The Cure: O álbum de David Bowie que é o "maior já gravado" para Robert Smith
Por André Garcia
Postado em 09 de dezembro de 2023
O ano de 1972 está marcado na história da cultura pop britânica como o ano em que David Bowie dominou a Inglaterra. Em janeiro ele declarou à maior publicação musical do país ser homossexual (anos antes de Freddie Mercury e Elton John).
Além disso, em junho lançou seu álbum "The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars", e no mês seguinte apareceu no programa musical de maior audiência do Reino Unido, o Top of the Pops — já incorporando o extravagante e andrógino alienígena Ziggy Stardust.
Aquela apresentação causou revolta nos conservadores, mas na mesma medida causou frisson entre os jovens que se sentiam um peixe fora do aquário. Jovens esses que anos mais tarde liderariam os maiores expoentes do post punk: Johnny Marr e Morrissey (The Smiths), Ian McCulloch (Echo & The Bunnymen), Siouxsie Sioux (Siouxsie & The Banshees), Ian Curtis (Joy Division)... e, claro, Robert Smith (The Cure).
Bowie influenciou muito a sonoridade dos pioneiros post punk com sua vanguardista trilogia Berlin, composta pelos álbuns "Low", "Heroes" e "Lodger", lançados entre 1977 e 79, em parceria com Brian Eno.
Conforme publicado pela Far Out Magazine, à NME em 2013 Robert Smith declarou:
"'Low', de David Bowie, é o melhor disco já feito. Comprei em cassete e, no mesmo dia, fui a um centro de jardinagem com minha mãe. Eu tinha encomendado na loja de discos local, e Paul, que estava na banda e era meu cunhado, tinha deixado na caixa de correio. Como eram estranhos aqueles dias… [...] 'Low' foi o álbum que teve um enorme impacto em mim, na forma como eu encarava o som. Nenhum outro álbum fez isso comigo."
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