A opinião de Pete Townshend sobre os Sex Pistols
Por André Garcia
Postado em 10 de janeiro de 2023
A Inglaterra é conhecida por ter nos dado algumas das maiores bandas de rock que já existiram. Entre elas estão The Who e Sex Pistols — a primeira, formada em 1964, influenciou o surgimento do heavy metal com "Live at Leeds" (1970); a segunda, formada em 1975, foi o maior expoente do punk inglês. Ambos foram responsáveis por desafiar as convenções sociais e culturais de sua época tanto com sua música quanto com seus shows.
Líder e fundador do The Who, conforme publicado pela Rock and Roll Garage, Pete Townshend disse em 1995 à Time.
"Três artistas extraordinários como The Sex Pistols, The Clash e Elvis Costello estarem sob o rótulo punk é um sinal de como esses rótulos falham miseravelmente. O que realmente estava acontecendo na época era a necessidade de outro dilúvio. Suponho que todo mundo queria que uma banda fizesse o que aconteceu com os Beatles. Acabou que não foi uma banda, mas várias bandas."
"Os Sex Pistols foram obviamente os mais significativos porque foram os primeiros e porque (Malcolm) McLaren os estava organizando e permitindo sua anarquia. Ele deu a eles o espaço para tocar, o espaço para serem anárquicos. Mas também porque Paul Cook e Steve Jones são ótimos músicos de rock n roll — eles diziam não saberem tocar, mas tocavam muito, muito bem. John Lydon é um astro do c*ralho! Você sabe, ele é um astro! Ele é simplesmente um astro mundial, você via ele e já sabia: 'Ele vai ficar famoso'".
The Who
O The Who surgiu da combinação do vocal vigoroso de Roger Daltrey, a bateria selvagem e não-ortodoxa de Keith Moon, o baixo estrondoso de John Entwistle e a ousada guitarra de Pete Townshend, líder da banda. Embora tivessem pouco em comum e personalidades conflitantes, contrariando a lógica, juntos tinham grande química musical.
Seu álbum de estreia "My Generation", tendo a faixa-título como maior hit, mesclou canções pops com faixas mais pauleiras, amplamente citadas como influência pelas bandas punk. Ao longo dos anos 60, o grupo seguiu emplacando sucessos e se estabeleceu como terceira força do rock britânico, atrás apenas dos Beatles e Rolling Stones.
Na década de 70, se consolidou em definitivo na primeira prateleira do rock com álbuns como "Who's Next" (1971) "Quadrophenia" (1973), além de hits como "Who Are You". No entanto, em 1978 o grupo foi sacudido pela morte de Keith Moon e, com Kenney Jones (ex-The Faces) nas baquetas, chegou a lançar "Face Dances" (1981) e "It's Hard" (1982); que não foram bem recebidos. Depois deles foram lançados apenas "Endless Wire" (2006) e "WHO" (2019).
Em 1996, a banda ganhou o reforço de Zak Starkey na bateria — filho de Ringo Starr —, mas em 2002 perdeu um de seus membros fundadores com a morte de John Entwistle.
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