Shadowside: Dani Nolden não concorda com Edu Falaschi
Por Carlos Alberto de Oliveira
Postado em 27 de novembro de 2011
A declaração a seguir foi publicada na página Formspring do Shadowside em resposta a pergunta de um fã.
Dani, o que você achou das ultimas declarações do Edu Falaschi sobre a cena Metal brasileira? Fale um pouco sobre a sua visão da atual fase da cena Metal brasileira.
Gosto muito do Edu, mas discordo completamente do que ele disse. Acho injusto jogar a culpa em cima do público. A cena vem atravessando problemas, mas não porque os fãs não apóiam, e sim porque tem shows demais acontecendo. As pessoas não tem dinheiro pra tudo. A maior prova disso é como os shows em locais que não costumam receber eventos de grande porte estão sempre lotados!
Dizem que o público é paga pau de gringo... mas então porque tinha menos de 200 pagantes no show do Evergrey em São Paulo e 80 pagantes no Rio de Janeiro? O show do Ozzy, do Iron Maiden, do Metallica lotam, mesmo com ingresso a R$300? É claro que lotam... TODO MUNDO conhece essas bandas, até quem não é fã de Heavy Metal! Onde eu aprendo Kung Fu, tem um menino de 12 anos que adora Metal... o que ele conhece? Metallica, Iron Maiden e algumas bandas mais modernas como Slipknot? Ele não conhece nem Pantera. Não tem a menor ideia do que seja Angra. É culpa dele? Claro que não... é o marketing milionário e os 30 anos de sucesso do Iron Maiden que faz um grande número de pessoas quererem ir aos shows deles. Eu tenho certeza que se o Metallica fosse uma banda brasileira, todo mundo os adoraria do mesmo jeito.
Na minha opinião sincera, um artista quer fazer música, quer tocar, não importa pra quantas pessoas. Quando nós começamos a fazer música, nós temos em mente que vai ser um caminho difícil e que a maior probabilidade é que isso nunca vai passar de um hobby ou que vamos ganhar muito pouco. Algumas poucas bandas terão a sorte de viver apenas da banda, mas a maioria esmagadora não terá. Se dermos a sorte de algum dia encher estádios, muito bem, vai ser maravilhoso. Mas eu não quero depender disso pra me sentir realizada. Pra mim, o que vale são as expressões de felicidade das pessoas nos shows, sejam elas 100, 1000 ou 10000. Os países que visitei tocando a música que eu mesma compus com meus amigos. Se meu público não for grande o suficiente pra pagar minhas contas, eu sempre posso dar aulas, produzir bandas, prestar consultoria, cantar na noite, etc... Se meu público não for grande o suficiente nem pra compensar gravar discos, a banda acaba, sem problemas e foi bom enquanto durou. Quantas bandas vendem milhões de discos e depois somem? Músicos precisam sempre estar preparados pra ter a sua banda em alta ou em baixa... um belo dia, podemos acordar e ninguém mais ter qualquer interesse no que nós fazemos.
Deixando meus devaneios de lado... o fato é que concordo com o Korzus. O Metal brasileiro está em seu melhor momento. Nossas bandas são excelentes e o público hoje está com a mesma cultura do americano e do europeu, ao menos em relação ao Shadowside. Temos vendido MUITO bem nos shows, simplesmente porque o público tem prazer em ter nas mãos um CD da banda que ele gosta ou vestir uma camiseta da sua banda favorita. Se conseguirmos melhorar as estruturas das casas de shows pequenas, vamos ter um underground tão rico quanto o estrangeiro.
Angra: a declaração polêmica de Edu Falaschi
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