Hatebreed: banda concede entrevista ao site @newmetaldiscs
Por Alan Almeida
Fonte: NEWS ★ METALDISCS
Postado em 23 de outubro de 2011
Confira abaixo uma entrevista com o guitarrista "Frank Novinec" da banda de Hardcore "Hatebreed". Nas pautas abaixo a banda fala sobre uma provável turnê pela América Latina em 2012.
Entrevista com Hatebreed (Frank Novinec).
1- Primeiro obrigado por fazer essa entrevista na última hora. Vamos começar com a turnê, como ela está indo?
(Frank): Está indo bem, a gente teve na Europa há umas poucas semanas atrás e agora estamos de volta por mais duas semanas e meias. Festivais durante os finais de semanas e shows menores durante os outros dias, a gente tá aqui na em Copenhagen na Dinamarca hoje a noite. Deve ser um show bom.
2. Esse é o quarto show desta turnê, teve alguma estranha que já aconteceu?
(Frank): A gente tocou no Summerbreeze Festival, aonde tinha 30.000 pessoas, foi a primeira vez que a gente tocou lá e nos fomos os headliners do festival. A gente fechou um festival na frente de 30.000 mil pessoas, isso é uma coisa que não se esquece sabe? Pra aqueles de vocês que quiserem ver fotos do show, tem um pouco no Facebook do Hatebreed (Facebook.com/Hatebreed), e pra vocês que não estão no facebook, checa no Twitter do Hatebreed que deve ter um pouco la também, o público foi uma maravilha e tomara que a gente possa tocar nesse festival de novo.
3. E falando em Facebook, eu estava checando o facebook da banda e tinha um fã perguntando o que vocês precisariam pra tocar um show na Penitenciaria de Washington D.C., vocês tocariam neste show?
(Frank): Ah eu não sei, eu iria amar de tocar num lugar desse mais eu penso que isso iria terminar num tumulto, os nossos shows são baseados em energia e às vezes até parece que tem um tumulto acontecendo, haha, eu não sei como isso iria terminar, mas, a gente conversou sobre fazer uma pelo suporte das tropas americanas que estão estacionadas fora do país nesse momento, não sei se daria pra fazer algo desse tipo, mais é uma coisa que gostaríamos de fazer. Todo mundo sabe que Hatebreed é uma banda que tocaria em qualquer lugar se tiver uma chance. Quem sabe, coisas bem mais doidas já aconteceram com a gente.
4. Vocês são conhecidos por terem um monte de (Die Hard) tipos de fãs, o tipo de fãs que parecem que eles têm uma adoração pela banda como se fosse uma religião, qual é a maneira mais fácil de reconhecer um fã desse tipo?
(Frank): É verdade, a gente tem esse tipo de fã, nós somos tão sortudos de termos esse tipo de fãs, é uma coisa que poucas bandas têm hoje em dia. Nós somos umas daquelas bandas do tipo (Nós somos a banda preferida dessas pessoas), tem milhares de pessoas com tatuagens do Hatebreed, e você vê essas pessoas nos shows, nos Meet & Greet, você os vê na primeira fileira num show, Hatebreed Die Hards, é como uma força militar, nós temos tanto orgulho de poder dizer que somos parte de uma coisa como essas são poucas as pessoas que podem dizer isso.
5. É conhecimento comum na imprensa musical que nós que trabalhamos nela, temos uma tendência de colocar a tua banda no grupo estereótipo de Hardcore, isso é algo que incomoda vocês?
(Frank): Não, a gente faz o que a gente faz, estamos fazendo isso há tanto tempo que esse tipo de coisa já não significa nada pra nós. A gente tem a liberdade de fazer o que a gente quiser e de nos comportar como a gente quiser. Somos uma banda universitária, fizemos turnês com bandas como Slipknot, Slayer, Motorhead, Dropkick Murphys, Type O Negative entre algumas, todas as bandas diferentes, a gente tocou shows com o Wu Tang Clan e Jorney, a gente vai ao palco e fazemos o que temos que fazer e no final do set geralmente a maioria do povo gosta do estão vendo. Então a imprensa pode falar o que quiser a gente não lê esse tipo de coisa, a única coisa que eu leio na internet é o meu email e os resultados dos jogos, eu ouço comentários das coisas que estão acontecendo mais eu não ligo não, eu deixo as pessoas discutirem o dia inteiro se a gente é uma banda de Hardcore ou uma banda de Metal e desperdiçarem o seu tempo com isso, tanto faz pra gente. Somos uma banda de Hardcore de Connecticut que cresceu na cena de Metal e estamos nos virando por mais do que 15 anos agora, estamos felizes por estarmos aonde estamos e é isso mesmo.
