Stained Class', de 1978 ) e 'I'm a Rocker'('Ram It Down', de 1988).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

O set list do Judas Priest foi construído de maneira a agradar e surpreender, fato consumado, ainda que tenha sido parcialmente bem sucedido nesse intuito. E a aqui começa um fato estranho desse show, quase inexplicável. A platéia obviamente era composta na maioria esmagadora de jovens, cujos pais provavelmente nem se conheciam quando o Judas lançou seu primeiro álbum. Natural, então, que muitas das canções fossem ignoradas por esse público. E esse foi o calcanhar de Aquiles de Halford e seus companheiros. Os mais fanáticos, que conhecem a discografia da banda de cor e salteado, foram os que tiveram a verdadeira satisfação de ver uma das lendas do Heavy Metal. Tem que se concordar com quem afirma que a maioria estava lá para ouvir 'Breaking The Law' e 'Painkiller'. Nada de errado nisso, foram excelentes as respostas a essas canções. Mas se eu fosse um dos integrantes do Judas teria ficado um pouco decepcionado. Era comum ver pessoas paradas, com cara de "que isso?", durante verdadeiros hinos do Metal.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6

Mesmo assim eles não se abateram, Glenn Tipton, K.K. Downing, Ian Hill e Scott Travis foram impecáveis, ainda que com os andamentos de algumas músicas um pouco mais lentos. Mas não conseguiram tirar do público a reação digna, que uma banda como o Judas Priest merece. Nem durante o solo de Glenn, no qual ele tentou um pingue-pongue com a platéia, a resposta foi satisfatória.

A principal atração da turnê atual do Judas Priest é a volta de Rob Halford aos vocais. Embora tenha cantado bem, foi possível constatar que a passagem dos anos esta enfraquecendo a voz de Halford. Ele não reproduz ao vivo, com a mesma intensidade, o resultado alcançado no estúdio como no passado. E veja, ainda assim, o cara conseguiu um bom resultado. A idade parece pesar para ele também na movimentação de palco. Em alguns momentos, parecia que o cantor estava se apoiando, principalmente nas plataformas. No transcorrer da apresentação, ele tentou de todas as maneiras instigar o público, dizendo que estava feliz de voltar ao Brasil – chegou a abraçar a bandeira do país -, também arriscou um pingue-pongue com os presentes, e se saiu melhor que Tipton. Mas sinceramente, não conseguiu unanimidade no quesito interação com a platéia. Destaque mesmo foi sua entrada no palco com a moto, fato corriqueiro nos shows do Judas, mas que realmente causa um impacto interessante.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal

Fica aí a dúvida: o Judas não é mais o mesmo ou o público paulista é que não soube reverenciar a altura o "Deus do Metal" e seus asseclas? Eu fico com a segunda alternativa.


Outras resenhas de Whitesnake e Judas Priest (Arena Skol, São Paulo, 09/09/2005)

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Pierce The Veil
Comitiva


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luis Jose Geraldes | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Fábio Faria

"Maidenmaníaco" convicto, nascido em 1973, passou a escutar Rock com 10 anos de idade. Primeiro disco adquirido foi "Destroyer" do Kiss. Logo depois conheceu o álbum "Killers" do Iron Maiden, e a identificação foi instantânea. Curte todos os estilos e sub-estilos do Rock e do Metal. Sem preconceito, escuta desde Black Sabbath, Yes, Janis Joplin, Slayer, In Flames, Sex Pistols até Dream Theater, U2, Blind Guardian, Slipknot, Carcass, etc. Bandas favoritas: Iron Maiden e Beatles.
Mais matérias de Fábio Faria.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS