Ronnie James Dio: protegendo o legado
Por Demian Filipe Ferreira da Silva
Fonte: Sun Media
Postado em 13 de março de 2007
Jenny Feniak, da Sun Media, recentemente conduziu uma entrevista com o lendário vocalista Ronnie James Dio. Alguns trechos da conversa se seguem:
Sobre seus colegas de banda do Heaven and Hell: "Nós somos meio que como gafanhotos, vemos um ao outro apenas em torno de cada doze anos. Depois que nos separamos pela primeira vez, 12 anos mais tarde nos juntamos de novo. E agora se passaram 13 anos, é uma coisa meio cíclica".
(E desta vez) "Nos aproximamos ainda mais para compor o que foi e sempre será chamado de Black Sabbath. Você pode disfarçar e nos chamar de 'Barney's Beanery' mas todos dirão: 'oh, o Sabbath está na cidade. Quem é Barney's Beanery?' Eu realmente não me importo com o nome com o qual somos chamados. Tudo que eu sei é que vai ser uma grande banda e um grande show, como sempre foi".
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Sobre "Black Sabbath: The Dio Years": "Estive em várias ocasiões na Inglaterra, e Tony [Iommi] e eu escrevemos três novas canções [para adicionar à coletânea]. Era para escrevermos apenas duas, mas tudo correu tão bem e tão facilmente como sempre foi entre nós que acabamos compondo mais uma. E, é claro, surgiu uma idéia... seria bom se nós fizéssemos uma turnê com este material. Ajudaria o álbum e ao mesmo tempo faria um monte de dinheiro, também, não faria? Afinal, este é nosso trabalho".
"A questão é que faremos o que temos de fazer meio que para proteger nosso legado acima de qualquer coisa. Já se passou um longo tempo desde que tocamos juntos e agora nós faremos a coisa da maneira certa, não como da última vez em que realizamos a turnê do álbum 'Dehumanizer', onde tudo saiu um pouco fora do previsto. Desta vez tudo foi meticulosamente planejado".
Sobre apreciar a companhia um do outro mais uma vez: "Soa como se nunca tivéssemos parado. Quando você trabalha com pessoas que lhe são agradáveis e profissionais, e você também é profissional, ao fim do dia tudo terá transcorrido da forma correta. Mas é divertido também. Nós nos confundimos, cometemos erros e todos paramos, rimos e como crianças apontamos o dedo para o outro".
"Muitas coisas que aconteceram foram dolorosas para mim. Eu realmente me importei muito com a banda, e a inexperiência da juventude foi um dos motivos pelo qual as coisas não funcionaram. Mas quando você se junta de novo, e no nosso caso pela terceira vez, isto significa que deve haver algo que nos une, não odiamos um ao outro tanto assim, senão não estariamos fazendo isto".
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