Kreator: Mille Petrozza conta como a Alemanha dividida influenciou a sua visão do mundo
Por Mateus Ribeiro
Postado em 27 de fevereiro de 2021
Mille Petrozza, guitarrista, vocalista, compositor e líder do KREATOR, concedeu longa entrevista ao jornalista Nick Ruskell, da revista Kerrang. Durante a conversa, o músico germânico, que nasceu em 1967 e passou mais de 20 anos de sua vida vendo seu país natal dividido em duas partes, falou sobre como a divisão da Alemanha influenciou no som do KREATOR.
Após a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi dividida em duas partes, a Oriental e a Ocidental. Mille, que ficou na parte Ocidental, comentou como crescer neste cenário influenciou a sua visão do mundo. "Eu tenho parentes que moravam na parte oriental, e quando gravamos os primeiros dois álbuns [‘Endless Pain’, de 1985 e ‘Pleasure To Kill’, de 1986] tivemos que passar pelo oriente. Quando você ia de carro, você passava por uma fronteira, com controles e costumes muito rígidos, então, você atravessava e parecia que o mundo inteiro ficava mais escuro. Então, sim, eu acho que subconscientemente houve uma influência".
Na sequência, Mille disse que entendia o que estava acontecendo, porém, não achava certo. "Estávamos muito cientes de por que a Alemanha estava dividida e estávamos muito cientes da situação... era estranho, não consigo pensar em muitos países onde há um muro que os dividem. Sabíamos que era especial, sabíamos que era errado".
Mille também falou um pouco a respeito da reunificação alemã, que aconteceu após a queda do Muro de Berlim, no final dos anos 1980. "Nós fazíamos parte da história quando o muro desabou e as coisas mudaram. Tivemos a experiência de [ver] bandas da Alemanha Oriental pela primeira vez, como o RAMMSTEIN, de quem não teríamos ouvido falar se o muro não tivesse caído. Então, definitivamente havia uma vibração nos anos 80 que veio de estar dividido e ter o muro, embora eu realmente não tenha pensado nisso na época. Obviamente, sabíamos que aquilo não era normal, mas era assim que as coisas eram, e então, quando o muro desabou, já não era mais normal. Vivemos tempos históricos", finalizou.
Na mesma entrevista, Mille tratou de temas que chocam os headbangers conservadores e isentos, como racismo, política e direitos humanos. Leia mais na matéria a seguir.
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