Eddie Van Halen sobre como a solidão e a depressão o motivaram a se tornar um músico
Por André Garcia
Postado em 20 de março de 2024
Uma das maiores criações do ser humano, a música desde os tempos mais remotos nos serviu a mais propósitos do que poderia ser listado; mesmo assim eu ousaria apontar como seu principal deles a cura. Um verdadeiro xamanismo, uma pessoa encontra na música uma forma de se curar emocionalmente pela expressão de seus sentimentos, e os ouvintes se sentem curados pela empatia — há mais alguém que se sinta como nós.
No caso de Eddie Van Halen, ele cresceu se sentindo descolado entre os outros garotos e, solitário, encontrou na música seu mundo especial — algo que tanto desviava o foco de sua mente da depressão quanto dava a ele um propósito, um sonho. Em entrevista de 1989 publicada pelo The Tapes Archives, o guitar hero estava no Japão promovendo o "OU812" quando relembrou aquele período de sua vida.
"Comecei a tocar porque eu era o típico sujeito inseguro sendo feito de trouxa pelas namoradas ou o pessoal da escola, e essas coisas. Pode parecer besteira, mas eu me sentia solitário. Eu era o típico solitário. Aí comecei a tocar guitarra, e meio que entrei nessa. Não sabia fazer mais nada a não ser tocar guitarra e gostava tanto daquilo que ficava sentado [tocando] por horas a fio, sem sair, sem ir a festas, sem fazer nada — apenas me trancar no quarto e tocar guitarra. Pergunta ao Alex, ele sabe. Ele saía com sua esposa e voltava às três horas da manhã e eu ainda estava tocando. Provavelmente escrevi mais músicas nesse período de dois ou três anos do que jamais escreverei, e foi porque eu estava deprimido."
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