O único músico que entendia como era ser Bob Dylan, segundo o próprio Bob Dylan
Por André Garcia
Postado em 19 de março de 2024
Nos anos 60, o rock dominava a Inglaterra com Beatles, Rolling Stones, The Who, The Kinks e The Animals. Já nos Estados Unidos, o folk rock estava por toda a parte, com Bob Dylan, Joan Baez, Simon & Garfunkel e Grateful Dead. Um dos maiores expoentes da contracultura hippie, Jerry Garcia fundou e liderou o Grateful Dead que, por mais que fosse bicho-grilo demais para muitos, criou uma das mais fieis e dedicadas fanbases do rock.
Ele, diga-se de passagem, era o único que conseguia compreender como era ser Bob Dylan — segundo o próprio Bob Dylan! Conforme publicado pela Far Out Magazine, quando Garcia morreu, em 9 de agosto de 1995, o recluso Dylan fez questão de ir a seu funeral para se despedir. Na volta do sepultamento, o promoter do Grateful Dead John Scher relembrou.
"[Bob] Dylan se inclinou para mim e disse 'Sabe de uma coisa, John? Esse cara deitado lá [dentro do caixão] é o único nesse mundo que sabia como era ser eu."
Tanto Bob quando Jerry ganharam uma dimensão quase messiânica entre seus fãs, tendo assim que aprender a lidar com o peso das exigentes expectativas deles — e isso sem morrer para pagar os pecados alheios no meio desse processo.
Em 1989 eles se uniram no álbum ao vivo "Dylan and the Dead". Nele, Bob canta sete de seus clássicos tendo o Grateful Dead como banda de apoio. Apesar de recebido com empolgação e ter tido vendas inicialmente muito boas, o disco foi detonado pela crítica. Em recenha para a AllMusic Stephen Thomas Erlewine cravou que se tratava do pior trabalho de ambas as carreiras.
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