Iron Maiden demonstrou muita coragem ao cortar clássicos de seu setlist
Por Mateus Ribeiro
Postado em 29 de maio de 2023
A banda inglesa Iron Maiden é um verdadeiro titã da música pesada. Em atividade há quase meio século, o grupo liderado pelo talentoso baixista Steve Harris lançou alguns dos maiores clássicos do heavy metal, como "The Number Of The Beast" e "Powerslave". Além de tudo isso, o sexteto (anteriormente, quinteto) arrasta multidões apaixonadas para as suas apoteóticas apresentações ao vivo.
As credenciais acima apresentadas deixam claro que o Maiden não precisa provar mais nada para ninguém, tampouco reinventar a roda ou investir em maiores novidades para manter seu numeroso fã-clube. Porém, a banda decidiu ousar no repertório de sua nova turnê, "The Future Past Tour", iniciada no último domingo (28 de maio) em Ljubljana (capital da Eslovênia).
Anunciada no segundo semestre de 2022, a "The Future Past Tour" é focada em dois álbuns do Iron Maiden: "Somewhere In Time" e "Senjutsu", lançados respectivamente em setembro de 1986 e setembro de 2021.
O primeiro show da turnê ficou marcado por novidades, estreias e ausências. "Caught Somewhere In Time", que estava fora do set há mais de 35 anos, voltou a ser tocada pelo Maiden e inclusive, contou com uma derrapada de Bruce Dickinson. A clássica "Alexander The Great" foi executada pela primeira vez em um show, para a alegria de muitos fãs, que esperaram décadas por esse momento.
Pois bem, como você leu no parágrafo anterior, também tivemos ausências. As clássicas "The Number Of The Beast", "Hallowed Be Thy Name" e "Run To The Hills", presenças quase obrigatórias nos shows do sexteto, não foram tocadas. "Powerslave", um dos trabalhos mais celebrados do Maiden, também ficou fora do "debut". Vale citar também que nenhuma canção da fase Blaze deu as caras no show realizado na capital eslovena.
O Iron Maiden demonstrou muita coragem com seu novo repertório. É fato que o catálogo musical do grupo é repleto de hits inesquecíveis, e é aí que está o pulo do gato. Steve Harris e seus parceiros poderiam trocar as músicas que ficaram de fora por outros temas manjados, como "Flight Of Icarus", "Wrathchild", "Running Free" ou "The Evil That Men Do". Ao invés de "jogar com o regulamento embaixo do braço", a banda (ou seu líder) decidiu resgatar algumas músicas "lado b", como "The Prisoner" e "Stranger In A Strange Land".
Por um lado, existem muitos fãs de Maiden que desejam ouvir os maiores sucessos do Iron Maiden ao vivo. Por outro, há quem prefira ouvir as canções menos conhecidas do famoso sexteto. Acontece que o primeiro grupo de pessoas sempre teve a chance de cantar "The Number Of The Beast" ou "Run To The Hills" nos shows do conjunto, enquanto os fãs das obras mais alternativas ficaram a ver navios por muito tempo. Aparentemente, o jogo virou.
Resta saber se em um futuro próximo, o Maiden vai apresentar a mesma coragem e substituir "Fear Of The Dark" e a música que leva o nome da banda por "Judas Be My Guide" e "Infinite Dreams". Tomara que sim.
Iron Maiden enche set de surpresas em primeiro show da "The Future Past Tour"
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