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Mike Portnoy desabafa sobre indicação do Dream Theater ao Grammy

Por Nathália Plá
Fonte: blabbermouth.net
Postado em 07 de março de 2012

A rádio de rock WBAB de Nova Iorque, Fingers of the Babylon, entrevistou recentemente o baterista Mike Portnoy (ADRENALINE MOB, DREAM THEATER, AVENGED SEVENFOLD). Ouça aqui a conversa. Seguem abaixo alguns trechos da conversa (transcritos pelo BLABBERMOUTH.NET).

Falando sobre como foi ver o DREAM THEATER receber indicação a um Grammy Award um ano após sua saída da banda:

Portnoy: "Foi uma coisa difícil de ver para mim porque eu trabalhei tão duro por todos aqueles anos para sempre lutar para conseguir que a banda tivesse uma aceitação de destaque e reconhecimento. Nós sempre nos saímos tão bem por contra própria por todos aqueles anos – nós meio que subimos a escada à nossa própria maneira. Nós lotávamos o Radio City Music Hall [na cidade de Nova Iorque] sob nossas próprias condições. Então a gente fazia as coisas do nosso jeito e sempre almejávamos um lugar de destaque, aceitação comercial ou reconhecimento. Então ver isso finalmente acontecer um ano depois de eu ter saído, para mim foi de partir o coração, a nível pessoal. A nível profissional, fico feliz que isso finalmente tenha acontecido para a banda. Foi algo que levou muito tempo; devia ter acontecido há muitos, muitos anos atrás. Então, de um lado, foi empolgante a banda finalmente ter sido reconhecida, mas foi um pouco estranho ter acontecido... o timing da coisa toda – depois de todo o trabalho, sangue, suor e lágrimas que eu dediquei. Mas quer saber de uma coisa?! Antes tarde do que nunca. Mas a outra realidade disso... Eu não quero soar como uma pessoa amarga, mas a realidade é que durante todos anos que estive na banda, eu nunca dei importância ao Grammy; era sempre assim, 'F*-se o Grammy'. Para mim, era sempre como uma piada, e nunca deixei pesar tanto ou dei tanto valor pra começo de conversa. Então eu não quero sair e dizer isso agora e vai parecer que eu estou ressentido porque eles receberam a indicação, mas a realidade é que é legal ter reconhecimento, mas na realidade nunca foi algo importante para mim. Eu sempre me preocupei mais em fazer as coisas do nosso jeito... Eu acho, honestamente, que o significado da indicação foi mais como um assentimento a uma carreira e ao fato de que o DREAM THEATER existe e é relevante no que faz... Eu honestamente não acho que tenha tido a ver apenas com o novo álbum A Dramatic Turn Of Events e aquela música em particular On The Backs Of Angels. Quero dizer, é claro que é fácil para mim dizer isso, e eu provavelmente vou ser criticado por dizer isso, mas eu acho que a realidade é que foi mais um assentimento a uma carreira, e se foi, se for esse o caso, então eu acho que é bem merecido. Mesmo eu não estando lá, acho que a banda realmente deixou sua marca com o que fizemos, então acho que ela merece ser reconhecida."

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Falando sobre a forma dramática que sua separação do DREAM THEATER foi tratada pela mídia:

Portnoy: "A realidade é que vivemos numa época em que tudo está na internet em tempo real. Toda banda passa por rompimentos ou separações. Quando crescemos isso aconteceu com o VAN HALEN e aconteceu com o KISS e aconteceu com o PRIEST e com o MAIDEN e com essa e aquela banda, e isso foi antes da internet e essas coisas não eram tão amplamente divulgadas e publicadas. E eu vivo uma vida bem aberta. Eu valorizo minha relação com os fãs e uso o Twitter e o Facebook e meu site, então minhas atividades cotidianas são um livro aberto que eu partilho com meus fãs, no melhor e no pior. Então eu acho que por causa disso, muita merda se espalhou e foi distorcida ao olho público, quando, na realidade, antigamente – nos anos 70, 80 e 90 – muita coisa desse tipo acontecia às portas fechadas. Nós vivemos numa época em que o Twitter e o Blabbermouth e tudo mais está aí em tempo real. Então, infelizmente, muitos dos detalhes por trás da separação provavelmente, na realidade, não deveriam se tornar uma discussão e dissecação pública, mas infelizmente se tornaram... A diferença é que antes, nos anos 70, 80 e início dos 90, apenas jornalistas e DJs e gente assim era capaz de comentar sobre as bandas e a música. Agora qualquer menino de 12 anos com um computador tem um fórum aberto para se envolver. [risos] Então quando você tem algo como uma separação ou rompimento você tem milhares de comentários a respeito e dando combustível a mais comentários, é muito diferente do que foi para nós nos anos 80 e 90... Toda vez que eu tentava me defender, eu era linchado e analisado além da conta e mal interpretado, então eu aprendi do jeito mais difícil ao longo do ano passado que a melhor resposta é nenhuma resposta. E isso é triste, porque eu sempre valorizei ser bem, bem aberto e honesto com os fãs. Você vê pessoas como o Lars Ulrich [METALLICA] e o Dave Mustaine [MEGADETH] e geralmente as pessoas que são honestas e abrem a boca para falar das coisas são as pessoas que tem de se calar e servir de exemplo. Então... vivendo e aprendendo."

