Mundo Cao: entrevista com a banda
Por Rodrigo Rodrigues
Fonte: KissKillers.Oficial
Postado em 06 de novembro de 2007
"Banda paulista de Hard Rock, apresenta suas letras irreverentes apoiadas em bases fortes e melodias marcantes. Os temas vão desde a crítica social até a essência e as mazelas da natureza humana em uma linguagem moderna e atual." ...
É "simplesmente" assim que começa Wild Child desse mês. Com uma banda de Hard que não tem medo de expor o que pensa em suas canções. Seu nome? Mundo Cao. Zeca Salgueiro (bass, vocal), Fabio Gadel (guitar, vocal), e Marcos Limone (drums) são os nomes dessa banda que também está promovendo a volta de Bruce Kulick ao Brasil em dezembro... Agora que conhecem um pouco dos projetos, que tal conhecer o que podem nos proporcionar? ENJOY IT!
Mai: A Mundo Cao foi formada em 2005, ou seja, o trabalho de vocês é recente... Como surgiu a idéia de montar uma banda de Hard Rock como a sua, que atinge todos os fatores que hoje são discutidos por toda a parte? E o nome, como escolheram?
Fábio: Quando eu conheci o Zeca, eu tinha algumas músicas que eu havia composto e gravado mas nunca havia executado com uma banda. Gravamos a voz dele em algumas e gostamos do resultado, resolvemos fazer um ensaio pra experimentar e de cara achamos que o resultado ficava bacana e diferente das coisas "da moda". A intenção era a princípio fazer um som que agradasse a nós mesmos e ao nosso círculo de amigos, por isso as letras sempre tiveram uma linguagem muito particular e direta e com o nosso ponto de vista (nada ortodoxo) a respeito de coisas do cotidiano e alguma paranóias nossas. O resultado das músicas era um formato relativamente simples mas com um apelo muito legal para serem executadas ao vivo. O nome da banda veio pelo conteúdo das letras que acabam formando um contexto de uma realidade bem cruel, mesmo que às vezes meio disfarçadas em meio à algumas brincadeiras.
Mai: Quem compõe as músicas, desde letra até os riffs?
Fábio: Eu, e tem uma do Zeca, a "De Mãos Dadas".
Mai: A banda agora está ficando mais conhecida, com dois anos de carreira e com Bruce Kulick prometendo agitar tudo com vocês. Olhando pra trás, pra 2005, como eram as coisas? O que acha que realmente mudou, e o que não sofreu alterações?
Fábio: A principal mudança que eu vejo, em relação ao Mundo Cao, é que no começo o estilo das músicas era um pouco mais variado, no decorrer desse tempo o som ficou mais definido e com isso ganhou força e pegada nos shows. O que eu acho que permanece o mesmo, e agora falando em relação ao cenário musical, é a dificuldade que as bandas autorais enfrentam para alcançar uma boa exposição. Isso deixa o mercado carente de coisas mais interessantes e ao mesmo tempo nós vemos muitas bandas legais que poderiam ocupar esse espaço simplesmente terminarem por falta de incentivo ou se perderem pelo underground, sobrevivendo pelo esforço "heróico" de seus integrantes.
Mai: Quais são suas influências musicais, e também pessoais? E da banda?
Fábio: Minhas principais influências são Kiss, Queen e o metal dos anos 80. De som nacional gosto muito de Raul Seixas. Como guitarristas as maiores influências são Eddie Van Halen e Yngwie Malmsteen. Fora da música gosto muito das pinturas de M.C. Escher e dos livros de Hermann Hesse. O Zeca curte principalmente Kiss, Bon Jovi, música clássica (especialmente Beethoven) e leitura em geral. O Marquinhos curte bandas como Dream Theater e Black Label Society e tem uma influência forte de bandas de metal melódico.
Mai: As composições da banda possuem um lado crítico muito forte, algo que faltava no cenário do Hard Rock, que muitos dizem ser algo "materialista, fanfarrão e misógino". Como encara isso? As músicas são feitas baseadas em quais fatos políticos e sociais, além da corrupção?
Fábio: Acho que essas características que você citou fazem um pouco parte da "roupagem" do Hard Rock, que é até divertida, mas não pode ser apenas isso, pelo menos esse não é o nosso objetivo. Queremos deixar que essa linguagem envolva uma análise mais interessante e questionadora a respeito das coisas. Também colocamos nas letras algumas pequenas (e grandes) paranóias que vivemos no dia a dia e alguns pontos de vista mais particulares a respeito da condição humana e do relacionamento entre as pessoas.
Mai: De todas as músicas, qual é a que você mais gostou de gravar, escrever e cantar no shows? Por que?
Fábio: Eu gosto muito da música "Surtado", pois a letra (baseada em fatos reais) cria uma tensão muito legal na linha da voz. Ao vivo também gosto muito de tocar "Satanás quer turistas", é uma música que causa uma reação muito legal nas pessoas. Em relação à gravação, todas músicas são versão demo ainda, mas acho que as que estão mais legais são "O ceifador" e "Mundo cão", essa última tem um dos solos de guitarra que eu mais gosto.
Mai: Formas de contato... ?
Fábio: www.mundocao.com.br
[email protected]
Mai: Fábio, obrigada pela entrevista, boa sorte em dezembro, keep rocking, KISSes, stay hard, stay WILD! ;***
Fábio: Parabéns pelo site de vocês, que é muito bacana e muito importante dentro da comunidade do Kiss e muito obrigado a você e ao KissKillers.Oficial , não só pela divulgação do show com o Bruce, mas também pela força e espaço que estão dando para nós. Grande abraço!
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