A história de amor do primeiro casamento de Raul Seixas que terminou por drogas e traição
Por Bruce William
Postado em 30 de junho de 2023
O jornalista Júlio Ettore conta, neste vídeo, a história do primeiro casamento de Raul Seixas, com a norte-americana Edith Wisner, que começou como uma história de amor mas acabou por causa das drogas e de traição. Vamos a um pequeno resumo.
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Raul Seixas conheceu Edith Wisner, uma americana, em meados de 1964 ou 1965, durante uma festa em Salvador. Inicialmente, Raul se interessou pela irmã de Edith, Ester, mas acabou se apaixonando por Edith. Edith era filha de um pastor protestante e vivia na praia de Amaralina, em Salvador. Raul tinha muitos contatos com americanos devido à sua proximidade com o consulado e à presença deles na construção da refinaria de Mataripe.
Raul e Edith começaram a namorar, enfrentando dificuldades devido à visão negativa sobre os roqueiros na época. O pai de Edith, por ser pastor, não aprovava o relacionamento. "Como medida extrema para separá-los, em 1966, George Wisner tomou uma decisão radical: mandou a filha de volta aos Estados Unidos para estudar. Foi um período difícil. Raul e Edith combinaram que não deixariam o amor esfriar. Postaram, cada um, uma carta por dia durante todo o ano - consta que Raul tinha 365 cartas recebidas de Edith", relatou Jotabê Medeiros no livro "Raul Seixas: Não diga que a canção está perdida".
Em 1967, Edith voltou ao Brasil e Raul elaborou um plano para convencer a família dela a aceitar o namoro e o casamento. Ele disse ao sogro que deixaria a banda Os Panteras e estudaria para passar no vestibular de Direito. Embora não esteja claro se ele realmente frequentou as aulas, o plano funcionou e eles se casaram em 28 de junho de 1967, no aniversário de 22 anos de Raul.
Após o casamento, Raul e Edith se mudaram para o Rio de Janeiro, onde enfrentaram dificuldades financeiras. Raul continuou sua carreira musical, mas o disco "Raulzito e Os Panteras" foi um fracasso. Em 1969, Raul decidiu voltar para Salvador. Os desentendimentos entre Raul e Edith aumentaram devido às condições precárias em que viviam.
Em 1970, Raul recebeu um convite para trabalhar como produtor musical no Rio de Janeiro, e Edith o apoiou mais uma vez, levando-os de volta à cidade. No entanto, a relação de Raul com drogas e sociedades secretas começou a afetar o casamento. "A aproximação com sociedades ocultistas também deixava Edith apavorada. Ela tinha formação cristã ortodoxa, estava chocada com a aproximação de Raul com o universo crowleyano. Os conflitos acentuaram-se e não demoraria a chegar o dia de um impasse definitivo", disse Jotabê no livro.
Os conflitos se intensificaram e, eventualmente, levaram ao fim do casamento. Raul se envolveu cada vez mais com o universo ocultista, o que preocupava Edith. Além disso, Raul começou a ter problemas com drogas, influenciado em parte pelo encontro com Paulo Coelho. "Certo dia, quando Raul tinha dado mais uma de suas sumidas (e após alguns flagrantes de aventuras extraconjugais), Edith pegou a filha, Simone Andrea, vendeu o apartamento do Leblon por 40 mil cruzeiros e se mudou para a casa dos pais em Salvador. Em conversa com a mãe de Raul, Maria Eugênia, ela contaria que estava a caminho dos Estados Unidos e que nunca mais regressaria". Raul nunca mais falou com a Edith, nem com a filha Simone.
O vídeo do Júlio com muitos detalhes, incluindo imagens, cenas e depoimentos, pode ser visto no player abaixo.
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