Dream Theater: "ser mente fechada prejudica outros estilos musicais", diz Mangini
Por Samuel Coutinho
Fonte: Metal da Ilha
Postado em 18 de julho de 2016
O Drumtalk, um podcast em vídeo apresentado pelo baterista e cinegrafista alemão Philipp Koch, conduziu uma entrevista com o baterista do DREAM THEATER, Mike Mangini, no ano passado, em Bonn, Alemanha. O video da conversa pode ser conferido logo abaixo.
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Falando sobre o quanto é importante para os músicos manterem a mente aberta e apreciarem, ou pelo menos reconhecerem outros estilos musicais, Mangini disse: "Acho que a pior coisa que você pode fazer como um músico é incorrer à mentira do preconceito por pura ignorância e não reconhecer o que é preciso para tocar outros estilos ou o quanto é trabalhoso para começar a notar a música. Ou seja, como você pode dizer que algo é musical ou não, se você não pode processá-la em primeiro lugar, quando você nem sequer conhece, você não têm o direito de julgá-lo. Você não pode fazer música desse jeito, porque você não conhece.
"Sabe aquele cara que toca com baquetas tipo brushes [escovas]... brushes podem ter tudo a ver com sua música em um ambiente adequado", continuou ele. "Tocar com bumbos e pratos o mais alto e rápido que você puder pode ser a coisa mais musical do mundo em um ambiente adequado.
"Existe preconceito em relação a isso... Digamos que um músico de jazz... A pior coisa que um músico de jazz pode fazer é dizer que 'speed/death metal não tem nenhum sentimento, cara - não tem groove', Bem, essa pessoa provavelmente nunca ficou na frente de um sistema de PA com alguém que trabalhou pra caramba para conseguir fazer seus pés darem conta de executar 15 batidas por segundo ou algo assim e os bumbos voam através de um sistema de PA. Não me diga que isso não tem sentimento, porque isso praticamente meche comigo, por causa desse feeling. E então quando você tem uma grande perspectiva do que há a ser feito, você é respeitado por outras pessoas, assim como você tem respeito pelo trabalho que eles fizeram. Você pode não gostar da música, você pode não acompanhá-la, mas pelo menos você tem que ter respeito pelo estilo musical, e isso muda você, muda a forma como você vê sua própria música".
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