Marko Hietala vê ironia em single com Tarja, mas diz não querer ferrar com o Nightwish
Por Emanuel Seagal
Postado em 27 de março de 2024
Marko Hietala esteve no Brasil recentemente em turnê com Tarja Turunen, sua ex-colega no Nightwish. Em meio aos shows e problemas de saúde, o músico foi entrevistado por Lucas "Moita", do canal Heavy Talk. No bate-papo o músico falou sobre "Left on Mars", single onde colaborou com Tarja, contando que a ideia do dueto partiu do guitarrista Tomas Wainölä (Raskasta Joulua, Kotipelto), e deu detalhes sobre a inspiração por trás da faixa, comentando sua infância, diagnóstico de TDAH e seus trabalhos passados.

"A música começa e ouvimos um riff de guitarra. Essa foi uma das primeiras coisas que criei. Aí encontrei o verso, o refrão e a melodia, que quando encontrei pensei: 'Ah, isso é óbvio. É assim que as coisas devem ser.' Comecei a juntar tudo e virou uma espécie de… (pausa) É, tem coisas pessoais aí, então, na verdade é uma música de amor. Quando você tem uma personalidade meio alienada da vida normal desde que nasceu. Sempre fui meio excluído dos círculos escolares habituais e tudo mais, eu me sentia diferente e eu era. Depois ficou claro, constatado que tinha TDAH, então fui um pouco diferente do humano básico, desculpe usar esse termo, desde que nasci. Então tenho me sentido estranho e também me interessei em ficção científica e fantasia quando era criança, portanto sempre fui um escapista. Marte é, nesse sentido também é pessoal, pois meu nome deriva dele", afirmou.
Segundo Marko, o planeta Marte na música é um lugar seguro, para onde se pode escapar. A faixa aborda também uma história de amor e raiva, causada por sentir-se estranho em relação aos outros. "Você sente que não está sendo compreendido ou que não entende outras pessoas. É frustrante, e especialmente quando há ideias erradas sobre o que você é, o que faz e tudo mais. Então isso aumenta a raiva e desespero em você. Acho que isso é algo que nunca vai embora, mas agora sei a razão, então não preciso me preocupar com isso. Posso ser tão feliz como sou sendo o que sou, pois, bem, você não pode consertar isso. Só podes tomar sua medicação diária e fazer alguma terapia", explicou o músico, que no passado revelou sofrer de depressão há uma década, tomando medicação diária desde então. Após quatro anos de terapia ele foi diagnosticado com TDAH.
"Isso não é de forma alguma uma tentativa de fod** ninguém de nossas vidas ou bandas passadas, mas é claro que é meio irônico que você tem esse sentimento de exílio em Marte. Isso meio que se encaixa em nossas vidas, visto que deixamos algo grande e bem-sucedido e fomos para círculos menores e para algumas pessoas isso pode ser cair no esquecimento ou algo assim, mas dessa forma se encaixa", continuou, afirmando que a história da música trata de uma distância simbólica de Marte, que representa o caminho que uma pessoa percorre mentalmente até outra, cujo coração está profundamente ligado ao seu.
Clique no player abaixo para conferir a entrevista na íntegra.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
Regis Tadeu indica disco "perfeito" para uma road trip: "Todo mundo detesta, mas é bom"
Youtuber que estava no backstage do último show de Alissa com o Arch Enemy conta tudo
O melhor disco de Raul Seixas, apurado de acordo com votação popular
Irmãos Cavalera não querem participar de último show do Sepultura, segundo Andreas Kisser
Por que a presença dos irmãos Cavalera no último show do Sepultura não faz sentido
A obra-prima do Dream Theater que mescla influências de Radiohead a Pantera
Fender lança linha de instrumentos em comemoração aos 50 anos do Iron Maiden
Robert Plant acrescenta o Rio de Janeiro à turnê brasileira em 2026
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
Após negócio de 600 milhões, Slipknot adia álbum experimental prometido para esse ano
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
O único "filme de rock realmente bom" da história, segundo Jack Black
O maior compositor do rock'n'roll de todos os tempos, segundo Paul Simon


A música do Audioslave que é uma das preferidas de Marko Hietala
Como Sex Pistols e Kate Bush entraram na vida de Marko Hietala na mesma noite
Marko Hietala ouviu "Master of Puppets" sete vezes seguidas assim que comprou o disco


