Os traumas causados por "Angels Cry" para Rafael Bittencourt, guitarrista do Angra
Por Emanuel Seagal
Postado em 23 de abril de 2024
Rafael Bittencourt, guitarrista do Angra, fez uma retrospectiva de sua carreira em um vídeo do canal Heavy Talk, apresentado por Lucas "Moita" Steinmetz. Nele o músico falou sobre as conquistas do álbum "Angels Cry", seu processo de gravação e também os seus desafios.
"Cara, 'Angels Cry' foi a grande transformação na minha vida. Lembro como se fosse um tsunami, um tornado mesmo que passou na minha vida", relembrou, dizendo que todo o processo foi muito rápido, da ideia da banda, acordo com gravadora até ir gravar na Alemanha, no estúdio dos seus ídolos do Helloween.
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O álbum de estreia do Angra ganhou disco de ouro, é um dos mais queridos pelos fãs, mas também foi bastante desafiador para Rafael. "Foi um grande sucesso, mas também um grande trauma. Foi um trauma porque eu não estava preparado profissionalmente para gravar num estúdio na Alemanha, no padrão alemão, aos vinte e poucos anos. Eu não estava ainda preparado, psicologicamente ou profissionalmente, para enfrentar um produtor alemão, frio, objetivo, que queria gravar rapidamente tudo", disse.
O primeiro choque começou com o baterista. O produtor Charlie Bauerfeind disse que, para gravar no tempo que estava determinado, seria necessário utilizar outro baterista, obrigando a banda a deixar de lado Marco Antunes. "Esse foi o primeiro grande susto, porque eu achei que a vontade do artista, numa lista de prioridades, estivesse acima da própria agenda", afirmou, dizendo que ganhou uma grande aula de profissionalismo, e deixando claro que acredita que o ex-colega conseguiria gravar o disco, porém levaria mais tempo.
Outro ponto desafiador e de aprendizado foi na gravação das bases de guitarra. "Foi um choque, porque eu achava que era bom, se a banda é boa, tem contrato fora, sabia escrever música, sabia uns licks do Malmsteen, estava estudando regência e composição, harmonia, me sentia um grande músico, quando, na verdade, ali eu rapidamente percebi que não, que o buraco era muito mais fundo. 'Tocar um solo qualquer um pode', é o que o produtor disse", relembrou. "A guitarra rítmica, a guitarra que acompanha, que preenche a música, ela precisa ter consistência, tempo, dinâmica, precisa ter sonoridade, e isso é mais difícil do que você tocar um solo, porque a maioria dos guitarristas se preparam só pro solo e não pra base. Então coloquei na minha cabeça que iria tocar direito a base, aquilo passou a ser um desafio pra mim. Aí já no 'Holy Land', graças a Deus, eu já pude tocar muitas bases, e já estava mais firme, e nesse processo, que é eterno, eu trouxe pra mim até hoje", concluiu.
Confira o vídeo completo no player abaixo.
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