Rafael Bittencourt e Mi falam dos fãs do heavy metal; "leais, mas sensíveis e fanáticos"
Por Emanuel Seagal
Postado em 08 de janeiro de 2022
Rafael Bittencourt, guitarrista do Angra, entrevistou Esteban Tavares (Esteban, ex-Fresno) e Mi Vieira (Gloria) no quarto episódio do podcast Amplifica. No bate-papo Esteban falou sobre seu projeto solo e o álbum acústico que deve lançar no dia 15 de janeiro e que terá algumas participações especiais.
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Em meio a conversa Rafael se ofereceu para gravar algo com Esteban, dizendo que gosta de fazer coisas diferentes. "Eu tô há 30 anos com o Angra, adoro e tudo mais, mas tem um momento que a gente precisa refrescar os ares, conversar coisas diferentes com órbitas diferentes", disse. Em seguida Rafael e Mi conversaram sobre os pontos positivos e negativos dos fãs do heavy metal e as influências do Gloria. Confira a transcrição da conversa abaixo.
Rafael Bittencourt: "O heavy metal é uma coisa onde cada mundo acha que aquele é o único mundo que existe no planeta."
Mi Vieira: "Exatamente, querendo ou não, é algo até um pouco mais fechado do que os outros ritmos aqui do nosso país."
Rafael Bittencourt: "É, coisa louca, né. Os caras são bem fanáticos, o que é bom porque são leais, mas também são sensíveis, difíceis de agradar, super criteriosos…"
Mi Vieira: "Ainda mais no nosso país, que o metal aqui, querendo ou não, é uma parada muito forte. Você viaja para outros estados e você vê que, por exemplo, às vezes você vai pro Piauí, você vê que tem metaleiro pra caramba. Isso é uma coisa que faz parte do Brasil, mas é um meio bem duro."
Rafael Bittencourt: "Tem que ter estômago."
Mi Vieira: "Exatamente, muito estômago"
Rafael Bittencourt: "Vocês sofrem com essa coisa dos fãs gostarem de odiar?"
Mi Vieira: "Vou ser bem sincero, Rafa. A gente sofreu muito com isso, porque o Gloria veio do punk emo. A gente veio desse rolê underground que era mais o emo, e o Gloria era muito emo pro metal e muito metal pro emo. Então a gente ficava naquele limbo, então sofremos bastante, sofremos muito hate por uma boa parte do público do metal, mas é uma banda que a gente tem o metalcore. A gente nunca teve o lance do heavy metal, nem o lance do thrashcore, a gente sempre buscou o lado mais do metalcore, que é uma coisa mais nova."
Rafael Bittencourt: "Quais as referências dentro do metalcore?"
Mi Vieira: "A gente teve muita referência do Killswitch Engage, All That Remains, do próprio Slipknot. A gente vê outras influências, eu tô até com uma camiseta do Rob Zombie, gostava muito do White Zombie, gosto muito do Tool, do A Perfect Circle, as bandas do Maynard, vocalista do Tool, eu sempre gostei de todas, como o Puscifer, mas a gente sempre trouxe mais esse lance do metalcore, que era algo mais pro lado do mainstream lá fora. Era algo bem mais comercial, e a gente seguiu muito esse caminho."
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