Joe Bonamassa comenta os 10 guitarristas que moldaram seu som
Por André Garcia
Postado em 27 de junho de 2023
Um rocker bluesman roqueiro (ou seria um rocker blueseiro?), Joe Bonamassa reverenciou mestres dos anos 60 ao listar os 10 guitarristas que mais contribuíram para moldar seu som.
Um prodígio do blues, já em 1989, com apenas 12 anos, ele abria shows para ninguém menos que B.B. King. Prolífico, desde 2000, quando lançou seu álbum de estreia, segue emendando lançamentos quase que anualmente, já tendo chegado mais de 10 vezes ao topo das paradas de blues na Billboard. Grande fã do blues rock e o hard blues sessentista, é um dos maiores representantes do gênero de sua geração.
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A pedido da Guitar World, ele listou e comentou os 10 guitarristas mais importantes quando o assunto é a lapidação de sua sonoridade. Curiosamente, metade da lista possui King ou Eric no nome.
B.B. King
"Aprendi tudo que precisava observando B.B. King tocar. Ele era incrível e tinha uma presença suave no palco com uma guitarra em suas mãos. Não havia ninguém que tocasse como ele antes de sua chegada. Ele era único, e para mim, em termos de músicos de blues, todos que vieram depois são inferiores a B.B. King. Ele era um showman, um cantor e um guitarrista; o pacote completo. B.B. King era o Frank Sinatra do blues, na minha opinião."
Jeff Beck
"O que mais me impressiona em Jeff Beck, e foi uma das coisas que me cativou quando o ouvi pela primeira vez, é que ninguém tocava blues como ele. Ele tornava o blues furioso e agressivo. Jeff realmente transformou a guitarra em uma arma. Eu adorava isso nele. E ele melhorava a cada década; se recusava a estagnar. Na minha opinião, ele foi o maior guitarrista de rock que já existiu."
Eric Clapton
"Até hoje, Eric é um dos meus guitarristas e cantores favoritos. Quando ouço as pessoas dizerem: 'Clapton é Deus', eu concordo. Não é uma suposição: é um fato. Para os que discordam ou acham que podem fazer melhor… beleza, vai lá, então! Faça alguma coisa no nível que Eric Clapton faz. Essa é a questão desse pessoal na internet dando opinião: são apenas opiniões.
Jimmy Page
"O blues britânico era realmente a minha praia, e Jimmy abraçou aquilo. Suas composições e sua interpretação do blues preenchem muitos requisitos para mim. Muita gente gosta de dizer que ele é desleixado, e tudo bem. Você pode chamá-lo de desleixado o dia todo, mas você consegue tocar como ele? Vai lá e tenta tocar aquelas músicas, e depois me diz se você ainda acha que Page é desleixado. Tente tocar 'The Rain Song' tão bem quanto ele tocou, para ver se você é capaz. Sem chance!"
Albert King
"Dos três Kings, eu sempre volto para Albert porque ele foi praticamente a Imaculada Conceição como guitarrista. Ninguém antes de Albert tocava do jeito que ele tocava. Novamente, ele tinha muita agressividade e muita emoção em sua música, o que é muito cativante. Em termos só de habilidade, ele talvez fosse o guitarrista de blues mais incrível que existiu."
Freddie King
"Assim como os outros dois Kings, o estilo de Freddie foi profundamente influente. Esse cara era simplesmente um gigante, tinha um som grandioso. Seu timbre é incrível, e ele conseguia ter um som mais poderoso do que muitos outros guitarristas. O que amo em Freddie é que, embora ele fosse um grande guitarrista, ele também era um astro pop. O trabalho dele era simplesmente fantástico, e a combinação das técnicas de blues com esse som pop era algo muito raro de se ouvir."
Eric Johnson
"Eric foi mais uma pessoa com a qual aprendi muito, e ainda aprendo. Toda vez que o vejo, sempre peço desculpas a ele. Eu digo: 'Cara, desculpe por roubar seu estilo'. Seu timbre é único, e nem preciso lembrar as pessoas de toda a música incrível que ele fez nos últimos 30 anos. Ele é facilmente um dos melhores e tem sido assim há muito tempo."
Al Di Meola
"Adoro como Al incorporou tantas influências diferentes em seu som. Se você ouvir suas coisas antigas, aqueles arpejos que Al faz eram insanos! Ele tem essa incrível capacidade de tocar de forma superprecisa, articulada e super-rápida, aí, do nada, ele diminui pela metade no meio de um riff e, sem aviso, volta a toda velocidade. Eu não sei como ele fazia aquilo — e ainda faz."
Ry Cooder
"Cara, ele pode tocar uma única nota no slide, e ela se derrete. É incrível. Ele fez uma tonelada de trilhas sonoras, juntamente com todos os seus muitos discos, e tudo é excelente. Ele é um musicólogo a ponto de parecer que a música e a guitarra estão literalmente em seu DNA. Quando ouço Ry, não consigo deixar de me sentir inspirado."
Tommy Bolin
"O trabalho dele com Billy Cobham e depois com Deep Purple… aquilo era o meu som. Se você ouvir 'Spectrum', de Cobham, vai ouvir Billy e Yan Hammer mandando ver, e o Tommy era a cobertura perfeita. Tommy não era exatamente um cara de jazz fusion (estava mais para blues-rock), mas acho que o estilo dele tornou aquele álbum incrivelmente acessível, de certa forma. Não era algo complicado; era algo que você ouvia e era como se você também pudesse fazer."
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