Capital Inicial: dois novos singles de seu novo álbum Sonora
Por Diego Dragoon
Postado em 04 de setembro de 2018
Após a turnê de seu segundo álbum acústico, intitulado Ao vivo em Nova York, Dinho e seus comparsas retornam ao formato elétrico para em 2018 lançar de uma forma diferente um novo trabalho. O mais novo álbum do grupo traz Lucas Silveira (Fresno) como produtor e será lançado música após música em plataformas digitais como singles individuais.
Até então, já foram lançados os singles "Não me olhe assim" e "Tudo vai mudar". No dia 31 de Agosto o grupo lançou, não uma, mas duas canções: "Tempestade" e "Seja o céu".
A canção Tempestade foi apresentada em um Lyric Video que ajuda em muito a passar o clima Stoner rock. O instrumental é seco e árido usando da linha do baixo e do teclado para gerar um loop hipnotizante que convida o ouvinte a pisar fundo no pedal do acelerador por uma estrada no deserto da imaginação enquanto a "tempestade sonora" cai sobre o capô do carro. O grupo não apenas bebeu em fontes do stoner rock, ele embriagou-se até cair e ainda misturou com características do rock pop dos anos 2000 e o resultado é bastante agradável lembrando a canção "Go With The Flow" do Queens of The Stone Age.
Capital Inicial - Mais Novidades
Infelizmente, o que o Capital Inicial acerta em melodia neste single, ele deixa a desejar em sua letra e linha vocal. A letra remete lembranças de músicas como "Mikey Mouse em Moscou" ou "O Bem o Mal e o Indiferente", mas ao contrário das canções citadas, Tempestade não convence, parecendo forçar um espírito punk que não está lá. As rimas também escorregam ao buscar uma forma fácil para resolver a tensão gerada em cada verso; provavelmente, muitas frases teriam funcionado muito bem em canções em separado, mas o conjunto delas não encaixa de uma forma que sua sonoridade seja natural.
Já a canção "Seja o Céu" é provavelmente a canção já lançada que tem maiores chances de ser Hit. Uma balada com aquele DNA do grupo que já tornou-se especialista em fazer ótimas baladas como "Olhos Vermelhos", "Não Olhe para Trás" e "Coração Vazio". A canção apesar de não inovar em sua letra ou poética apresenta novos temperos melódicos ao fã. É possível perceber a mão do produtor nesta canção fazendo com que ela tenha uma sonoridade bastante moderna e aconchegante.
A melodia inicia de forma intimista e vai crescendo trazendo o ouvinte para um passeio com sentimentos nostálgicos e inocentes de algum momento bom para finalmente entrar em um solo de guitarra que não se destaca, mas valoriza a construção da canção. Dinho faz uso de sua voz de forma plena ao fazer o apelo "seja o céu e caia sobre mim".
Com mais acertos que erros, o Capital Inicial demonstra a que veio: um álbum que se não chegar a qualidade dos ótimos Rosas e Vinho Tinto ou Das Kapital, pelo menos ficará próximo ao nível de Saturno ou Gigante.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O primeiro tecladista estrela do rock nacional: "A Gloria Pires ficou encantada"
Slash quebra silêncio sobre surto de Axl Rose em Buenos Aires e defende baterista
Organização confirma data do Monsters of Rock Brasil 2026
A melhor música dos Beatles, segundo o Ultimate Classic Rock
Regis Tadeu explica por que não vai ao show do AC/DC no Brasil: "Eu estou fora"
A banda desconhecida que influenciou o metal moderno e só lançou dois discos
A capa de álbum do Iron Maiden que Bruce Dickinson acha constrangedora
A música solo que Ozzy Osbourne não curtia, mas que os fãs viviam pedindo ao vivo
Helloween retorna ao Brasil em setembro de 2026
A pior música do pior disco do Kiss, segundo o Heavy Consequence
"Um cantor muito bom"; o vocalista grunge que James Hetfield queria emular
Megadeth tem show confirmado em São Paulo para 2026
Guns N' Roses homenageia seleção brasileira de 1970 em cartaz do show de São Paulo
Bryan Adams retorna ao Brasil em março de 2026
O clássico do Queen que Elton John achou título péssimo: "Vocês vão lançar isso?"

O álbum favorito do Capital Inicial de Dinho: "Elogiado e pior comercialmente"
O menos famoso acidente de Dinho Ouro Preto nos anos 80: "Machuquei bastante"


