O brasileiro que já produziu Angra, Andre Matos, Kiko Loureiro, Edu Falaschi e mais
Por Gustavo Maiato
Postado em 15 de fevereiro de 2023
O produtor brasileiro Adriano Daga já produziu quase todos os principais integrantes do angraverso. Em entrevista ao jornalista musical Gustavo Maiato, Daga explicou um pouco como foram essas experiências.
"Essa história é muito legal. Eles são nossa maior banda de metal no segmento deles, que é um power metal com influências de música clássica. Eles foram pioneiros nesses novos estilos. São nossa banda pioneira. Tive várias experiências com os integrantes do Angra de forma separada e também produzi um disco inteiro, que foi o ‘Aqua’. A primeira experiência foi com o Edu Falaschi. Foi em 2003 e era uma música para um anime que ele precisava gravar. Eu não o conhecia, mas ele morava perto do estúdio que eu trabalhava.
Conheci ele e virei amigo do Edu. Trabalhei com ele no primeiro disco do Almah, que leva o nome da banda. Isso foi em 2006. Ele me chamou na casa dele e disse que tinha um monte de música. Pediu ajuda para produção e topei. Esse disco é bem diferente dos outros. O Edu compôs sozinho, até os riffs de guitarra. Era diferente das coisas do Angra. Tiveram participações especiais, como o Edu Ardanuy e o Lauri Porra, baixista do Stratovarius. O baterista do Kamelot na época, Casey Grillo, gravou também. Eu ia pegando os materiais que todos iam mandando e organizava tudo. Produzimos juntos as vozes e fizemos coros. Tem muito experimento legal nesse disco. É uma mistura de música brasileira com outras coisas.
Depois, tive experiência com o Aquiles Priester. Gravei um tributo ao Journey em 2003. Eu era o responsável pela produção, mas rolou um problema com a gravadora e não saiu. Gravei depois uma música com o Hangar, do Aquiles. Nessa época, o Rafael Bittencourt foi gravar um projeto e todos me descobriram! [risos]. Foi uma época muito legal.
Também tive três experiências com o Kiko Loureiro. Fiz a coprodução, junto com o Brendan Duffey, dois discos solos dele. Um teve o Mike Terrana na bateria e o outro com o Virgil Donati. Gravamos inclusive um DVD do Kiko no auditório do Ibirapuera. Foi bem bacana. Tinha um setup com o Virgil e outro que era mais jazz. Foi um grande desafio, mas tenho muito orgulho. A história é longa com o pessoal do Angra. Também conheci o Felipe Andreoli no começo dos anos 2000, quando ele tocava com o Karma, do Thiago Bianchi. Conheci ele antes dele entrar no Angra.
Agora, com o Andre Matos, eu já tinha trabalhado com ele em shows do Shaman e no trabalho solo dele. Um dia, ele apareceu lá no estúdio para fazer a produção completa de um disco, que foi o ‘The Turn of the Lights’, último dele. Era eu e o Brendan na produção e foi muito legal ter participado. O Andre me ensinou coisas que eu nem imaginava! [risos]. A cada conversa que tínhamos, era um aprendizado. Foi muito legal a produção toda. Toda banda se tornou amiga. Eu e o Andre saíamos para comer alguma coisa toda semana. Virou uma família e tenho muito orgulho do disco. O Andre queria que eu colocasse a mão nos arranjos e timbres. Ele queria algo diferente do que costumava fazer. Existem versões de músicas lá e coisas diferenciadas. Vale a pena todos curtirem", disse.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps