Roger Waters: músico manifesta apoio a Maduro na Venezuela e é criticado
Por Igor Miranda
Fonte: Twitter
Postado em 04 de fevereiro de 2019
Em publicação nas redes sociais, o músico Roger Waters manifestou apoio ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e fez críticas ao posicionamento de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, a respeito da situação vivenciada pelo país sul-americano. Waters disse que Trump quer aplicar um "golpe" e afirmou que há uma "democracia real" no local.
"Pare com essa última insanidade do governo dos Estados Unidos, deixe o povo venezuelano em paz. Eles têm uma democracia real, pare de tentar destruir isso para que o 1% fique com o petróleo. EUA, tire as mãos! #Venezuela #NicolasMaduro #PareOGolpeDeTrumpNaVenezuela", afirmou o ex-integrante do Pink Floyd.
Boa parte dos internautas demonstrou discordar do posicionamento de Roger Waters. Uma seguidora da Venezuela disse que estava "em prantos". "Meu maior ídolo na música está defendendo o governo que arruinou meu país e minha família, que me forçou a fugir para aspirar por uma qualidade de vida decente. Roger, você não sabe o que está acontecendo na Venezuela, você não sabe das nossas leis, você não sabe o quão miserável é a situação. Não é uma questão de esquerda versus direita. As pessoas estão morrendo de fome, temos a maior inflação do mundo, estamos sem remédios, as taxas de criminalidade são as mais altas da América Latina", afirmou.
Outro perfil pontuou que "quando se defende a propaganda do regime da Venezuela, você se torna aliado da ditadura venezuelana". "Isso é verdade, seja ou não o que você pretende fazer. É verdade, perceba ou não o que está fazendo", disse.
Um internauta ainda fez menção à música "Another Brick In The Wall", do Pink Floyd, para posicionar-se contra a opinião de Roger Waters. "Não ajude a colocar outro tijolo na parede da ditadura. Estamos lutando pela liberdade. Estamos derrubando a parede", afirmou.
Veja as reações citadas:
Atualmente, a Venezuela vive uma crise humanitária e, mais recentemente, política - Juan Guaidó, líder da oposição, se autodeclarou presidente para conduzir um governo de transição. Países como Estados Unidos, Brasil, Espanha, Alemanha, Reino Unido, França, Suécia, Dinamarca, Áustria, Holanda e Portugal, entre outros, reconheceram como legítima a sua posição.
Em recente declaração ao canal de TV CBS, Donald Trump disse que uma intervenção militar na Venezuela é "uma opção". Nicolás Maduro, por sua vez, disse que Trump quer realizar uma "repetição" da Guerra do Vietnã, ocorrida até o ano de 1975.
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