Edu Falaschi: por que DVD do "Temple of Shadows" pode não sair no Brasil mesmo liberado
Por Igor Miranda
Postado em 19 de maio de 2021
Mesmo se for liberado no Brasil em um cenário onde questões de direitos autorais estariam resolvidas, o DVD/Blu-Ray ao vivo "Temple of Shadows in Concert", de Edu Falaschi, pode não ser lançado em formato físico no Brasil. A revelação é do próprio vocalista, em entrevista ao Whiplash.Net.
"Temple of Shadows in Concert" (2020) traz Edu Falaschi e banda, junto de orquestra e convidados especiais, tocando músicas do "Temple of Shadows" (2004), seu segundo álbum com sua antiga banda, o Angra. O vocalista fez parte do grupo de power metal entre 2000 e 2012.
O DVD/Blu-Ray teve seu lançamento vetado no Brasil por questões ligadas a direitos autorais, que ainda estão sendo resolvidas e já foram explicadas em entrevistas tanto por Falaschi quanto por seu ex-colega de Angra, o guitarrista Rafael Bittencourt. Em outras partes do mundo, como no Japão, o produto chegou ao público.
Perguntado pelo Whiplash.Net sobre uma atualização nesse processo, Falaschi destacou, inicialmente, que está buscando solução por intermédio de seu empresário, pois não cuida mais da parte burocrática de sua carreira, e que espera entendimento de ambas as partes. "Obviamente, queria lançar o DVD físico no Brasil, como saiu em outros lugares. O que me consola é que o mundo, para vídeo, é muito digital. Como o Blu-Ray está no digital, para o mundo ver, isso me conforta", disse.
O que pode impedir o lançamento físico de "Temple of Shadows in Concert" por aqui, mesmo após solucionar a questão de direitos autorais? Segundo o vocalista, a resposta está no custo para se produzir Blu-Ray no Brasil.
"É um custo absurdo, pois precisa mandar fazer no exterior. Não sei se vale a pena fazer mil cópias de um Blu-Ray no Brasil. Vamos supor que libere e está tudo certo: mesmo assim, não sei se vale a pena. Pelo que vi, 99% das pessoas iriam preferir o Blu-Ray, por causa da qualidade, em vez do DVD. O risco é alto, então, não sei se vamos querer fazer. Mas caso tenha uma liberação, vamos pensar, analisar os melhores formatos de lançamento", afirmou.
Em seguida, ele completou: "A via é de mão dupla. Tem várias composições minhas e fonogramas meus que o Angra, caso queira lançar, também precisa de liberação minha. Se sai, todos ganham. Se não sai, todos perdem. Independentemente disso, torço muito por eles, pelo que fazem agora, e espero que tudo se resolva, mas quem mais perde é o fã. No fim, tudo o que importa é a música, que é eterna. Brigas, autorizações, leis, carimbos, advogados, etc, tudo que envolve esse universo acaba passando, se resolve. O que fica é a música. Por isso, foquei na música. Quando é sobre burocracia, pulo fora".
Sem arrependimentos
Apesar do impedimento burocrático para o lançamento físico de "Temple of Shadows in Concert" no Brasil, não há qualquer arrependimento em torno do projeto.
"Faço o que amo e esse exército que está comigo também crê nisso, então as coisas acontecem. Você faz sem pensar no financeiro. Não faço um trabalho pensando só nisso. É pela entrega. Já divulguei que o 'Temple of Shadows in Concert' custou R$ 500 mil. Tive zero lucro. Tudo que entrou, pagou o show. Quem seria o maluco de, em 2019, investir em um show de R$ 500 mil, no Brasil, com uma banda brasileira cantando heavy metal em inglês? É amor. Você coloca tanto carinho que as pessoas percebem que aquilo é real", afirmou.
Falaschi diz que, obviamente, não é nenhum "louco que atira dinheiro para o vento". "Quando faço, é para valer. Eu ganho de outras maneiras, fazendo outros shows, permitindo que minha carreira cresça. É legal pra c***lho ter dinheiro, mas é consequência, não objetivo. É como eu penso", declarou.
A entrevista completa com Edu Falaschi, focada em "Vera Cruz", seu novo álbum solo, pode ser lida no link a seguir.
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