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Falando sobre as circunstâncias que levaram à saída dele do DREAM THEATER:

Portnoy: "Basicamente, estivemos juntos por 25 anos, dos quais pelo menos 15 a 20 foram muito, muito ativos – compondo, gravando, fazendo turnê... num ciclo infinito. E para ser honesto, entre esses ciclos, eu sempre supervisionava tudo – desde a produção, passando pelos DVDs, sites, merchandise até os fã-clubes – então eu nunca tinha descanso, enquanto os outros caras iam pra casa e ficavam um tempo com suas famílias. Então eu estava ficando saturado. E justiça seja feita, eu gosto de fazer outras coisas com outros projetos e coisas assim, e eu acho que, às vezes, dar um tempo da família – quer dizer, a banda em tempo integral – às vezes era bom. Mas de qualquer forma, mais perto do fim, eu estava me sentindo saturado. Por fora a banda estava caminhando a passos largos – tínhamos acabado de fazer uma turnê com o IRON MAIDEN, tocamos no Madison Square Garden pela primeira vez. Então a banda ainda estava construindo, crescendo e desenvolvendo. Mas depois de 25 anos, eu simplesmente sentia que precisávamos de dar um tempo. Eu sentia que, no backstage, não havia camaradagem e todos tinham camarins separados. Eu estava lá, eu toquei um tempo com o AVENGED SEVENFOLD numa turnê, e eu estava vendo essa irmandade e essa camaradagem que era empolgante e inspiradora para mim, e eu não estava vendo isso no DREAM THEATER, então eu apenas sugeri, 'Ei, caras, vamos parar um pouco, dar uma pausa. Isso pode fazer bem à banda. Pode reacender a chama e estimular o relacionamento. Os fãs podem, talvez, ficar famintos após um ano ou dois'. Então eu sugeri isso e, obviamente, eles não queriam parar, eles não queriam dar um tempo, e eu desesperadamente precisava de um tempo – não do trabalho, mas dos caras e do ciclo infinito. . . Eu sempre digo a minha esposa, em nossa relação, acho que uma das razões pelas quais eu e minha esposa temos uma relação tão ótima, e estamos agora juntos há mais de 20 anos, é que eu fico longe bastante. Eu saio em turnê. E as pessoas me dizem, 'Bem, como pode um casamento durar se você fica sempre longe?' E eu sempre digo, 'Bem, a ausência faz o coração ficar mais apaixonado'. Esse tempo longe um do outro na verdade tornou nossa relação mais forte. E acho que o mesmo poderia se dizer do DREAM THEATER. Acho que estavámos juntos demais por muito tempo que eu achei que dar um tempo podia fazer bem a nós. Quero dizer, todos, desde o METALLICA, RUSH até o MAIDEN, num dado momento, param um ou dois anos. De qualquer forma, é o que é, e eu não vou ficar remoendo, e eu aceitei as coisas como são e nós decidimos seguir caminhos diferentes. Eu estou muito, muito feliz onde estou e não tenho arrependimentos. É assim que é estou olhando aonde estou hoje e para onde vou no futuro e não estou me preocupando com o passado. Meu tempo e meu momento com o DREAM THEATER sempre farão parte de mim, é algo de que sempre sentirei orgulho. Mas, sabe, é 2012 e eles estão onde estão e eu estou onde estou, e todos estão seguindo em frente."

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Sobre Nathália Plá

Mineira de Belo Horizonte, nasceu e cresceu ouvindo Rock por causa de seu pai. O som de Pink Floyd e Yes marcou sua infância tanto quanto a boneca Barbie, mas de uma forma tão intensa que hoje escutar essas bandas lhe causa arrepios. Ao longo dos anos foi se adaptando às incisivas influências e acabou adquirindo gosto próprio, criando afinidade pelo Hard Rock e Heavy Metal. Louca e incondicionalmente apaixonada por Bon Jovi, não está nem aí pras críticas insistentes dirigidas à banda. Deixando a emoção de lado e dando ouvidos à técnica e qualidade musical, tem por melhores bandas, nessa ordem, BlackSabbath, Led Zeppelin, Deep Purple, Metallica e Dream Theater. De resto, é apenas mais uma apreciadora do bom e velho Rock'n'roll.
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