Aerosmith: Joe Perry aconselha as novas bandas de rock que estão começando
Por André Garcia
Postado em 12 de novembro de 2023
Em 1958, tanto Elvis Presley quanto Little Richard pausaram a carreira musical: o primeiro para se alistar e servir ao exército; o segundo para virar pastor. Já Jerry Lewis foi cancelado por ter se casado com uma menina de 13 anos. No ano seguinte, Buddy Holly, Ritchie Valens e "The Big Bopper" J. P. Richardson morreram em um acidente de avião; enquanto Chuck Berry foi preso sob acusação de ter tido relações sexuais com uma garçonete menor de idade.
Ali, pela primeira vez, surgiu o papo de que o rock morreu — papo esse que, até hoje, de tempos em tempos é regurgitado e ressuscitado. É indiscutível que o rock não possui mais o destaque na indústria musical que teve até os anos 80. Apesar disso, novas bandas estão sempre surgindo e expressando seus ideais, sonhos, medos, angústias, revoltas e frustrações utlilizando como veículo o bom e velho rock n roll, em suas mais diversas subvertentes.
Em entrevista para a Guitar em 2019, Joe Perry, veterano guitarrista do Aerosmith, deu seu conselho para as bandas que estão começando.
"[O que nos motivava a cair a estrada tão frequentemente era ser] a única coisa que você pode controlar. Você não pode controlar os gostos variados da MTV, VH1 ou das rádios pop, mas você pode controlar o quão bem você toca naquela noite. E é isso que eu digo para as bandas que vêm até mim e perguntam 'Qual é o seu conselho para uma banda nova que está começando?' Rock n roll é melhor ao vivo. Claro, tendo crescido como crescemos, antes dessas coisas de MTV e internet, ou você tocava ao vivo e mandava bem, ou não teria uma carreira. Então, isso é o que nos impulsionou."
"[Aerosmith nos anos 70 era a típica] banda americana. Éramos uma banda de garagem que ficou muito grande, a banda de farra definitiva. Éramos os caras que você de fato podia assistir. Naquela época, nos anos 70, não era como se o Led Zeppelin estivesse sempre tocando nos Estados Unidos. Os [Rolling] Stones nem sempre vinham para a sua cidade; nós sim. Você podia contar que a gente ia pintar."
"Hoje em dia, talvez alguém seja inspirado a ser um compositor na internet [...], mas felizmente, ainda não há nada como a sensação e o som de uma guitarra ao vivo. E é por isso que acho que estamos vendo toda uma nova geração de garotos que se ligam nisso. Eles vão lá, tocam ao vivo, são metidos, fazem sua parada e tocam alto. Estão por aí com suas bandas, e fazem um bom som. Para mim a questão é ter conteúdo em vez de só querer aparecer, sabe?"
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