Baterista do Queensryche fala sobre novo álbum
Por Thiago Coutinho
Fonte: Blasting-Zone.com
Postado em 17 de fevereiro de 2006
Com lançamento marcado para meados de março, início de abril, o QUEENSRŸCHE está dando os toques finais em "Operation: Mindcrime II", a continuação do consagrado álbum homônimo lançado em 1988. O site Blasting-Zone.com levou a cabo uma entrevista com o baterista Scott Rockenfield que deu mais detalhes acerca da participação do lendário RONNIE JAMES DIO — que no álbum interpreta o personagem Dr. X —, a decisão do grupo em prosseguir, 17 anos depois, com a história de seu trabalho mais bem sucedido, entre outros tópicos.
Confira o bate-papo a seguir:
Blasting-Zone.com — Qual foi a principal motivação para gravar "Operation: Mindcrime II"?
Scott Rockenfield — Isso começou mais ou menos quando finalizamos o primeiro. Era um trabalho demais para nós e todos pensavam: ‘e aí, quando vai rolar o próximo?’. Sempre foi como uma porta aberta, endente? Nós sabíamos que provavelmente, em algum ponto de nossas carreiras, revistaríamos o álbum, pois a história ficou com um final em aberto. Durante os últimos 18 meses em turnê, tocamos o primeiro ‘Operation: Mindcrime’ na íntegra. Decidimos que era hora de ressuscitá-lo no aspecto teatral, com os atores e tudo mais. E quinze anos depois, as pessoas ainda batiam à nossa porta perguntando quando faríamos a continuação. E ficamos com um pensamento mais ou menos assim: ‘vamos fazer isso para que eles parem de encher nosso saco’ [risos].
Blasting-Zone.com — Todos vocês chegaram a pensar que não conseguiriam recapturar a experiência do primeiro "Mindcrime"?
Rockenfield — Sim, a pressão em nós era interna. A idéia era pegar uma outra perspectiva do álbum original e revivê-lo, e na última turnê que fizemos tivemos a chance de ver se podíamos tocá-lo novamente. Era mais algo de colocarmos as coisas no lugar. Nós meio que misturamos nossa história nele. Há elementos do ‘Rage for Order’ nele, há elementos mais sônicos, há diferentes texturas, diferentes tecnologias. Nós combinamos aquela era com a época do primeiro e do novo ‘Mindcrime’. Tentamos deixá-lo com um ar mais contemporâneo, assim não daríamos aquela idéia de que estamos apenas revivendo nosso passado. Estamos tentando unir nosso presente e nosso passado. É isso que tentamos alcançar. Longe, porém bom. Acho que agora é hora de vocês avaliarem [risos].
Blasting-Zone.com — E como RONNIE JAMES DIO se envolveu com o projeto? Ele, a propósito, para ser a escolha perfeita para interpretar o Dr. X...
Rockenfield — Essa é apenas uma daquelas relações de longa data que mantemos. Em 1983, quando saímos em turnê pela primeira vez, fomos à Europa com DIO por alguns meses. E desde então nos conhecemos. Com o passar dos anos nos direcionamos para diferentes áreas, mas quando chegou a hora de realizarmos este projeto procuramos por algo interessante e essa pareceu ser uma idéia bem legal. Entramos em contato e ele disse: ‘estou dentro’. Ele tem essa voz que é maior do que a vida. E além disso, ele é um cara muito legal, é demais estar com ele por perto, ele é muito legal. Ficamos muito agradecidos por ele ter vindo fazer isso conosco. Além disso, não foi algo como lhe ligar e dizer o que ele tem que fazer. Ele apenas chegou e disse: ‘onde estão as letras?’, cantou e saiu andando.
Blasting-Zone.com — Alguma verdade nos rumores que davam conta de que Rob Halford (JUDAS PRIEST) era o cantor escolhido originalmente para o papel?
Rockenfield — Foi apenas um rumor. Acho que isso aconteceu basicamente porque saímos em turnê com o PRIEST. Muitos fãs pensaram que quando dissemos que haveria um convidado especial no novo álbum e foram em frente pensando: ‘oh, Deus, vai ser o Rob’. Tentaram adivinhar, adivinhar e... surpresa! [risos]
Blasting-Zone.com — Mas vocês chegaram a admitir que trabalhar com Rob seria demais. Ele chegou a subir no palco com vocês durante a turnê conjunta com o Priest?
Rockenfield — Não, não. Não tivemos a chance de tocar algo juntos ao vivo. Mas chegamos a falar a respeito. Glenn [Tipton] e K.K. [ambos guitarrista do JUDAS PRIEST] costumavam ficar conosco direto, sobretudo o K.K. Ele estava direto em nosso camarim. Acho que isso o mantinha mais jovem ou algo assim [risos]. Nós falávamos a respeito, mas nunca chegamos a colocar isso em prática. E foi uma grande perda, eu diria [risos].
Blasting-Zone.com — E como vocês pretendem levar o Dr. X para tocar ao vivo?
Rockenfield — Boa pergunta. Ainda não cruzamos essa ponte. Pode ser que consigamos alguém ou mesmo o Ronnie faça. Também podemos filmá-lo e sincronizá-lo com nossa performance. Nós teremos alguém para interpretar este papel ao vivo, mas pode ser que Ronnie nos acompanhe em algumas cidades.
Leia a entrevista na íntegra, em inglês, clicando aqui.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
Regis Tadeu indica disco "perfeito" para uma road trip: "Todo mundo detesta, mas é bom"
A lendária guitarra inspirada em Jimmy Page, Jeff Beck e Eric Clapton que sumiu por 44 anos
A obra-prima do Dream Theater que mescla influências de Radiohead a Pantera
Os dois bateristas que George Martin dizia que Ringo Starr não conseguiria igualar
Steve Harris admite que a aposentadoria está cada vez mais próxima
Youtuber que estava no backstage do último show de Alissa com o Arch Enemy conta tudo
Ouça "Nothin'" e "Atlas", novas músicas do Guns N' Roses
O maior compositor do rock'n'roll de todos os tempos, segundo Paul Simon
Steve Morse escolhe o maior guitarrista do mundo na atualidade
Após negócio de 600 milhões, Slipknot adia álbum experimental prometido para esse ano
Guns N' Roses lança duas novas canções
Graspop Metal Meeting terá 128 bandas em 4 dias de shows na edição de 2026 do festival
Irmãos Cavalera não querem participar de último show do Sepultura, segundo Andreas Kisser
O defeito muito grave dos baixistas de heavy metal na opinião de John Entwistle
Em 1977 o Pink Floyd convenceu-se de que poderia voltar a ousar
Amigos, mas nem tanto: Flea e a sua curiosa relação com o baterista Chad Smith
O hit da Legião Urbana com forte influência do rap e que traz manifesto político dos anos 80


O disco do Queensryche que foi muito marcante para Kiko Loureiro e para o Angra
Queensryche foi muito importante para o Dream Theater, segundo John Petrucci
6 bandas que são chamadas de metal farofa mas não deveriam, de acordo com a Loudwire
O clássico do Megadeth que teve inspiração dos Beatles, Queensryche e sushi
5 discos lançados em 1988 que todo fã de heavy metal deveria ouvir ao menos uma vez na vida
Heavy Metal: quais as 10 melhores vozes da história?



