Symphony X: "uma questão de tirania tecnológica"
Por Samuel Coutinho
Fonte: straight.com
Postado em 28 de fevereiro de 2012
Quando você é um vocalista com alta intensidade do metal progressivo, como Russell Allen do SYMPHONY X, você consegue se manter inteiro em uma turnê? Para o veterano de 40 anos de idade, ele faz com os pés o que faz com a boca. Foi essa a dica e mais outros assuntos que o vocalista passou para o straight.com.
"Eu tento sair e andar o máximo que eu puder", explica Allen, durante um telefonema de sua casa em Nova Jersey. "Quando estamos na Europa, é ótimo porque cada cidade é um marco histórico. Faço uns cinco ou seis quilômetros de caminhada por dia, talvez mais. Depois volto, tenho uma refeição razoável, e vou para o show. Mas eu também tenho o meu divertimento. Eu gosto de alguns dos benefícios extra-curriculares do estilo de vida rock 'n' roll, mas nada em excesso. Eu bebo um pouco durante o show, mas eu não posso tomar cerveja, porque me dá gases e eu começo a arrotar todas as letras".
Felizmente, todo o potencial de Allen não foi comprometido no novo álbum do Symphony X, "Iconoclast". Sua operística, ao melhor estilo Dio, protesta contra as "máquinas infernais" complementando o heroísmo coroado na faixa-título, com cerca de 11 minutos.
Liricamente, "Iconoclast" está acima do nosso tempo, atacando a influência global da tecnologia na vida cotidiana. Allen não se sente muito feliz clicando no botão "Like" do Facebook. "Eu sinto que fomos condicionados a um grau de aceitação ao inevitável, que é a integração total da sociedade com as redes sociais tornando-se a principal mania de hoje", diz ele. "Você está conectado de tal forma que você possa ser cortado e manipulado. É um pouco assustador. Dito isto, também é legal cantar sobre coisas como tirania tecnológica, porque é tão metal e incrível".
Em turnê com seus colegas do ICED EARTH, formando um par ideal, Allen tem metas de ir mais além. "Eu gostaria de ver o Symphony X tocando com uma orquestra completa e gravando um DVD", afirma. "Isso seria um verdadeiro marco para a banda. E eu adoraria tocar no PNC Bank Arts Center aqui em Nova Jersey. É um galpão gigante. Eu adoro anfiteatros com esse pano de fundo da natureza. Eles são tão legais de se tocar, especialmente no verão".
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