6. Então enquanto tiver gente nos shows de vocês, vocês continuarão tocando?
(Frank): Eu estou tentando ser o Keith Richards e o Mick Jagger do Hardcore, eu quero estar fazendo isso até eu tiver meus 70 anos então Charlie Harper continuou na cena britânica até seus 70 anos, Roger e Vinnie do Agnostic Front são bem mais velhos do que a gente, logicamente o Dave Mustang e esses caras ainda estão ai fazendo a coisa deles, então porque não a gente também. Isso é o que sabemos fazer, porque parar agora, as pessoas ainda curtem a gente vai continuar até não poder mais.
7. Em 2009 vocês tocaram um show no Brasil, gostariam de volta e fazer mais shows por lá?
(Frank): Estamos vendo de voltar à América Latina na primavera do ano que vem. Parece ser coisa seria ainda não posso revelar muito dos detalhes, talvez vamos com outra banda, mais eu iria esperar que a gente fosse pra lá no começo do ano que vem. Não posso garantir nada ainda e também não posso contar muito mais do que isso.
8. Se vocês estiverem indo e se vocês tiverem um ou mais dias livres, tem algum plano de sair pra ver alguma coisa no país?
(Frank): Lógico, porque da última vez que tivemos lá, foi só shows, shows e mais shows, eu acho que na próxima vez que fomos lá a gente vai querer fazer com que a gente toque num dia, tenha o próximo dia livre, sabe como é que é né? A gente já anda falando de fazer bem mais shows por lá do nos outros países, vai ser legal.
9. Tem alguma coisa específica que vocês querem ver?
(Frank): Eu só quero ver mais do que os clubes e os hotéis, cansei de só ver isso toda vez. Talvez uma praia, sabe, vou ver o que der pra ver, mais estamos ansiosos pra volta, faz uns anos que não estivemos por lá.
10. Tirando as turnês da primavera e do verão do ano que vem, tem alguma coisa que estão planejando pra lançar?
(Frank) Bom, a gente vai voltar pra casa, tirar umas férias curtas e ai vai fazer uma turnê nos EUA durante 10 semanas aí tem mais um pouco de ferias dentre o natal e o ano novo. Aí a gente vai querer voltar pro estúdio pra gravar um disco novo e tentar ter ele terminado e pronto para o verão. Quando isso acontecer vai fazer três anos desde o último disco que lançamos. Nos achamos que já está na hora de um disco novo, os fãs andam pedindo por um disco novo então é o que vamos fazer.
11. Quando vocês estão gravando um disco, há alguma banda ou tipo de música que vocês gostam de escutar?
(Frank): Não porque ai você acabe se inspirando muito no som de outra banda ou pessoa, nesse ponto da nossa carreira tem que somente ser o som do Hatebreed. Chris e Jamie colaboram com ideias, e assim que a gente tem um pouco de tempo livre a gente faz um pouco de pré-produção e é assim que a gente faz as coisas. Talvez esse negócio de ouvir outras bandas durante esse tipo de coisa funcione pra outros músicos mais não pra gente.
12. Nesse momento a indústria musical está numa situação ruim, especialmente a cena Hardcore e a de Metal, por causa dos problemas econômicos das gravadoras e as mesma não investindo dinheiro o suficiente nessas áreas ou simplesmente não tendo dinheiro pra investir. As bandas são aqueles que estão sofrendo mais, eu me lembro dos caras do Agnostic Front há uns meses atrás comentando que até pra eles a situação está ruim. Como vocês estão sobrevivendo durante estes tempos?
(Frank): Bom, felizmente pra uma banda como a nossa, a gente teve sucesso por tanto tempo, eu vejo que as bandas jovens estão sofrendo mesmo, eles tão tentando com tudo o que eles possuem pra sobreviver, principalmente agora aonde o mercado está sobrelotado com bandas e as coisas simplesmente não são como eram antigamente. Antigamente as bandas saiam em turnés e vendiam CDs e merch sabe? Recentemente com a economia a tendência é de se fazer abaixar música ilegalmente tá duro pra maioria sobreviver. Felizmente pra uma banda como a nossa que está estabilizada é bem mais fácil de sobreviver. Minha melhor recomendação pras bandas menores, sair em turnê varias vezes por ano, tente serem contratados pra fazerem suporte pra bandas maiores, fazer o melhor possível pra vender seu merch nos shows. Não é fácil, tem que se fazer sacrifícios, largar da família e dos amigos durante um tempo, largar o emprego e assim em diante. Teve um tempo durante a minha própria vida aonde tive que largar varias dessas coisas e muitas pessoas não tem os bulhões pra fazer isso, mais se essa é a vida que você quer então você vai ter que correr atrás dela!
Essas foram todas as minhas perguntas, obrigada de novo pela entrevista, tem alguma coisa que você gostaria de adicionar pro seus fãs?
(Frank): Bom, já que isso está indo pro Brasil, a gente sabe que faz um bom tempo que não passamos por ai, fiquem de olho nas noticias da banda, esperamos tá ai no ano que vem e gostaríamos de mandar um oi pra todos os nossos amigos ai! Valeu e até logo!
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