Vinnie Paul: criticando bateristas que esquecem do groove
Por Fernando Portelada
Fonte: Blabbermouth
Postado em 21 de janeiro de 2015
Em uma nova entrevista com o Ultimate-Guitar.com, o ex-baterista do PANTERA e atual HELLYEAH, Vinnie Paul Abbott, falou sobre sua abordagem à bateria e a tendência de músicos jovens a "tocar demais". Ele disse: "São bateristas tocando para bateristas. É como: ‘Olhe para mim, veja como eu estou tocando rápido – dudududududududu [imitando uma batida dupla muito rápida]. Não há melodia, não há música e não há refrão. Isso não te leva a lugar nenhum, isso não tem groove para mim."
Ele continua: "Eu acho que há vários caras do death metal ou doom metal que de alguma forma acham um groove naquilo. David Vincent, do MORBID ANGEL é um grande amigo meu e ele fala: ‘Sim, cara, há um grande groove aqui. Do que você chama? – Blast beat, cara, você só não descobriu ainda.’"
"Eu aprecio as pessoas que podem bater bem rápido com sua mão esquerda, cara. Mas eu não posso curtir essa batida. Desculpe. É como se alguém estivesse varrendo o chão ou algo assim. Não faz sentido para mim. Eu prefiro ouvir John Bonham tocar do que alguém varrendo o chão, entende?"
Vinnie Paul adicionou: "Uma das minhas filosofias sobre tocar bateria é de que você pode realmente simplificar. Há provavelmente 10 ou 12 por cento de pessoas nesse mundo que são músicos de verdade e entendem como fazer uma música. As outras pessoas são somente ouvintes que sentem a batida e sentem o ritmo e isso faz eles se moverem e afirmarem: ‘Essa é uma música foda’."
"Como um baterista eu sempre abordo as coisas da seguinte forma: ‘Eu vou tocar o suficiente para deixar os bateristas interessados, mas não vou passar da linha do ouvinte normal’. É aí que eu acho que vários bateristas se perdem: ‘Eu sou o baterista, cara. Veja só a minha batida. Acabei de aprender essa nova virada. Eu vou bater em todos os lugares ao mesmo tempo’. Cara, você tem que deixar a música respirar."
"Os garotos que curtem metal não vão gostar e é por isso que uma banda como o DEF LEPPARD soa tão bem ao vivo, porque há muito espaço na música, uma coisa realmente se move e combina com as outras. É excitante e soa ótimo. E você pode cantar a música, nada é feito com excesso. Eu acho que fizemos isso com o PANTERA e em outras bandas em que estive, pudemos achar uma forma de dar espaço para música. Quero dizer, algumas vezes fizemos coisas realmente agressivas, e bem rápidas, mas no final tudo se resumia ao ritmo."
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