Por que RPM se destacava das outras bandas de rock do Brasil, segundo produtor
Por Gustavo Maiato
Postado em 31 de maio de 2023
RPM, uma das bandas mais populares do rock brasileiro da década de 1980, surgiu em meio a um cenário musical efervescente e conquistou uma legião de fãs com sua mistura de rock, pop e elementos eletrônicos.
Formada em 1983 por Paulo Ricardo (vocal), Luiz Schiavon (teclados), Fernando Deluqui (guitarra) e P.A. Pagni (bateria), a banda logo alcançou sucesso com hits como "Revoluções por Minuto", "Rádio Pirata" e "Olhar 43", que se tornaram verdadeiros hinos dessa geração.
No contexto do rock brasileiro dos anos 1980, outras bandas também despontaram e contribuíram para a efervescência do gênero. Mas por que será que o RPM se destacava? É o que contou o produtor Luiz Carlos Maluly em entrevista ao Corredor 5.
"Eu como produtor gosto de me envolver e acho que consigo que as pessoas fiquem mais abertas. Eu já tive banda e fui guitarrista, por isso busco o novo. Vi que no caso do RPM esse novo tinha uma qualidade forte. Não era sobre garotinhas e festinhas. Tinha um discurso forte. O Paulo Ricardo tinha uma forma de cantar inglesa. A química com o Schiavon para compor foi ótima. O Deluqui, que não é virtuose, graças a Deus, me lembra muito Rolling Stones. Ele toca o que sente – é a essência da alma nos dedos da guitarra.
O P.A com energia tocando bateria. Não tinha como não se envolver. Minha postura como produtor não é de falar muito. Quando o produtor aparece muito, é como juiz de futebol. Ou ele quer aparecer ou quer trazer as atenções para ele. Sempre fui muito observador no estúdio e uso os elementos que a própria banda manifesta. Penso que as ideias absurdas no estúdio são as que trazem melhor resultado. O público gosta de ser surpreendido".
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