Tudo no Shuffle: 5 álbuns novos para conhecer
Por Guilherme Cardoso
Fonte: Tudo no Shufle
Postado em 24 de dezembro de 2018
O ano está quase acabando mas os meses de Novembro e Dezembro ainda reservaram bons lançamentos, vamos a (alguns) eles.
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Como sempre, todas as bandas de metal citadas você encontra na nossa playlist:
Banda: Coercion
Álbum: Veritas EP
Lançamento: 7 de Dezembro
Gênero: Punk Rock/Post Punk
Para fãs de: Husker Du, Bad Religion
Coercion é uma banda formada em 1996 por membros das bandas Good Riddance, Fury 66 e The Lonely Kings. O grupo voltou a ativa em 2016, lançando um EP de 4 músicas sob o nome Coercion96, e, agora em 2018, lançou o EP de 7 músicas, "Veritas", novamente com o nome Coercion. A única crítica a "Veritas" é a sua curta duração, porque as 6 músicas (a primeira música é apenas um intro) são excelentes. O grupo faz uma mistura bem original de punk rock, post punk, hardcore, rock alternativo e até um pouco de metal (a banda cita como influência Killing Joke, Metallica, TSOL, Bad Religion dentre outras). As guitarras base tocam no ritmo do punk rock, mas usando uma distorção pesada para o gênero, e a guitarra solo adiciona ao longo das músicas fraseados elaborados demais para uma banda de punk rock. Vide nos refrões de "Choices" e "Forgive Me Not" por exemplo. Mas os refrões e as melodias das músicas tem a força do punk rock, como nos backing vocals do refrão de "Decease and Desist" e na rápida "The Reasoning". A faixa de encerramento "Forgive Me Not" é o ápice do dark punk rock da banda (se me permitem cunhar um novo gênero): pesado demais para ser considerado post punk, sombrio demais para ser punk rock, e leve demais para ser considerado metal.
Banda: Dirge
Álbum: Lost Empyrean
Lançamento: 7 de Dezembro
Gênero: Sludge Metal/Post Metal
Para fãs de: Cult of Luna, Intronaut, Isis, Neurosis
Formada em 1994, os franceses do Dirge começaram com um som industrial até passarem por uma metamorfose sonora e abraçarem o post metal de bandas como Neurosis, Isis e Cult of Luna. "Lost Empyrean" é o primeiro álbum da banda desde 2014 e mostra uma banda ainda capaz de grandes composições. Para o som da banda, peso e atmosfera andam juntos e se completam. A dinâmica das músicas é composta por riffs pesadíssimos e arrastados (entre o doom e o sludge), teclados, nuances eletrônicas e solos de guitarra para criar momentos mais contemplativos e viajantes e os vocais agonizantes de Marc T. Todos esses ingredientes fazem de "Lost Empyrean" um álbum denso, que deve ser digerido aos poucos em várias audições.
Banda: Keor
Álbum: Petrichor
Lançamento: 7 de Dezembro
Gênero: Prog Rock/Prog Metal
Para fãs de: Porcupine Tree, Opeth, Yes
O francês Victor Miranda Martin fez quase sozinho um dos melhores álbuns de prog rock de 2018. Ele compôs todas as músicas, canta e toca guitarra, teclados, Mellotron e órgão Hammond. As 5 longas músicas de "Petrichor"parecem a trilha sonora para uma aventura numa floresta mágica (como a própria capa do álbum sugere). Há muitas influências de música pastoral e folk (tanto que em algumas músicas ouve-se bandolins e clarinetes), semelhante ao que Opeth usou e abusou em "Watershed", além da bandas clássicas de progressivo, como Yes. Mas há um toque bem moderno de bandas como o já citado Opeth e o Porcupine Tree. A distorção das guitarras é ligada em vários momentos: há solos virtuosos, grandiosos e até riffs pesados. Enfim, "Petrichor" tem elementos de sobra para os amantes de prog rock/metal.
Banda: Shadow Domain
Álbum: Digital Divide
Lançamento: 21 de Dezembro
Gênero: Industrial
Para fãs de: Rob Zombie, Sybreed, Static-X
"Digital Divide" será o primeiro álbum do Shadow Domain, banda que conta com Benjamin Nominet (ex-Sybreed), Nick Oshiro (ex-Static-X) e Kris Norris (ex-Darkest Hour e Scar the Martyr). Pelas duas músicas já lançadas, o resultado da união desses músicos foi até previsível: um som futurista com o lado industrial do Sybreed e do Static-X, os vocais de Benjamin que são perfeitos para o estilo e os riffs entre groove e thrash metal de Kris Norris. Vejamos como o resto do álbum inteiro soará, mas se for como "Turbogenerator" (principalmente pelo riff principal), teremos um belo álbum.
Banda: Vuohi
Álbum: Witchcraft Warfare
Lançamento: 9 de Novembro
Gênero: Black Metal/Thrash Metal/Death Metal
Para fãs de: Napalm Death, Mayhem, Marduk
Para balancear a beleza e melodia do Keor, Vuohi é uma banda finlandesa formada em 2002 que só em 2018 lançou seu primeiro álbum. Nas palavras da própria banda, eles são uma banda thrash ultra-violenta de black metal cheirando a death metal, com letras sobre guerra, ocultismo e mitologia, que é uma descrição bem precisa até. Outra tentativa de descrição é que eles podem ser um Napalm Death com vocalista de black metal, ou um Mayhem que resolveu fazer thrash metal, ou um Slayer que arranjou um vocalista de death metal. No final das contas, o curto álbum é metal levado ao extremo em toda a sua variedade. Os riffs são rápidos, galopantes, tremolos e até grooveados, e os vocais vão de gutural a ríspidos (e até limpos em breves momentos), ou seja, um verdadeiro caos sonoro.
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