James Hetfield explica porque Metallica deixou o thrash metal com o "Black Album"
Por André Garcia
Postado em 20 de setembro de 2023
Em 1991, o grunge dominou o mundo, causando a extinção de gêneros como o hair metal, e eclipsando tantos outros, como o heavy metal. Paralelamente, o Metallica lançou o estrondosamente bem-sucedido "Black Abum", recebido pelos fãs das antigas com acusações de terem se vendido por conta de seus afastamento de sua então tradicional sonoridade thrash.
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Conforme publicado pela Metal Hammer, em 2018 o jornalista David Fricke comentou com James Hetfield: "Você me disse [em 1988] que 'sempre haverá alguém mais rápido do que você'. Parece que você já percebeu isso na turnê [do '...and Justice for All'] mesmo. O que sugere que o que viria a se tornar o 'Black Album' já estava germinando."
"Eu concordo", respondeu Hetfield. "A competição é uma coisa ótima. Fomos alimentados por muito ódio e muito medo de não sermos bons o bastante. Essas duas coisas combinadas nos levaram ao ponto em que precisávamos estar para '...And Justice For All'. No fim das contas, percebemos: 'O que estamos fazendo? Você ouviu essa outra banda? Eles são mais rápidos do que nós… E daí! O que mais nós temos?'"

Hetfield e companhia perderam o interesse por aquele tipo de música, pois sentiram que ela não mais os representava. Essa insatisfação foi o norte que os levaram ao "Black Album".
'Vamos tornar [nossa música] mais musculosa, vamos torná-la mais poderosa!' Isso nos ajudou a mudar nossa direção, percebendo que era um objetivo fútil ser o mais rápido ou o mais complexo, ou ter o riff mais insano do planeta. Essas coisas têm um teto. Bora apenas sermos nós mesmos, sermos honestos conosco mesmos."

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