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Fucking Violence: Thiago Monstrinho repercute e detalha o clipe de "Amanheceu de Novo"

Por Vagner Mastropaulo
Postado em 25 de julho de 2021

Mesmo com a pandemia, Thiago Monstrinho segue trabalhando com o Fucking Violence e, na esteira do lançamento do clipe de "Amanheceu De Novo", batemos um rápido papo com o frontman para saber: como foi o retorno recebido pelo vídeo; particularidades de sua produção; e os planos a curto e médio prazo para a banda. Confira!

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Vagner Mastropaulo: Thiago, obrigado pela entrevista! Já são quase quatro meses desde o lançamento de "Amanheceu De Novo". Como tem sido a resposta dos fãs? E por parte da crítica especializada?

Thiago Monstrinho: Obrigado a vocês!!! Fiz essa música e letra no meio da pandemia, quando todo mundo estava desolado, sem saber o que esperar do mundo mesmo, por isso senti que os fãs se identificaram demais com a mensagem desse som. O feedback foi melhor do que o esperado, abriu muitas portas para a banda, tanto aqui quanto fora do país, pois essa música realmente tem uma força cabulosa.

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VM: De onde veio e quem teve a sacada de começar o clipe com um sax tocado por Salazar? E de onde vocês o conheciam?

TM: Sou amigo do Salazar há muitos anos. Nós sempre falamos em fazer algo juntos e, quando fiz "Amanheceu De Novo", senti que ela precisava de um começo, uma intro, mas algo diferente e ousado… Aí o chamei, fomos ao estúdio, mostrei a música a ele, que pegou o sax e mandou bala no dia mesmo!!! Na verdade, o nome dele é Andrés Salazar, ele fundou e tocou no Veiga & Salazar, que misturava hip-hip com jazz e soul. Ele já tocou com grandes nomes do rap, como Edi Rock, Xis, Dexter… O cara é sinistro.

VM: Como vocês chegaram a Andrezza Yummi para o vídeo? E o que a personagem dela representa, em sua visão?

TM: Andrezza é minha amiga. Um dia, estávamos num churrasco na praia, ela começou a dançar na frente de todo mundo e a fazer aquelas pontes para trás. Quando vi aquilo, fiquei maluco, e disse: "Quero que você dance no meu próximo clipe. Estou com uma idéia assim e assim". E ela aceitou. Acho que cada um pode interpretar como quiser, mas acho que ela representa tanto vício e tentação quanto esperança e vontade de recomeçar a cada dia.

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VM: À época do lançamento do clipe, fontes fidedignas me garantiam que você não estava muito na vibe de dizer onde ele foi filmado exatamente, com receio de que o tal "local secreto" ganhasse muita importância. Isso se mantém?

TM: [risos] Eu falo! Foi em São Paulo, na Zona Leste, numa fábrica abandonada. Descubram o resto aí porque me fudi para ir atrás e encontrar, então a galera tem que correr atrás também [risos]. Não querem os locais de mão beijada, né?

VM: Você já disse uma porção de vezes o quanto Henrique Fogaça, convidado especial na faixa e frontman do Oitão, é um verdadeiro irmão para você e o Fucking Violence, mas como se deu exatamente o convite para ele participar desta filmagem?

TM: A gente anda junto há vinte anos, ele é dez anos mais velho do que eu e eu tinha dezesseis anos quando o conheci. Sempre fizemos coisas juntos e até batera na banda dele eu já fiz, como substituto. Achei que era o momento de ele fazer uma participação porque ele já vivenciou muitos anos de problemas com drogas, então ele sabe bem qual é a real dessa letra. Quando mostrei a idéia ao Fogaça, ele ficou bem tocado, mexeu com ele.

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VM: E por que ele demora tanto a aparecer nas imagens e a cantar, entrando só em 2’17"? Era para ser uma surpresa? Se sim, já demos o spoiler... [risos]

TM: É um feat rápido, uma aparição mesmo, dá um clima sinistro ali e pááá, já era.

VM: Como vocês montaram o efeito com as luzes piscantes mais para o final do clipe?

TM: Isso é obra do Rafael Rossener, um cara que é monstro! Gostamos tanto que já marcamos com ele o próximo clipe, do novo single em inglês, para setembro.

VM: Gostaria que você falasse algo sobre o canal do YouTube utilizado para o lançamento do clipe, o Hardcore Worldwide, que deve ser algo gigantesco para o estilo musical. Seria por sua relevância na cena a opção por ele, em vez de usar o próprio canal da banda?

TM: Para a gente, vale mais a pena lançar lá. Tem muito mais gente inscrita, do mundo inteiro. Tenho clipes lá com três milhões e meio de visualizações, o de "Vencedores", alguns com 2.1 milhões, 700 mil views e a galera comenta, curte, espalha a parada. Só parei de lançar lá quando assinei com a BDHW, Beatdown Hardwear, maior gravadora de hardcore da Europa, uma das maiores do mundo, e aí os clipes têm que sair no canal deles. Senão eu lançaria pelo Hardcore Worldwide.

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VM: Já são trinta e seis mil views até agora. Quão importante para vocês é esse volume de acessos?

TM: Não pelos views em si, mas por quantas pessoas vão curtir a banda e ir ao show. O feedback tem sido foda demais e abriu um leque muito grande de shows na Europa depois deste clipe. Então está dando resultado!

VM: Finalizando, o que você pode adiantar sobre o que vem por aí para o Fucking Violence, a curto e médio prazo?

TM: Single novo, em inglês, este ano; no primeiro semestre do ano que vem, disco novo; tour na Europa confirmada de 04/06 a 03/07 de 2022; e esperar que, em nosso país, que está atrasado, para variar, voltem a ter as tours.

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Sobre Vagner Mastropaulo

Bacharel em Letras Inglês/Português formado pela USP em 2003; pós-graduado em Jornalismo pela Cásper Líbero em 2013; professor de inglês desde 1997; eventualmente atua como tradutor, embora não seja seu forte. Fã de música desde 1989 e contando... começou a colaborar com o site como as melhores coisas que acontecem na vida: sem planejamento algum! :)
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