Decapitated: banda é acusada de estuprar mulher em ônibus de turnê

No sábado, 9 de setembro, foi divulgada a informação que os quatro integrantes da banda polonesa Decapitated haviam sido detidos em Santa Ana, na California, sob a suspeita de terem sequestrado uma mulher após o show de Spokane, Washington, no dia 31 de agosto. Posteriormente o advogado da banda disse que "Havia outra versão da história. Temos testemunhas que podem atestar que a pessoa que faz a acusação veio visitar a banda por vontade própria e saiu sem maiores impedimentos".

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E agora surgiram mais detalhes, conforme relatos legais obtidos pelo jornal The Spokesman-Review, afirmando que eles estupraram a mulher no banheiro de seu ônibus de turnê depois do show em Spokane. A suposta vítima e sua amiga disseram à polícia de Spokane que foram convidadas pelos membros da banda a entrar no ônibus e tomar uns drinks após o show. Uma das duas "descreveu estar empolgada de estar no ônibus, e então um dos membros da banda começou a acariciar seus seios", diz o documento. "Mais tarde ele foi identificado como sendo o baterista Michal Lysejko".

Ela "se sentiu incomodada e disse que os membros da banda começaram a falar uns com os outros em polonês", prossegue o relatório. "Ela descreveu que a 'vibração' no ônibus mudou, e um dos músicos começou a olhar pra elas como se fossem presas (prestes a serem abatidas)". Então ela olhou pra amiga e "sinalizou que precisavam sair dali", indo para o banheiro, tendo sido seguida por Rafal, que começou a beijá-la e ela tentou resistir quando ele começou a soltar seu cinto. Ela disse que queria sair do ônibus, mas outro membro da banda lhe disse que sua amiga já tinha ido, e emendou: "Você vai ter que se divertir, ela te deixou".

Ela tentou empurrar Rafael para longe, mas ele agarrou seu braço com violência e a forçou a ficar de frente ao espelho do banheiro, para onde ela olhava e via que cada um dos membros da banda se revezava para violentá-la. A amiga, entretanto, diria depois que viu ela ser estuprada, e foi colocada pra fora depois que Piotrowki pediu que ela fizesse sexo oral, tendo ela recusado, sendo jogada ao chão onde machucou os joelhos e a perna. Em seguida ela foi colocada pra fora do ônibus e acabou sendo detida sob a suspeita de dirigir embriagada.

Ainda no banco traseiro do carro de polícia, ela relatou o estupro e pediu para usar o celular para ligar para a outra mulher que ficou no ônibus. Ela não conseguia dizer exatamente onde estava a amiga, que conforme o relatório "Após um intervalo de tempo não determinado, Waclaw (Kieltyka) a ajudou a colocar suas roupas e a levou para fora do ônibus em companhia de outro homem".

Então ela caminhou até o The Pin e entrou em contato com a família, em seguida acionando a polícia, que ao chegar e ouvir o relato fez uma busca pelo ônibus da banda mas eles já haviam partido. A suposta vítima foi então conduzida a um hospital para exames, onde se determinou que ela tinha contusões consistentes com os relatos, inclusive, durante o suposto estupro, ela "esfregava o punho na parede para tentar amenizar o que estava acontecendo".

Quando interrogado por autoridades policiais de Los Angeles, Lysejko apenas dizia não conhecer as garotas, ao ser apresentado a suas fotos, e disse que não falaria sem a presença~de um tradutor, relatam os documentos judiciais. Já o guitarrista Waclaw Kieltyka disse aos investigadores que viu Piotrowski e o baixista Hubert Wiecek praticando sexo com a mulher no banheiro. Piotrowski "admitiu que acontecia uma festinha no ônibus e (as mulheres) estavam presentes. Ele então pediu um advogado e um tradutor se recusando a conceder outras declarações", informa o relatório. Wiecek admitiu que as mulheres estavam no ônibus, mas disse que "estava sentado no sofá e não viu o que estava acontecendo", está no documento. "Ele então disse que ele precisava de um tradutor para que não dissesse nada que pudesse ser mal compreendido. Ele também disse que ninguém foi forçado a entrar no ônibus, e disse também que não lembra direito do que aconteceu". Kieltyka, de seu lado, concordou em fornecer seu DNA, enquanto Piotrowski e Wiecek se recusaram.

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