Morre Bob Kulick, guitarrista que trabalhou com Kiss, W.A.S.P. e outros
Por Igor Miranda
Postado em 29 de maio de 2020
O guitarrista Bob Kulick, conhecido por trabalhos com Kiss, Paul Stanley, W.A.S.P., Meat Loaf, Doro e vários outros projetos, morreu aos 70 anos. A informação foi confirmada pelo irmão dele, o também guitarrista Bruce Kulick, ex-integrante do Kiss. A causa não foi divulgada.
"Estou com o coração partido por compartilhar a notícia da morte do meu irmão Bob Kulick. Seu amor pela música e seu talento como músico e produtor sempre devem ser celebrados. Sei que ele está em paz agora, com nossos pais tocando guitarra o mais alto possível. Por favor, respeitem a privacidade da família Kulick durante esse período triste", disse Bruce, pelas redes sociais.
Nascido em 16 de janeiro de 1950, no Brooklyn, Nova York, Estados Unidos, Bob Kulick é notável, especialmente, por seu envolvimento em diversos momentos com o Kiss. Ainda em 1972, ele fez um teste para entrar na banda, recém-montada por Paul Stanley (vocal e guitarra), Gene Simmons (vocal e baixo) e Peter Criss (vocal e bateria). Porém, a vaga acabou ficando com Ace Frehley, que participou da audição logo após ele.
Apesar da recusa, os integrantes do Kiss mantiveram contato com Bob Kulick. Em 1978, ele gravou três das cinco músicas inéditas do álbum ao vivo "Alive II" (1977), em um período onde as relações entre os músicos da banda já sofriam desgaste. Em seguida, foi o guitarrista do álbum solo de Paul Stanley, de 1978.
No início dos anos 80, Bob teve colaborações em mais álbuns do Kiss, como "Unmasked" (1980), "Killers" (1982, coletânea, porém nas faixas inéditas) e "Creatures of the Night" (1982). Já em 1984, o irmão de Bob, Bruce Kulick, entrou como membro fixo da banda, posto que ocupou até 1995. No fim da década, em 1989, voltou a trabalhar com Stanley em uma turnê solo do músico.
Bob Kulick também teve uma longa trajetória musical ao lado de Meat Loaf, participando de vários álbuns e turnês do cantor, com destaque a "Bad Attitude" (1984). Trabalhou, ainda, como músico de estúdio do W.A.S.P., tocando nos discos "The Crimson Idol" (1992) e "Still Not Black Enough" (1995).
Entre outros artistas e bandas com os quais Bob trabalhou, estão Lou Reed ("Coney Island Baby" - 1975), Michael Bolton ("Michael Bolton" - 1983), Diana Ross ("Mirror Mirror" - 1981), Doro ("Calling The Wild" - 2000), Tim Ripper Owens ("Play My Game" - 2010) e mais. Teve, ainda, grupos como o Blackthorne, Balance e Skull.
Nos últimos anos, o músico estava mais dedicado à atuação como produtor. Trabalhou em diversos tributos a bandas como Aerosmith, Queen, Shania Twain e Iron Maiden, entre outros - sempre no formato "all-star", onde convidava uma série de artistas famosos para participar. Porém, chegou a lançar um álbum solo em 2017, intitulado "Skeletons in the Closet".
As notícias mais recentes de Bob Kulick datavam de novembro de 2019, quando o guitarrista criticou o próprio irmão, Bruce, além do Kiss, por venderem itens de merchandising usando o nome e a imagem dele sem autorização. De acordo com Bob, os produtos estavam sendo comercializados pela Kiss Army Merchandise com permissão apenas de Bruce.
Bob chegou a revelar, pelas redes, que que Bruce conseguiu, recentemente, uma ordem de restrição contra ele. "Isso é infração de direitos autorais e indica a todos vocês sobre como meu irmão traíra Bruce está envolvido. [...] Os culpados são: Keith LeRoux (consultor), Bruce Kulick (que agora conseguiu uma ordem de restrição contra mim), Paul Stanley, Gene Simmons e Doc McGhee (empresário). Saiba que essas pessoas são desonestas, não são como os artistas honoráveis que produzi, como Ronnie James Dio e Lemmy (Motörhead)", afirmou.
Morte de Bob Kulick
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