Jimmy Page: 80 anos e sua falta de criatividade
Por Isaias Freire
Postado em 26 de janeiro de 2024
Sou um apaixonado pelo Led Zeppelin há pelo menos 45 anos. Tenho de tudo, LP´s, Cd´s, Box´s, livros, revistas, bootlegs, quadros, tudo em quantidade absurda, coisa de quem realmente gosta. Sigo a página "jimmypage" no Instagram e até hoje escuto as músicas com frequência, apesar de uma ou outra não dar mais. "When the Levee Breaks" figura na minha lista das 10 melhores músicas de todos os tempos. Porém o canto do cisne de Jimmy Page foi "Presence" em 1976, depois disto (quase cinquenta anos) nada que realmente possa ser incluído como fabuloso. Jimmy Page passa seus dias requentado o repertório do Led Zeppelin e torcendo até hoje para que Robert Plant aceite um retorno de sua banda.

Me sinto confortável pensando assim, vejamos...
Ainda com o Led Zeppelin, depois de "Presence", lançou 3 discos – "The Song Remains the Same", um álbum ao vivo completamente mediano se comparado aos vários bootlegs que existem no mercado com performances muito superiores, "In Through the out Door", um disco legal, porém muito mais John Paul Jones do que Jimmy Page, e aí, já póstumo, veio "CODA", um disco sem graça e desnecessário.
Olhando a posterior carreira solo, Jimmy não fez nada realmente expressivo em termos musicais e o sucesso passa longe de sua antiga banda. Em 1982 fez a trilha sonora "Death Wish II", em 1984 "The Honeydrippers", 1985 e 1986 dois discos com o The Firm, tudo bem mediano. Em 1988 lançou o solo "Outrider", até ganhou um Grammy, mas não convenceu. Em 1993 com David Coverdale lançou um disco que nada mais era do que o que se fazia na época. Em 1994 lançou o ótimo "No Quarter", porém era releitura do repertório do Led Zeppelin, "Walking into Clarksdale" de 1998 não decolou e em 2000 com o pessoal do The Black Crowes voltou a revisitar o repertório do Led.
De lá para cá, pequenas aparições, empolgantes com certeza, como o encerramento das olimpíadas de Pequim, porém sempre revisitando o antigo repertório. Aquela cena que roda na internet, de Jimmy com Edge e Jack White poderia ter sido muito legal se ele tivesse apresentado algo novo, uma pena, não aconteceu.
Sei que se manter criativo por longos períodos é difícil e para poucos, Miles Davis, Frank Zappa, os dois até o final da vida, Tony Iommi com "Scent of Dark" e poucos outros. Mas estamos falando de Jimmy Page, é para se esperar mais.
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