Pete Townshend aponta as músicas tão "complexas" que o The Who não tocava ao vivo
Por André Garcia
Postado em 21 de agosto de 2024
Ao longo de seus primeiros anos, o The Who era visto como uma barulhenta banda pop mais focada em emplacar singles do que em fazer coisas mais extensas e profundas em seus álbuns. Por volta de 1967, o que o quarteto lançava era eclipsado pelo que lançava na época nomes como Beatles, Cream, Jimi Hendrix e Pink Floyd.
O jogo virou em 1969 com o lançamento da ópera rock "Tommy", cuja narrativa, riqueza sonora e composições arrojadas fizeram Pete Townshend e companhia serem finalmente aceitos na primeira prateleira do rock britânico. O problema é que, assim como havia acontecido com os Beatle anos antes, certas músicas acabaram ficando complexas demais para serem executadas ao vivo.

Conforme publicado pela Far Out Magazine, Pete Townshend apontou 'I Can See For Miles' como uma dessas músicas complexas demais para serem tocadas fora do estúdio.
"'I Can See For Miles' é muito complexa: tem seis vocais e três guitarras, por exemplo. É por isso que fizemos uma versão tão boa dela na turnê de 1989, quando a gente tinha uma banda bem numerosa."
"I Can See for Miles" foi lançada no "The Who Sell Out" (1967), na época incensada por Townshend como a música mais pesada já feita até então. Foi ao ler tal declaração em um jornal que Paul McCartney decidiu fazer algo ainda mais porrada — o resultado foi "Helter Skelter".
"O mesmo se aplica a várias músicas do 'Quadrophenia'", acrescentou Pete, "que são bem ricas e possuem camadas de profundidade. Elas simplesmente não funcionam simplificadas."
Após o "Tommy", Townshend quis fazer algo ainda mais grandioso, complexo e profundo, que seria o Lifehouse. As ideias dele eram tão complexas que nem seus colegas de banda conseguiam entender, entretanto. Acabou que o projeto foi engavetado após levar o guitarrista a um colapso nervoso, tamanha era a pressão que ele colocou sobre si mesmo.
O sucessor espiritual de "Tommy" acabou sendo "Quadrophenia" (1973). Totalmente voltado para a história que conta, praticamente um filme, é disco menos roqueiro do The Who, mas, ao mesmo tempo, é considerado o mais musicalmente maduro e ousado. Sua turnê se estendeu por 1973 e 74; mas eles tornaram a tocar o álbum em 1996-97 e 2010.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Organização confirma data do Monsters of Rock Brasil 2026
Helloween retorna ao Brasil em setembro de 2026
Guns N' Roses homenageia seleção brasileira de 1970 em cartaz do show de São Paulo
Bryan Adams retorna ao Brasil em março de 2026
Megadeth tem show confirmado em São Paulo para 2026
Trivium agradece Greyson Nekrutman e anuncia novo baterista
"Um cantor muito bom"; o vocalista grunge que James Hetfield queria emular
A melhor música que o Rush lançou nos anos 80, segundo a Classic Rock
A opinião de Slash sobre o anúncio da volta do Rush em 2026
Soulfly divulga vídeo de "No Pain = No Power", faixa de seu novo disco
Todd Sucherman, baterista do Styx, exalta reencontro com Eloy Casagrande
A banda de metal extremo que é referência para Mark Tremonti (Creed, Alter Bridge)
A banda pioneira do punk que Joey Ramone adorava; "uma das minhas bandas favoritas"
Como surgiu o icônico grito que Tom Araya dá em "Angel of Death", do Slayer
A banda de rock clássico que mudou a vida de Eddie Vedder de vez; "alma, rebeldia, agressão"

Pete Townshend conta como (e por que) começou a quebrar guitarras no palco com o The Who
O baixista lendário que Paul McCartney nunca quis ser; correr por correr envelhece rápido
Geddy Lee elege o maior álbum de todos os tempos; "Grandes composições, grandes performances"
A maior banda ao vivo de todos os tempos, segundo Eddie Vedder do Pearl Jam
O dia em que John Bonham se escondeu de Keith Moon para não passar vergonha
Elton John escolhe os três maiores frontmen da história do rock
A banda que tocava música pesada antes do Purple, Sabbath e Zeppelin, conforme Ian Paice
Hard Rock: as 25 melhores músicas acústicas do gênero
O Rockstar para o qual Ritchie Blackmore torcia o nariz, mas admitiu ter sido inspiração


