Eric Clapton sobre o Cream: "Eu achava que éramos muito fracos nos discos"
Por André Garcia
Postado em 06 de novembro de 2023
A carreira de Eric Clapton é marcada por diversos pontos altos: após surgir no Yardbirds e ser apelidado de Deus tocando com John Mayall & The Blues Breakers, formou os supergrupos Cream e Blind Faith. Mesmo depois dali, teve o Derek & The Dominoes, hits como "Cocaine" e "I Shot the Sheriff", além de seu aclamado álbum acústico.
Cream - Mais Novidades
Entre tudo isso muitos fãs tem o Cream como seu auge, mas ele próprio nunca teve lá tanta admiração pela banda. Em entrevista de 2016 para a Classic Rock, o Slow Hand relembrou aquela fase de sua carreira.
"Achei o álbum [que gravei] com John Mayall melhor do que as coisas do Cream. Eu achava que éramos realmente fracos, para ser sincero, nas gravações. Tinha só uma coisa ou outra que eu realmente me orgulhava — tanto naquela época quanto hoje em dia. A maioria dessas coisas estava no álbum de despedida ['Goodbye', de 1969]."
"Acho que nos perdemos muito rapidamente com o Cream", acrescentou. "Era pura encenação. Estávamos apenas mantendo a coisa rolando. Na verdade, não tínhamos um líder; acho que isso era parte do problema. A liderança mudava num piscar de olhos. Uma hora era eu, a seguir era Jack [Bruce], depois era Ginger [Baker]... Não era coeso. Antes de irmos muito longe, nos tornamos um supergrupo. Era aquela coisa de tentar alcançar seu próprio, digamos, mito."
Por mais que o Cream possa ter sido musicalmente decepcionante para Clapton, ele não nega que foi muito divertido enquanto durou:
"Estávamos usando muitas drogas psicodélicas, muita coisa alucinógena. Acho que isso nos deu permissão para fazer coisas que talvez tivéssemos medo de fazer de outra forma. E nos divertimos! Olhando para trás, a melhor coisa do Cream, para mim, foi a diversão que tivemos, enquanto outras pessoas estavam levando aquilo extremamente a sério. A gente não!"
"Estávamos tendo a maior diversão de nossas vidas, viajando pela América, tocando três músicas em duas horas. Foi louco! E ainda assim as pessoas adoravam. Então pensamos: 'Bem… se eles gostam, então nós gostamos. Não sabemos o que é, e não nos importamos. Eles que chamem do que quiserem", concluiu.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Organização confirma data do Monsters of Rock Brasil 2026
Helloween retorna ao Brasil em setembro de 2026
Guns N' Roses homenageia seleção brasileira de 1970 em cartaz do show de São Paulo
Bryan Adams retorna ao Brasil em março de 2026
Megadeth tem show confirmado em São Paulo para 2026
Trivium agradece Greyson Nekrutman e anuncia novo baterista
"Um cantor muito bom"; o vocalista grunge que James Hetfield queria emular
A melhor música que o Rush lançou nos anos 80, segundo a Classic Rock
A opinião de Slash sobre o anúncio da volta do Rush em 2026
Soulfly divulga vídeo de "No Pain = No Power", faixa de seu novo disco
Todd Sucherman, baterista do Styx, exalta reencontro com Eloy Casagrande
A banda de metal extremo que é referência para Mark Tremonti (Creed, Alter Bridge)
A banda pioneira do punk que Joey Ramone adorava; "uma das minhas bandas favoritas"
Como surgiu o icônico grito que Tom Araya dá em "Angel of Death", do Slayer
A banda de rock clássico que mudou a vida de Eddie Vedder de vez; "alma, rebeldia, agressão"

O show que não custou nem dez reais (com Hendrix no palco!) e mudou a vida de Roger Waters
Zakk Wylde aponta os cinco guitarristas que escreveram as regras do rock
A banda que não é do estilo, mas que Ian Anderson disse ser o embrião do rock progressivo
A música com solo complexo que Eric Clapton levou mais de dez anos para tocar ao vivo
A banda que John Lennon se achava ruim demais para integrar: "O que eu faria ali?"
Gary Moore definiu como "libertador" ter formado uma banda com Jack Bruce, ex-Cream


