Mick Jagger: criticando Trump e Bolsonaro por falta de políticas ambientais
Por Igor Miranda
Fonte: Rolling Stone
Postado em 09 de setembro de 2019
O vocalista Mick Jagger e o ator Donald Sutherland fizeram críticas às políticas ambientais dos presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro, respectivamente dos Estados Unidos e Brasil, durante presença no Festival de Cinema de Veneza, no último sábado (7). O cantor participou da estreia do primeiro filme com atuação dele em 11 anos, "The Burnt Orange Heresy" - ainda sem título em português -, que também conta com Sutherland.
Conforme publicado pelo Huffington Post e pela Rolling Stone, ativistas protestavam sobre as mudanças climáticas nas proximidades do evento. Mick Jagger foi perguntado sobre o assunto e deu sua opinião.
"Dou total apoio. Estou feliz que estejam fazendo isso, porque são eles que vão herdar o planeta. Estamos em uma situação muito difícil no momento, especialmente nos Estados Unidos, onde todos os controles ambientais que estavam sendo colocados em prática, que talvez sejam quase adequados, foram tão revertidos pela atual administração que estão sendo eliminados", afirmou o vocalista.
Jagger também destacou: "Os Estados Unidos, que deveriam ser os líderes mundiais em controle ambiental, perderam isso e decidiram seguir para outro caminho".
Ainda segundo a publicação da Rolling Stone, Mick Jagger e Donald Sutherland fizeram críticas diretas a políticos como Trump, Bolsonaro e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, dizendo que "eles preferem dividir do que unir". "Em muitos países, incluindo o meu próprio na última semana... mas particularmente nos Estados Unidos, os mares estão mudando", afirmou Jagger, que teme "para onde a polarização e a mentira pode nos levar".
Donald Sutherland completou: "Mick está certo quando diz que as reformas instituídas no governo de (Barack) Obama não eram tão adequadas - agora, elas estão sendo destruídas. É o mesmo no Brasil e acontecerá na Inglaterra (dentro do Brexit). Quando temos 85 anos e filhos e netos, não vamos deixar nada a eles se não votarmos para tirar essas pessoas de seus cargos no Brasil, em Londres e em Washington. Elas estão arruinando o mundo. Nós contribuímos para arruiná-lo, mas eles estão assegurando isso".
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