The Doors se reúne para promover livro
Fonte: Terra Música
Postado em 08 de novembro de 2006
Como o título da canção do grupo The Doors Strange Days, os dias andam estranhos para os sobreviventes da banda de rock dos anos 1960, que comemoram o 40o aniversário de seu primeiro álbum enquanto travam uma batalha prolongada na Justiça.
O baterista John Densmore, o guitarrista Robby Krieger e o tecladista Ray Manzarek farão as pazes temporariamente nesta quarta-feira. Eles concordaram em promover juntos um novo livro e conjunto de CDs, em apresentações separadas em três locais no Sunset Strip, em Los Angeles, onde reinaram em tempos passados.
Densmore, que processou Manzarek e Krieger (com sucesso) para impedi-los de viajar em turnê sob o nome The Doors of the 21st Century, estará numa livraria em um lado da rua, e seus antigos colegas em clubes do outro lado da rua.
Uma coisa sobre a qual os três concordam é que o fato de não aparecerem juntos é coincidência. Mesmo assim, parece uma metáfora da divisão da banda que, ao lado do falecido e carismático vocalista Jim Morrison, defendia a ética de paz e amor dos anos 1960.
Em entrevistas separadas, Densmore, 61 anos, e Manzarek, 67, disseram que não se falam. O empresário de Krieger, 60, negou o pedido de entrevista com o guitarrista.
"Essas coisas acontecem numa banda de rock ''n'' roll. Se as pessoas ficam juntas por tempo suficiente numa banda de rock ''n'' roll, alguma coisa dá errado", disse Manzarek, que hoje vive no campo em Napa Valley, perto de San Francisco.
Densmore disse que de sua parte não há sentimento negativo, "mas da parte deles..."
Ele se referia à apelação registrada por Manzarek e Krieger contra a decisão tomada no ano passado por um tribunal de Los Angeles, que ordenou que os dois parassem de viajar em turnê sob o nome The Doors of the 21st Century ¿ hoje eles se intitulam Riders of the Storm, nome tirado de outra canção do grupo ¿ e que entregassem todo o lucro da turnê à sociedade Doors original.
Essa sociedade inclui os três sobreviventes e os herdeiros de Jim Morrison e de sua mulher Pamela Courson, que morreram respectivamente em 1971 e 1974.
Densmore disse que ele só quis garantir a pureza do nome Doors e que não quer ver seu nome ligado ao de uma banda de idosos que se apresenta em feiras rurais. Ele também faz uso de seu poder de voto para barrar contratos lucrativos de licenciamento de canções dos Doors, como "Break On Through", para uso em comerciais de TV.
Em todo caso, as brigas entre os Doors não se igualam à hostilidade presente no interior da organização Beatles ou dos Beach Boys. E os fãs parecem não se importar com isso. Uma porta-voz disse que The Doors ainda vendem entre 1 milhão e 2 milhões de álbuns por ano e que suas vendas acumuladas chegam a quase 90 milhões de unidades.
O novo conjunto de CDs, "Perception", previsto para chegar às lojas em 21 de novembro, inclui seis CDs e seis DVDs. Entre algumas jóias inéditas há imagens em vídeo do grupo gravando seu cover de "Crawling King Snake", do bluesman John Lee Hooker, em 1971.
O livro recém-lançado, "The Doors by the Doors", traz várias visões da banda, tanto de seus integrantes quando de pessoas de fora. Até mesmo o pai de Jim Morrison, o almirante da Marinha americana na reserva George Morrison, contribui com algumas reflexões sobre seu filho.
Reuters
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